"When you get past the mission statement and the slide showing why your current market share and revenues are making Croesus envious, and you start to tell your story, only then do people begin to understand your company."
David Weinberger, The Hyperlinked Organization, 2011
Descrições, comentários e atalhos sobre Logística, arte e tecnologia, pos-humanismo e pressentimentos pessoais de um nefelibata. Nada impede que entre tantos haja alguma coisa útil.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
domingo, 25 de dezembro de 2011
Natal 2011
Para todos que me leram neste ano e para aqueles que o farão no ano que vem.
Muito obrigado.
Desejo um Feliz Natal e um maravilhoso Ano de 2012 a todos!
Abraços
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Solteiro(s)
Viví só um bocado da minha vida. Tinha que planejar e fazer tudo no apartamento. E hoje, seguindo um thread sobre apresentações, dei de cara com o seguinte vídeo que me fez lembrar aquele tempo.
Também não quero comprar a China.
Também não quero comprar a China.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Criatividade
Quando crianças achamos que todos os problemas TÊM solução.
Podemos tudo, basta imaginar.
O problema está em que, assim que entramos na "escola", somos treinados a esquecer criatividade e a seguir regras, mesmo que sejam erradas ou existam alternativas melhores. E aprendemos usando mêtodos e fórmulas que ultimadamente nos colocarão dentro de caixas facilmente catalogáveis.
...
(i'll be back...)
Podemos tudo, basta imaginar.
O problema está em que, assim que entramos na "escola", somos treinados a esquecer criatividade e a seguir regras, mesmo que sejam erradas ou existam alternativas melhores. E aprendemos usando mêtodos e fórmulas que ultimadamente nos colocarão dentro de caixas facilmente catalogáveis.
...
(i'll be back...)
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Leituras
Desde pequeno eu gosto de ler. E fui encorajado pelos meus pais à leitura. Continuei a ler e encorajei minha filha a gostar de ler. Acho que consegui.
Porque disto tudo? Acabei de ler um post num blog de administração onde falava sobre livros e leitura, que me fez lembrar das vezes em que meu chefe (RRB) comentou sobre o que eu estava lendo.
De fato, foram duas vezes em que ele mostrou interesse na minha leitura, e o expressou. A primeira, ele sentou na minha mesa e pegou o livro que tinha deixado sobre ela. Uma edição antiga, de 1949, "Os 4 homens justos" de Wallace. Ele gostou e ainda comentou que tinha lido quando adolescente. E, a segunda, anos depois, quando, após uma reunião, saia eu da sala da diretoria e ele perguntou o que eu estava lendo -pois estava com o livro na mão. Era um livro sobre usabilidade na internet: "Don't make me think" do Krug. Ao que ele comentou que algumas vezes gostaria de poder fazer exatamente isso: parar de pensar.
Hoje, olhando de longe aquele tempo, como um dos espermatocitos que chegou atrasado tentando forçar a entrada, percebo o momento de catarse do qual participara. Nunca mais repetiu aquela frase e, acredito piamente, que ninguem que tratou com ele imaginou esse seu desejo.
A não ser "A Suprema" mas, isso é uma outra história...
Porque disto tudo? Acabei de ler um post num blog de administração onde falava sobre livros e leitura, que me fez lembrar das vezes em que meu chefe (RRB) comentou sobre o que eu estava lendo.
De fato, foram duas vezes em que ele mostrou interesse na minha leitura, e o expressou. A primeira, ele sentou na minha mesa e pegou o livro que tinha deixado sobre ela. Uma edição antiga, de 1949, "Os 4 homens justos" de Wallace. Ele gostou e ainda comentou que tinha lido quando adolescente. E, a segunda, anos depois, quando, após uma reunião, saia eu da sala da diretoria e ele perguntou o que eu estava lendo -pois estava com o livro na mão. Era um livro sobre usabilidade na internet: "Don't make me think" do Krug. Ao que ele comentou que algumas vezes gostaria de poder fazer exatamente isso: parar de pensar.
Hoje, olhando de longe aquele tempo, como um dos espermatocitos que chegou atrasado tentando forçar a entrada, percebo o momento de catarse do qual participara. Nunca mais repetiu aquela frase e, acredito piamente, que ninguem que tratou com ele imaginou esse seu desejo.
A não ser "A Suprema" mas, isso é uma outra história...
domingo, 20 de novembro de 2011
Resultado e Bom resultado
A diferença entre um resultado e um bom resultado é que o bom resultado transcende ao fato.
(Des)Construíndo algumas velhas idéias e propostas apresentadas, sempre encontrei este mesmo traço. Algumas definitivamente deram com os muares n'água, outras meh, daquelas boas, as melhores delas transcendiam ao fato, iam além do esperado, do planejado inicialmente.
E, ainda destas, duas ou três, criaram asas e foram até capazes de gerar subprodutos e novas idéias. (Aplausos!)
Estas propostas foram incorporadas, não mais fait accompli, mas algo natural. Sem esforço a mais. Uma verdadeira situação ganha-ganha.
Quem propôs e quem aceitou criaram uma igualdade; não mais um movimento unidirecional, mas uma troca igual de impressões. Onde ambas as partes viram vantagens e utilidades iguais nas propostas.
E o resultado não só confirmou as expectativas, mas às vezes superando-as de muito.
Claro que houve quem, à primeira instância, achasse ridículo, mas basta um sonhador. De ambos sempre há, pelo menos um, na plateia.
Estas propostas foram incorporadas, não mais fait accompli, mas algo natural. Sem esforço a mais. Uma verdadeira situação ganha-ganha.
Quem propôs e quem aceitou criaram uma igualdade; não mais um movimento unidirecional, mas uma troca igual de impressões. Onde ambas as partes viram vantagens e utilidades iguais nas propostas.
E o resultado não só confirmou as expectativas, mas às vezes superando-as de muito.
Claro que houve quem, à primeira instância, achasse ridículo, mas basta um sonhador. De ambos sempre há, pelo menos um, na plateia.
Alguns chamam de empenho, outros; pura sorte (sheer luck). Não importa muito o nome que demos. Os resultados são de um maniqueísmo matemático. São bons ou não.
Uma vez satisfeita a condição, desliga-se da necessidade e pronto. Ninguém pensa mais nisso. Eis uma limitação! Vemos tudo linear e isolado. Cá para mim, vejo ciclos, conexões e relações.
Mas é, nesta zona de conforto, que definitivamente podemos fazer análise de resultados e chegar a conclusões, melhores práticas e racionalização de processos que nos levarão, mais facilmente a resultados semelhantes em outras situações. Ou chegarmos perto.
Pois nela estamos em condições de enxergar o verdadeiro alcance de nossos esforços. Podemos traçar as rotas e mapear desenvolvimento.
Inovação.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Relativismo
Fui treinado a salivar quando escutasse um sino. Hoje o sino foi eliminado e tenho que continuar salivando apesar disso. Está me levando à loucura quebrar este molde e padrão comportamental. Uma roda dentada que não encontra ajuste no sistema em que está. Unidade no vácuo escuro, acho que acabei de cair num experimento comportamental. E um holismo relativista me acena com várias direções ao mesmo tempo... que continua passando impassível.
Marcadores:
automaton,
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djinn,
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fall from grace,
here-we-go-again,
loudly thinking to myself,
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mumbles,
Skinner,
Van
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Zonas de Conforto
No Wikipédia encontramos que, zona de conforto é o estado
comportamental dentro do qual a pessoa atua em uma condição neutra de
ansiedade, utilizando um conjunto limitado de comportamentos para obter um
nível constante de desempenho, normalmente desprovida do sentido de risco.
Mas, pensei, se alterarmos os níveis de ansiedade,
desempenho e risco obteríamos um resultado bastante parecido com aquele da Lei
de Boyle-Mariotte nos gases.
Há lógico, algumas pequenas variáveis:
1) se aumentamos a ansiedade, o desempenho diminui e o risco
aumenta;
2) se aumentamos o desempenho, a ansiedade diminui e o risco
diminui; e
3) se aumentamos o risco, a ansiedade aumenta e o desempenho
diminui,
Se formos complacentes, elas funcionam similarmente. Dá para
ver a semelhança aqui e ali.
O dado que não é computado nesta semelhança é que falamos de sistemas fechados, enquanto nós, gente, como sistema somos abertos, fractais.
Hmmm.
Estava indo tão bem... não?
O homem é um animal de costumes, dê-lhe tempo (e certa dose
de preguiça) e ele será capaz de adaptar-se ao ambiente que o rodeia. Nem
precisamos nos afastar do computador para visualizar exemplos dos 3 ambientes
acima mencionados em várias épocas da história humana. Pensemos que, com esse
mesmo leque limitado de comportamentos e assumindo um maior nível de risco poderíamos
conseguir um aumento do desempenho.
Quando funciona, e conseguimos explicar até para nós mesmos
o que foi que aconteceu, chamamos de criatividade. Esqueçam o dedo opositor, ou
o andar ereto! Foi acertar o coco com a pedra e não a pedra com a cabeça (coco)
o que nos diferenciou dos outros mamíferos!
Quando não funciona... bem, sejamos resilientes. Como diria
o Salgado (Quino): "é a forma certa de fazer errado". Por enquanto...
Lembra-se da frase: "Se o homem fosse capaz de voar,
Deus lhe teria dado assas!"
Nada mais comum do que voar pra lá e pra cá
hoje em dia. E isto é apenas um dos muitos exemplos onde o risco, a ansiedade e
o desempenho são mudados -levemente- para atingir um objetivo qualquer.
Até Wile E. Coyote sabe disso.
Muitas empresas ainda usam a fórmula de Salgado e erram da forma certa. Desenvolvem estratégias mirabolantes, sistemas de qualidade e projeções de desempenho. E, como na Revolução Francesa, aumentam a ansiedade e o risco esperando que o desempenho dos colaboradores aumente junto. Depois do choque original, o novo nível de ansiedade passa a ser o normal, aprende-se a evitar o risco e o desempenho não aumenta.
Cria-se um novo patamar, uma nova zona de conforto.
E então...(continua)
terça-feira, 8 de novembro de 2011
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Organizações Bárbaras
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Depressão segundo Kehl
“A depressão é a expressão de mal-estar que faz água e ameaça afundar a nau dos bem-adaptados ao século da velocidade, da euforia prêt-à-porter,
da saúde, do exibicionismo e, como já se tornou chavão, do consumo
generalizado. A depressão é sintoma social porque desfaz, lenta e
silenciosamente, a teia de sentidos e de crenças que sustenta e ordena
a vida social desta primeira década do século XXI.
Por isso mesmo, os depressivos, além de se sentirem na contramão de seu tempo, vêem sua solidão agravar-se em função do desprestígio social de sua tristeza. Se o tédio, o spleen, o luto e outras formas de abatimento são malvistos no mundo atual, os depressivos correm o risco de ser discriminados como doentes contagiosos, portadores da má notícia da qual ninguém quer saber.”
Maria Rita Kehl em passagem de seu O tempo e o cão: a atualidade das depressões (São Paulo: Boitempo, 2009, p.22).
Por isso mesmo, os depressivos, além de se sentirem na contramão de seu tempo, vêem sua solidão agravar-se em função do desprestígio social de sua tristeza. Se o tédio, o spleen, o luto e outras formas de abatimento são malvistos no mundo atual, os depressivos correm o risco de ser discriminados como doentes contagiosos, portadores da má notícia da qual ninguém quer saber.”
Maria Rita Kehl em passagem de seu O tempo e o cão: a atualidade das depressões (São Paulo: Boitempo, 2009, p.22).
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
História(s)
Em algum lugar escutei: "se ignorarmos a história seremos condenados a repetí-la!" Acho que meu irmão me fez lembrar disso por algum comentário que escreveu no seu blog.
E, como sempre, saí pela tangente pensando em como a ignorância poderia causar tanto estrago em tão pouco tempo. Imaginei como seria se daqui a alguns anos a curva ascendente da lassidão (desculpem, tive que escolher um termo menos ofensivo) atual fosse o tonus. A imagem que me veio à cabeça não era minha de forma alguma. Alguns outros já a viram e usaram em seus avisos. Não sou o primeiro, nem o melhor.
Sou mais um...
Morloks, para quem ainda não conhece, são os sujeitos na foto acima. Fora o modelito Mary Quant e o cabelo chapinhado, eram uns troglôs de mão cheia.
...
Esses guerrilheiros de fim-de-semana no seu afã de emular Che Guevara só conseguem arremedar um Chacrinha mal humorado e baderneiro.
[continua]
E, como sempre, saí pela tangente pensando em como a ignorância poderia causar tanto estrago em tão pouco tempo. Imaginei como seria se daqui a alguns anos a curva ascendente da lassidão (desculpem, tive que escolher um termo menos ofensivo) atual fosse o tonus. A imagem que me veio à cabeça não era minha de forma alguma. Alguns outros já a viram e usaram em seus avisos. Não sou o primeiro, nem o melhor.
Sou mais um...
...
Esses guerrilheiros de fim-de-semana no seu afã de emular Che Guevara só conseguem arremedar um Chacrinha mal humorado e baderneiro.
[continua]
El costo de la vida
Mais uma vez -mesmo que anos atrasado- Juan Luis Guerra.
"Somos un agujero en médio del mar y el cielo, 500 años despues!"
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Jae Rhim Lee
Esta moça tem uma proposta a fazer.
Prestem atenção que em nenhum momento ela contou piada.
E, para aqueles que não falam inglês, fiz uma tradução do discurso:
"...
Tradução Jae Rhim Lee no TED
"Bom, estou aqui para explicar
porque estou usando estes pijamas de ninja.
E, para fazê-lo, antes gostaria de falar
sobre as toxinas ambientais no nosso corpo.
Alguns de vocês já devem saber
sobre o composto Bisfenol A (BPA).
É um endurecedor de materiais e um estrógeno sintético
encontrado no interior das latas de alimentos
e alguns plásticos.
O BPA imita os hormónios do corpo
e causa problemas neurológicos e reprodutivos.
E está em todo lugar.
Um estudo recente encontrou BPA
em 93% das pessoas a partir dos 6 anos.
Mas é somente um composto químico.
O Centro de Controle de Doenças nos Estados Unidos
diz que temos 219 poluentes tóxicos em nossos corpos,
e estes incluem conservantes e pesticidas,
e metais pesados como chumbo e mercúrio.
Para mim, isto diz 3 coisas:
primeiro, não se transforme em um canibal.
Segundo, somos responsáveis e vítimas da
nossa própria poluição.
E terceiro,
nossos corpos são filtros e depósitos
de toxinas ambientais.
Então, o que acontece com todas essas toxinas quando morremos?
A resposta curta é:
Eles voltam ao meio-ambiente de uma ou outra forma
continuando seu ciclo de toxicidade.
Mas nossas atuais práticas funerárias
somente pioram a situação.
Se você for cremado,
todas estas toxinas que mencionei são liberadas na atmosfera.
E isto inclui 2500 quilos de mercúrio
somente das nossas obturações dentárias por ano.
E em um funeral americano tradicional,
o defunto é coberto por enchimentos e cosméticos
para que pareça vivo.
Então é enchido com formol tóxico
para retardar a decomposição -
uma prática que causa problemas respiratórios e câncer
no pessoal das funerárias.
Então, tratando de preservar nossos corpos mortos,
negamos a morte, envenenando os vivos
e ainda prejudicamos o meio-ambiente.
Enterros verdes ou naturais, que não usam embalsamamento,
são um passo na direcção certa,
mas eles não lidam com as toxinas existentes em nossos corpos.
Penso haver uma melhor solução.
Sou uma artista,
gostaria de oferecer uma proposta modesta
no encontro
da arte, ciência e cultura.
O Projeto Enterro Infinito (Infinity Burial),
um sistema de enterro alternativo
que usa cogumelos
para decompor e limpar toxinas nos corpos.
O Projeto Enterro Infinito
começou há alguns anos com uma fantasia
criar o Cogumelo Infinity -
um novo cogumelo híbrido
que decomporia os corpos, limparia as toxinas
e forneceria nutrientes para as raizes vegetais,
sobrando adubo limpo.
Mas aprendí que é quase impossível
criar um novo cogumelo híbrido.
Também aprendí
que alguns dos nossos cogumelos mais gostozos
podem limpar toxinas ambientais no solo.
Então pensei; talvéz possa treinar um exército
de cogumelos comestíveis que limpem toxinas
a comer meu corpo.
Então hoje, coleciono o que descarto ou desprendo -
meu cabelo, pele, unhas -
e alimento com eles estes cogumelos comestíveis.
Enquanto os cogumelos crescem,
colho os melhores
para transformá-los em Cogumelos Infinity.
É uma forma de fixar e selecionar o processo de procriação
para a pósvida.
Então quando eu morrer,
os cogumelos Infinity vão reconhecer meu corpo
e serão capazes de comé-lo.
Muito bem, para alguns de vocês,
isto pode parecer muito, muito louco.
(Risos)
Só um pouquinho.
Sei que não é o tipo de relação
a qual aspiramos ter com a nossa comida.
Queremos comer, não ser comidos, pela nossa comida.
Mas enquanto vejo os cogumelos crescer
e digerir meu corpo,
imagino que o Cogumelo Infinity
como o símbolo de uma nova forma de encarar a morte
e a relação entre meu corpo e o meio-ambiente.
Vejam, para mim,
cultivar o cogumelo infinity
é mais do que experimentação científica
ou jardinagem ou criar um animal de estimação,
é um passo na aceitação do fato
de que algum dia vou morrer e decompor.
Também é um passo
para assumir a responsabilidade
de meu próprio fardo no planeta.
Crescer os cogumelos também é parte de uma prática maior
de cultivo de organismos decompostores
chamados decompicultura,
um conceito desenvolvido pelo entomologista
Timothy Myles.
O cogumelo Infinity é um subgrupo da decompicultura
que chamo decompicultura corporal e remediação tóxica -
o cultivo de organismos que decompõem
e limpam toxinas dos corpos.
E agora sobre estes pijamas de ninja.
Quando estiver completo,
planejo integrar os cogumelos Infinity a vários objetos.
Primeiro, uma vestimenta de enterro
infundida com esporos de cogumelo,
O Vestido Mortuário Cogumelo.
(Risos)
Estou vestindo o segundo protótipo
desta vestimenta mortuária.
Está coberta por uma rede crochetada
embedida em espóros de cogumelo.
O padrão dendrítico que vem
imita o crescimento das mycelia dos cogumelos,
que equivalem às raizes das plantas.
Também estou criando um kit de decompicultura,
uma variedade de cápsulas
que contêm espóros do cogumelo Infinity
e outros elementos
que aceleram a decomposição e a remediação tóxica.
Estas cápsulas são embebidas em uma geléia rica em nutrientes
uma espécie de segunda pele,
que dissolve rapidamente
transformando-se em papinha para os cogumelos em crescimento.
Planejo concluir o kit de decompicultura
no próximo ano ou dois,
e então gostaria de começar a testá-los,
primeiro com carne vencida do mercado
e então com sujeitos humanos.
E, acreditem ou não,
algumas pessoas já doaram seus corpos para o projeto
para ser comidos pelos cogumelos.
(Risos)
O que aprendí ao falar com estas pessoas
é que compartilhamos um desejo comum
de entender e aceitar a morte
e minimizar o impacto de nossa morte sobre o meio-ambiente.
Eu quiz cultivar esta visão
igual que os cogumelos,
por isso formei a Sociedade Decompicultora,
um grupo de pessoas chamados decompinautas
que activamente exploram suas opções postmortem,
almejam aceitar a morte
e cultivam organismos decompostores
como o cogumelo Infinity.
A Sociedade Decompicultora compartilha a visão
de uma mudança cultural,
de nossa atual cultura de negação da morte e preservação do corpo
para uma de decompicultura,
uma aceitação radical da morte e decomposição.
Aceitar a morte significa aceitar
que somos seres físicos
intimamente conectados ao meio-ambiente,
como uma pesquisa sobre toxinas no meio-ambiente confirma.
Como se diz;
do pó viemos e ao pó retornamos.
E, uma vez que entendermos que somos ligados ao meio-ambiente,
vemos que a sobrevivência de nossa espécie
depende da sobrevivência do planeta.
Acredito que este seja o começo
da verdadeira responsabilidade ecológica.
Obrigado.
(Aplausos)
..."
Prestem atenção que em nenhum momento ela contou piada.
E, para aqueles que não falam inglês, fiz uma tradução do discurso:
"...
Tradução Jae Rhim Lee no TED
"Bom, estou aqui para explicar
porque estou usando estes pijamas de ninja.
E, para fazê-lo, antes gostaria de falar
sobre as toxinas ambientais no nosso corpo.
Alguns de vocês já devem saber
sobre o composto Bisfenol A (BPA).
É um endurecedor de materiais e um estrógeno sintético
encontrado no interior das latas de alimentos
e alguns plásticos.
O BPA imita os hormónios do corpo
e causa problemas neurológicos e reprodutivos.
E está em todo lugar.
Um estudo recente encontrou BPA
em 93% das pessoas a partir dos 6 anos.
Mas é somente um composto químico.
O Centro de Controle de Doenças nos Estados Unidos
diz que temos 219 poluentes tóxicos em nossos corpos,
e estes incluem conservantes e pesticidas,
e metais pesados como chumbo e mercúrio.
Para mim, isto diz 3 coisas:
primeiro, não se transforme em um canibal.
Segundo, somos responsáveis e vítimas da
nossa própria poluição.
E terceiro,
nossos corpos são filtros e depósitos
de toxinas ambientais.
Então, o que acontece com todas essas toxinas quando morremos?
A resposta curta é:
Eles voltam ao meio-ambiente de uma ou outra forma
continuando seu ciclo de toxicidade.
Mas nossas atuais práticas funerárias
somente pioram a situação.
Se você for cremado,
todas estas toxinas que mencionei são liberadas na atmosfera.
E isto inclui 2500 quilos de mercúrio
somente das nossas obturações dentárias por ano.
E em um funeral americano tradicional,
o defunto é coberto por enchimentos e cosméticos
para que pareça vivo.
Então é enchido com formol tóxico
para retardar a decomposição -
uma prática que causa problemas respiratórios e câncer
no pessoal das funerárias.
Então, tratando de preservar nossos corpos mortos,
negamos a morte, envenenando os vivos
e ainda prejudicamos o meio-ambiente.
Enterros verdes ou naturais, que não usam embalsamamento,
são um passo na direcção certa,
mas eles não lidam com as toxinas existentes em nossos corpos.
Penso haver uma melhor solução.
Sou uma artista,
gostaria de oferecer uma proposta modesta
no encontro
da arte, ciência e cultura.
O Projeto Enterro Infinito (Infinity Burial),
um sistema de enterro alternativo
que usa cogumelos
para decompor e limpar toxinas nos corpos.
O Projeto Enterro Infinito
começou há alguns anos com uma fantasia
criar o Cogumelo Infinity -
um novo cogumelo híbrido
que decomporia os corpos, limparia as toxinas
e forneceria nutrientes para as raizes vegetais,
sobrando adubo limpo.
Mas aprendí que é quase impossível
criar um novo cogumelo híbrido.
Também aprendí
que alguns dos nossos cogumelos mais gostozos
podem limpar toxinas ambientais no solo.
Então pensei; talvéz possa treinar um exército
de cogumelos comestíveis que limpem toxinas
a comer meu corpo.
Então hoje, coleciono o que descarto ou desprendo -
meu cabelo, pele, unhas -
e alimento com eles estes cogumelos comestíveis.
Enquanto os cogumelos crescem,
colho os melhores
para transformá-los em Cogumelos Infinity.
É uma forma de fixar e selecionar o processo de procriação
para a pósvida.
Então quando eu morrer,
os cogumelos Infinity vão reconhecer meu corpo
e serão capazes de comé-lo.
Muito bem, para alguns de vocês,
isto pode parecer muito, muito louco.
(Risos)
Só um pouquinho.
Sei que não é o tipo de relação
a qual aspiramos ter com a nossa comida.
Queremos comer, não ser comidos, pela nossa comida.
Mas enquanto vejo os cogumelos crescer
e digerir meu corpo,
imagino que o Cogumelo Infinity
como o símbolo de uma nova forma de encarar a morte
e a relação entre meu corpo e o meio-ambiente.
Vejam, para mim,
cultivar o cogumelo infinity
é mais do que experimentação científica
ou jardinagem ou criar um animal de estimação,
é um passo na aceitação do fato
de que algum dia vou morrer e decompor.
Também é um passo
para assumir a responsabilidade
de meu próprio fardo no planeta.
Crescer os cogumelos também é parte de uma prática maior
de cultivo de organismos decompostores
chamados decompicultura,
um conceito desenvolvido pelo entomologista
Timothy Myles.
O cogumelo Infinity é um subgrupo da decompicultura
que chamo decompicultura corporal e remediação tóxica -
o cultivo de organismos que decompõem
e limpam toxinas dos corpos.
E agora sobre estes pijamas de ninja.
Quando estiver completo,
planejo integrar os cogumelos Infinity a vários objetos.
Primeiro, uma vestimenta de enterro
infundida com esporos de cogumelo,
O Vestido Mortuário Cogumelo.
(Risos)
Estou vestindo o segundo protótipo
desta vestimenta mortuária.
Está coberta por uma rede crochetada
embedida em espóros de cogumelo.
O padrão dendrítico que vem
imita o crescimento das mycelia dos cogumelos,
que equivalem às raizes das plantas.
Também estou criando um kit de decompicultura,
uma variedade de cápsulas
que contêm espóros do cogumelo Infinity
e outros elementos
que aceleram a decomposição e a remediação tóxica.
Estas cápsulas são embebidas em uma geléia rica em nutrientes
uma espécie de segunda pele,
que dissolve rapidamente
transformando-se em papinha para os cogumelos em crescimento.
Planejo concluir o kit de decompicultura
no próximo ano ou dois,
e então gostaria de começar a testá-los,
primeiro com carne vencida do mercado
e então com sujeitos humanos.
E, acreditem ou não,
algumas pessoas já doaram seus corpos para o projeto
para ser comidos pelos cogumelos.
(Risos)
O que aprendí ao falar com estas pessoas
é que compartilhamos um desejo comum
de entender e aceitar a morte
e minimizar o impacto de nossa morte sobre o meio-ambiente.
Eu quiz cultivar esta visão
igual que os cogumelos,
por isso formei a Sociedade Decompicultora,
um grupo de pessoas chamados decompinautas
que activamente exploram suas opções postmortem,
almejam aceitar a morte
e cultivam organismos decompostores
como o cogumelo Infinity.
A Sociedade Decompicultora compartilha a visão
de uma mudança cultural,
de nossa atual cultura de negação da morte e preservação do corpo
para uma de decompicultura,
uma aceitação radical da morte e decomposição.
Aceitar a morte significa aceitar
que somos seres físicos
intimamente conectados ao meio-ambiente,
como uma pesquisa sobre toxinas no meio-ambiente confirma.
Como se diz;
do pó viemos e ao pó retornamos.
E, uma vez que entendermos que somos ligados ao meio-ambiente,
vemos que a sobrevivência de nossa espécie
depende da sobrevivência do planeta.
Acredito que este seja o começo
da verdadeira responsabilidade ecológica.
Obrigado.
(Aplausos)
..."
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Durkheim
"For if society lacks the unity that derives from the fact that the
relationships between its parts are exactly regulated, that unity
resulting from the harmonious articulation of its various functions
assured by effective discipline and if, in addition, society lacks the
unity based upon the commitment of men's wills to a common objective,
then it is no more than a pile of sand that the least jolt or the
slightest puff will suffice to scatter."
Émile Durkheim
Etc e tal...
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Sherazade 2 (leve revisão)
Desde criança sempre fui atraido por histórias fantásticas.
Quanto mais fantásticas melhor!
Histórias e filmes de fadas, gênios, e objetos mágicos eram as minhas preferidas. Alias, até hoje!
Não me importava o maniqueísmo contido na história, nem a cenografia do filme; eram os gênios e seres mágicos que me chamavam a atenção. Aprendia de ouvido, vendo como tudo era possível.
Os três desejos, então, dentre meus favoritos eram o ápice da fábula. Eram eles que mudariam o resto do conto, o final da história, a vida do principal personagem, que invariávelmente tinha sido tirado de sua "zona de conforto", sofreria desafios impensados até que... seus conhecimentos, habilidades e atitudes somados não seriam suficientes para tirá-lo da enrascada.
Usualmente a história era interrompida aqui. Tinha algo a ver com aumento das expectativas, valorização do produto, ansiedade (ou stress) ou então; eu tinha pegado no sono mesmo.
Noite seguinte; Parte 2 - O finalmente -
Tinha me colocado no lugar do herói desde o começo!
"E agora, u qui qui eu faço?"
No penúltimo momento descubro uma lâmpada, um livro, um anel, um peixe mágico, sei lá!
E vem com manual!
"Esfregue aqui para convocar o ente contido. Mantenha fora do alcance das crianças. Produto não reciclável."
A estas alturas eu estava com endorfina saíndo pelos ouvidos de tão assanhado!
(Imagine as matinés de sábado no Edison ou no Ancón e o herói aparecendo ocupando toda a tela!
Quem nunca viu não pode nem imaginar o escarceu!!)
Era um tal de Epas!, Opas! O mocinho descendo o sarrafo no vilão! Fazendo-o provar do seu próprio veneno. Catando a mocinha -com todo respeito- e tascando-lhe um beijo de Roto-rooter!
E viveram felizes para sempre, enquanto nos fades (in/out) apareciam as palavras: "The End". Acompanhadas de uma emocionante fanfarra musical que seria nossa companheira de aventuras até o sábado seguinte.
Acendiam-se as luzes e abriam-se as portas, liberando uma molecada superexcitada e barulhenta, feito bando de periquitos, sobre a cidade inocente e desavisada!
Mas dizia eu que o importante das tais histórias eram os desejos. Em máximo de três e mínimo de um, tinhas o direito de pedir o que quer que fosse (menos: ter mais desejos, claro... coisas de sindicato e contabilidade) que te seria concedido.
Acho que foi a primeira pergunta séria que me fiz na vida toda: Qual seria meu primer desejo? Claro, pois o primeiro era o mais importante! Dele dependeriam todos os outros. Passei um bom tempo pensando nisto.
Quanta bobagem, pensarão... Mas, para um moleque daquela idade (sei lá qual, imagine uma!) ISSO é importante. Pelo menos para mim.
Deveria estar preparado para responder: Qual seu primeiro desejo?
Desastrado como era, poderia ser meu último. Não queria correr esse risco.
E pensei... pensei... pensei...
O tempo foi passando, o Edison e o Ancón foram demolidos, e ainda não tinha uma resposta satisfatória. Encontrar, encontrei mas, por A mais B, sempre achava alguma falha ou mossa que tirava o tchans da resposta.
Ninguem tinha passado por aqui antes?
A resposta me veio de onde menos esperava encontrar!
Um dos meus heróis veio ao meu socorro: Salomão.
Sim, o israelense filho de David.
O do Templo, o da Bíblia!
Ele tinha passado por aqui, e melhor que eu, tinha deixado um mapa para possíveis futuros turistas.
Ele pediu ao Supremo e o Supremo lhe concedeu!
Pode ver, tá lá na Bíblia!!
Por isso, carrego sempre minha resposta pronta na algibeira.
"E tu, o que desejas?"
...
...
(silêncio dramático)
"Eu desejo ser sábio como o Salomão."
...
"E, como ele, agradecer o que já me destes!"
The End
(Agora sim!!)
_______________________________________
Comentários a Sherazade
Quanto mais fantásticas melhor!
Histórias e filmes de fadas, gênios, e objetos mágicos eram as minhas preferidas. Alias, até hoje!
Não me importava o maniqueísmo contido na história, nem a cenografia do filme; eram os gênios e seres mágicos que me chamavam a atenção. Aprendia de ouvido, vendo como tudo era possível.
Os três desejos, então, dentre meus favoritos eram o ápice da fábula. Eram eles que mudariam o resto do conto, o final da história, a vida do principal personagem, que invariávelmente tinha sido tirado de sua "zona de conforto", sofreria desafios impensados até que... seus conhecimentos, habilidades e atitudes somados não seriam suficientes para tirá-lo da enrascada.
Usualmente a história era interrompida aqui. Tinha algo a ver com aumento das expectativas, valorização do produto, ansiedade (ou stress) ou então; eu tinha pegado no sono mesmo.
Noite seguinte; Parte 2 - O finalmente -
Tinha me colocado no lugar do herói desde o começo!
"E agora, u qui qui eu faço?"
No penúltimo momento descubro uma lâmpada, um livro, um anel, um peixe mágico, sei lá!
E vem com manual!
"Esfregue aqui para convocar o ente contido. Mantenha fora do alcance das crianças. Produto não reciclável."
A estas alturas eu estava com endorfina saíndo pelos ouvidos de tão assanhado!
(Imagine as matinés de sábado no Edison ou no Ancón e o herói aparecendo ocupando toda a tela!
Quem nunca viu não pode nem imaginar o escarceu!!)
Era um tal de Epas!, Opas! O mocinho descendo o sarrafo no vilão! Fazendo-o provar do seu próprio veneno. Catando a mocinha -com todo respeito- e tascando-lhe um beijo de Roto-rooter!
E viveram felizes para sempre, enquanto nos fades (in/out) apareciam as palavras: "The End". Acompanhadas de uma emocionante fanfarra musical que seria nossa companheira de aventuras até o sábado seguinte.
Acendiam-se as luzes e abriam-se as portas, liberando uma molecada superexcitada e barulhenta, feito bando de periquitos, sobre a cidade inocente e desavisada!
Mas dizia eu que o importante das tais histórias eram os desejos. Em máximo de três e mínimo de um, tinhas o direito de pedir o que quer que fosse (menos: ter mais desejos, claro... coisas de sindicato e contabilidade) que te seria concedido.
Acho que foi a primeira pergunta séria que me fiz na vida toda: Qual seria meu primer desejo? Claro, pois o primeiro era o mais importante! Dele dependeriam todos os outros. Passei um bom tempo pensando nisto.
Quanta bobagem, pensarão... Mas, para um moleque daquela idade (sei lá qual, imagine uma!) ISSO é importante. Pelo menos para mim.
Deveria estar preparado para responder: Qual seu primeiro desejo?
Desastrado como era, poderia ser meu último. Não queria correr esse risco.
E pensei... pensei... pensei...
O tempo foi passando, o Edison e o Ancón foram demolidos, e ainda não tinha uma resposta satisfatória. Encontrar, encontrei mas, por A mais B, sempre achava alguma falha ou mossa que tirava o tchans da resposta.
Ninguem tinha passado por aqui antes?
A resposta me veio de onde menos esperava encontrar!
Um dos meus heróis veio ao meu socorro: Salomão.
Sim, o israelense filho de David.
O do Templo, o da Bíblia!
Ele tinha passado por aqui, e melhor que eu, tinha deixado um mapa para possíveis futuros turistas.
Ele pediu ao Supremo e o Supremo lhe concedeu!
Pode ver, tá lá na Bíblia!!
Por isso, carrego sempre minha resposta pronta na algibeira.
"E tu, o que desejas?"
...
...
(silêncio dramático)
"Eu desejo ser sábio como o Salomão."
...
"E, como ele, agradecer o que já me destes!"
The End
(Agora sim!!)
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Comentários a Sherazade
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Motivo+Ação
Eis o essencial de "motivação" em funcionamento.
Sem memos nem circulares, nem reuniões de gestão.
Bobby McFerrin para CEO, anywhere!!!
Sem memos nem circulares, nem reuniões de gestão.
Bobby McFerrin para CEO, anywhere!!!
Marcadores:
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collaboration,
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sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Se não, vejamos...
"I like being alive. I just wish I was better at it."
@gapingvoid
Pois, até agora ninguem mostrou que o antes nem o depois é melhor.
Façamos melhor o AGORA!!
@gapingvoid
Pois, até agora ninguem mostrou que o antes nem o depois é melhor.
Façamos melhor o AGORA!!
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Epa 2
Ou então, posso estar redondamente enganado...
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quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Eppur si muove
Faz algum tempo, dizer que o homem poderia voar como os pássaros era, no mínimo, motivo de muita risada. No máximo, você sendo o churrasco de fim de semana da Inquisição. Em todo caso enunciar uma ideia estapafúrdia como essa acabava por marcar você como diferente.
Idiota, mas diferente.
As pessoas comuns pensavam comumente... coisas comuns. Geralmente o que viam todo dia.
Nada de novo ou diferente.
Deus os livrasse disso!
Mas, foi justamente naquele momento que começaram a pensar tais "bestialidades". A criar ilusões de 3ª dimensão na pintura. A mudar o centro do universo.
Dai a um pulo curto, num descuido; arredondaram o mundo!!
Pouco depois disso, voltaram seriamente a pensar nos pássaros e em voar.
As risadas também voltaram.
A ideia era tão séria quanto "empurrar uma mesa ladeira abaixo esperando que ela graciosamente levantasse vôo como uma gaivota, un ganso ou um peru!"
As pessoas costumam seguir a lógica do que já foi provado, ou pior; do que eles sabem ou... imaginam saber.
Todos nós temos "medo" (por falta de um termo melhor) do desconhecido.
Vejamos esta mesma situação de uma outra perspectiva, sim?
Uma pergunta: "Qual o número seguinte na série 2, 10, 12, 16, 17, 18, 19, ...?"
E, para complicar, porquê?
Pense... não tenho pressa.
...
...
Já pensou...?
...
...
200!!
É um exercício de semântica, não de matemática.
Claro que deve existir uma obscura função matemática que encontre a relação entre os valores descritos. Mas se até hoje você conseguiu viver sem ela, pode ficar tranquilo que não vai precisar saber.
O motivo e a relação entre este exercício e a primeira parte deste post é mostrar como limitamos nosso span de atenção. E, em fazendo isto, limitamos a quantidade -e talvez qualidade- das respostas e soluções para eventos.
Antes de resolver, e mesmo com a evidente solução na mão, pense se não haveria uma outra solução. Uma outra forma e quais os resultados da sua aplicação.
Atreva-se a pensar holisticamente (Deus o livre!).
_________________________________________
Senescência e Conhecimento
Tropismos Digitais
Tecnologias, Conhecimentos e... nós
Parede Branca
Idiota, mas diferente.
As pessoas comuns pensavam comumente... coisas comuns. Geralmente o que viam todo dia.
Nada de novo ou diferente.
Deus os livrasse disso!
Mas, foi justamente naquele momento que começaram a pensar tais "bestialidades". A criar ilusões de 3ª dimensão na pintura. A mudar o centro do universo.
Dai a um pulo curto, num descuido; arredondaram o mundo!!
Pouco depois disso, voltaram seriamente a pensar nos pássaros e em voar.
As risadas também voltaram.
A ideia era tão séria quanto "empurrar uma mesa ladeira abaixo esperando que ela graciosamente levantasse vôo como uma gaivota, un ganso ou um peru!"
As pessoas costumam seguir a lógica do que já foi provado, ou pior; do que eles sabem ou... imaginam saber.
Todos nós temos "medo" (por falta de um termo melhor) do desconhecido.
Vejamos esta mesma situação de uma outra perspectiva, sim?
Uma pergunta: "Qual o número seguinte na série 2, 10, 12, 16, 17, 18, 19, ...?"
E, para complicar, porquê?
Pense... não tenho pressa.
...
...
Já pensou...?
...
...
200!!
É um exercício de semântica, não de matemática.
Claro que deve existir uma obscura função matemática que encontre a relação entre os valores descritos. Mas se até hoje você conseguiu viver sem ela, pode ficar tranquilo que não vai precisar saber.
O motivo e a relação entre este exercício e a primeira parte deste post é mostrar como limitamos nosso span de atenção. E, em fazendo isto, limitamos a quantidade -e talvez qualidade- das respostas e soluções para eventos.
Antes de resolver, e mesmo com a evidente solução na mão, pense se não haveria uma outra solução. Uma outra forma e quais os resultados da sua aplicação.
Atreva-se a pensar holisticamente (Deus o livre!).
_________________________________________
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segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Lembranças de "El Bongo"
Alguma vez montou um cavalo xucro? Cheio de manhas, como diria meu avô?
Sabe aquele cavalo mal domado que fica no pasto por muito tempo, comendo, engordando, fazendo absolutamente nada e, de repente, se vê arreado e com uma criança no lombo?
Alguem vai pro chão.
E, não vai ser o cavalo, não.
A sensação antes da queda é o mais perto que chegaremos, em sã consciência, de tanta força incontrolada. A sensação é uma viagem em câmara lenta. Fora do binômio cavalo-saco-de-batatas (criança) a dança não dura muito. Mal dá para fazer alguma coisa a não ser esperar que o cavalo pare de pular e a criança não quebre... muito.
Há outras opções, mas não quero complicar.
Não doi. Na hora. É como jogar-se num sofá velho. Duro. As selas tipo mexicana são uma poltrona sobre cavalo.
Imagina se puder, a poltrona te jogando para fora. Com força!
E, aí vem o chão!
Pof!! (Com direito a: crecs, crocs e ais! variados)
Em menos tempo do que leva para ler estas mal traçadas, já aconteceu.
Viu? Não doeu nada.
Foi só um susto.
"Amanhã tu monta esse mesmo pangaré e vai buscar as vaca no pasto."
...
Na outra vez que o animal fez a mesma brincadeira, o saco-de-batatas não caiu. Depois disso, só se derrubou outro.
E, ficamos juntos indo buscar e levar as vacas todos os dias até o fim da temporada. Ele sabia o serviço, eu só montava para abrir e fechar as porteiras.
Sabe aquele cavalo mal domado que fica no pasto por muito tempo, comendo, engordando, fazendo absolutamente nada e, de repente, se vê arreado e com uma criança no lombo?
Alguem vai pro chão.
E, não vai ser o cavalo, não.
A sensação antes da queda é o mais perto que chegaremos, em sã consciência, de tanta força incontrolada. A sensação é uma viagem em câmara lenta. Fora do binômio cavalo-saco-de-batatas (criança) a dança não dura muito. Mal dá para fazer alguma coisa a não ser esperar que o cavalo pare de pular e a criança não quebre... muito.
Há outras opções, mas não quero complicar.
Não doi. Na hora. É como jogar-se num sofá velho. Duro. As selas tipo mexicana são uma poltrona sobre cavalo.
Imagina se puder, a poltrona te jogando para fora. Com força!
E, aí vem o chão!
Pof!! (Com direito a: crecs, crocs e ais! variados)
Em menos tempo do que leva para ler estas mal traçadas, já aconteceu.
Viu? Não doeu nada.
Foi só um susto.
"Amanhã tu monta esse mesmo pangaré e vai buscar as vaca no pasto."
...
Na outra vez que o animal fez a mesma brincadeira, o saco-de-batatas não caiu. Depois disso, só se derrubou outro.
E, ficamos juntos indo buscar e levar as vacas todos os dias até o fim da temporada. Ele sabia o serviço, eu só montava para abrir e fechar as porteiras.
domingo, 11 de setembro de 2011
Motivação
Faz algum tempo tive a felicidade de assistir este vídeo. Compartilho com vocês.
Espero que tenham gostado.
Espero que tenham gostado.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
(In)Certezas
A Certeza é uma fina camada de gelo sobre um lago. É o efeito da borda sob a qual os seres humanos experimentam suas vidas. Por um lado, atravessam o lago os simplórios; caminham seguros sobre o lago congelado, tendo uma vaga sensação do que há sob seus pés. Por outro, atravessam os alegoristas e os místicos; caminham pela superfície já semidegelada, saltando de um bloco a outro. É possível chegar à margem de ambas as formas. Para os primeiros, a incerteza é um fantasma, é o Outro. Para os últimos, a incerteza é a rachadura, que é vista apenas quando o pé já está sobre o bloco de gelo seguinte.
Por grotesco que possa parecer à nossa arrogância, o gelo é real.
Felizes daqueles que vão de margem a margem com algo sob seus pés.
BONDER, Nilton - A Arte de se Salvar: sobre desespero e morte. Rio de Janeiro: Imago Ed, 1993;
Por grotesco que possa parecer à nossa arrogância, o gelo é real.
Felizes daqueles que vão de margem a margem com algo sob seus pés.
BONDER, Nilton - A Arte de se Salvar: sobre desespero e morte. Rio de Janeiro: Imago Ed, 1993;
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Cluetrain Manifesto
"
The question is whether, as a company, you can afford to have more than an advertising-jingle persona. Can you put yourself out there: say what you think in your own voice, present who you really are, show what you really care about? Do you have any genuine passion to share? Can you deal with such honesty? Such exposure? Human beings are often magnificent in this regard, while companies, frankly, tend to suck. For most large corporations, even considering these questions -and they're being forced to do so by both internet and intranet- is about as exciting as the offer of an experimental brain transplant.
"
We rest our case...
The question is whether, as a company, you can afford to have more than an advertising-jingle persona. Can you put yourself out there: say what you think in your own voice, present who you really are, show what you really care about? Do you have any genuine passion to share? Can you deal with such honesty? Such exposure? Human beings are often magnificent in this regard, while companies, frankly, tend to suck. For most large corporations, even considering these questions -and they're being forced to do so by both internet and intranet- is about as exciting as the offer of an experimental brain transplant.
"
We rest our case...
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
O que pensa um kamikaze?
Cometí o deslize de perguntar escrevendo, não realmente esperando obter resposta. Quem faria uma pergunta besta dessas? Quem responderia, pior ainda?
Mas, não é que veio a resposta. Alguem passou por aqui!
E, respondeu!!!
...
Pois compartilho com vcs a resposta que obtive. A sua origem está no final.
Auto Controle
Mais uma vez um kamikaze aqui para escrever sobre o que pensa. hehe...
Hoje eu vou falar um pouco sobre a ansiedade que nos cerca.
Eu andei percebendo que muitas pessoas têm esse problema de excesso de ansiedade. Bom, na verdade eu percebi isso em mim e descobri muitas coisas.
Eu vim percebendo que muitas das vezes queremos tudo para o JÁ, para o AGORA. É a casa dos nossos sonhos, o trabalho dos nossos sonhos, o relacionamento dos nossos sonhos, a redenção imediata. Tudo para ontem. Sem paciência para esperar. Principalmente nas brigas em relacionamentos. Queremos resolver tudo na hora.
Mas eu tenho notado que algumas pessoas não têm essa característica. Depois de uma briga preferem parar um pouco, respirar um pouco e pensar melhor pra depois responder. Às vezes isso demora 1 dia. O que, se for bem analisado não é muito.
Isso, realmente, eu pude perceber que é uma boa coisa. Já diziam os sábios "sempre respire bem fundo antes de falar alguma coisa. Esse 1 segundo pode te fazer voltar atrás ao invés de falar alguma coisa má". E é verdade. Essas pessoas estão certas. Temos que ter esse tempo necessário para que as coisas aconteçam. Realmente tudo se manifestar ao mesmo tempo não faz sentido.
É preciso ter paciência. É preciso ter autocontrole. É preciso respeitar esse tempo. É preciso respeitar o tempo das pessoas. É preciso respeitar o nosso próprio tempo.
Isso é amadurecimento. Isso é aprender.
O ser humano precisa dedicar um tempo da sua vida para o auto-conhecimento. Para conhecer a si mesmo. É sábido que o homem teme aquilo que desconhece. Como viveremos bem se tememos a nós mesmos? Não nos conhecemos e temos medo do que há dentro de nós.
Os antigos orientias é que eram sábios. O Auto-conhecimento era um requisíto básico para um cidadão ser bem aceito na sociedade. Os mais velhos conseqüentemente eram os mais sábios. Infelizmente na atual cultura em que vivemos, no capitalismo, os mais velhos são os menos úteis. São descartados facilmente. Os jovens são o centro das atenções. A beleza em foco. Os valores se deteriorando. Os mais velhos buscando plásticas e formas de não envelhecer. Sempre ansiosos.
Sem respeitar o tempo. Sem se conhecer.
Realmente isso é uma coisa muito boa. Para um pouco, respirar profundamente, pensar melhor e depois agir ou responder.
O Ser humano nasceu para aprender, segunda-feira, 14 de abril, 2008.
Mas, não é que veio a resposta. Alguem passou por aqui!
E, respondeu!!!
...
Pois compartilho com vcs a resposta que obtive. A sua origem está no final.
Auto Controle
Mais uma vez um kamikaze aqui para escrever sobre o que pensa. hehe...
Hoje eu vou falar um pouco sobre a ansiedade que nos cerca.
Eu andei percebendo que muitas pessoas têm esse problema de excesso de ansiedade. Bom, na verdade eu percebi isso em mim e descobri muitas coisas.
Eu vim percebendo que muitas das vezes queremos tudo para o JÁ, para o AGORA. É a casa dos nossos sonhos, o trabalho dos nossos sonhos, o relacionamento dos nossos sonhos, a redenção imediata. Tudo para ontem. Sem paciência para esperar. Principalmente nas brigas em relacionamentos. Queremos resolver tudo na hora.
Mas eu tenho notado que algumas pessoas não têm essa característica. Depois de uma briga preferem parar um pouco, respirar um pouco e pensar melhor pra depois responder. Às vezes isso demora 1 dia. O que, se for bem analisado não é muito.
Isso, realmente, eu pude perceber que é uma boa coisa. Já diziam os sábios "sempre respire bem fundo antes de falar alguma coisa. Esse 1 segundo pode te fazer voltar atrás ao invés de falar alguma coisa má". E é verdade. Essas pessoas estão certas. Temos que ter esse tempo necessário para que as coisas aconteçam. Realmente tudo se manifestar ao mesmo tempo não faz sentido.
É preciso ter paciência. É preciso ter autocontrole. É preciso respeitar esse tempo. É preciso respeitar o tempo das pessoas. É preciso respeitar o nosso próprio tempo.
Isso é amadurecimento. Isso é aprender.
O ser humano precisa dedicar um tempo da sua vida para o auto-conhecimento. Para conhecer a si mesmo. É sábido que o homem teme aquilo que desconhece. Como viveremos bem se tememos a nós mesmos? Não nos conhecemos e temos medo do que há dentro de nós.
Os antigos orientias é que eram sábios. O Auto-conhecimento era um requisíto básico para um cidadão ser bem aceito na sociedade. Os mais velhos conseqüentemente eram os mais sábios. Infelizmente na atual cultura em que vivemos, no capitalismo, os mais velhos são os menos úteis. São descartados facilmente. Os jovens são o centro das atenções. A beleza em foco. Os valores se deteriorando. Os mais velhos buscando plásticas e formas de não envelhecer. Sempre ansiosos.
Sem respeitar o tempo. Sem se conhecer.
Realmente isso é uma coisa muito boa. Para um pouco, respirar profundamente, pensar melhor e depois agir ou responder.
O Ser humano nasceu para aprender, segunda-feira, 14 de abril, 2008.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Elementar...
Sherlock Holmes e Dr. Watson vão acampar. Montam a barraca e, depois de uma boa refeição e uma garrafa de vinho deitam-se para dormir.
Algumas horas depois, Holmes acorda e cutuca seu fiel amigo:
- Meu caro Watson, olhe para cima e diga-me o que vê.
Watson responde:- Vejo milhares e milhares de estrelas.
Holmes então pergunta:- E o que isso significa?
Watson pondera por um minuto, depois enumera:
1) Astronomicamente, significa que há milhares e milhares de galáxias e, potencialmente, bilhões de planetas.
2) Astrologicamente, observo que Saturno está em Leão e teremos um dia de sorte.
3) Temporalmente, deduzo que são aproximadamente 03h15min pela altura em que se encontra a Estrela Polar.
4) Teologicamente, posso ver que Deus é todo poderoso e somos pequenos e insignificantes.
5) Metereologicamente, suspeito que teremos um lindo dia pela manhã. - Correto?
Holmes fica um minuto em silêncio, então responde:- Watson, seu imbecil! Significa apenas que alguém roubou nossa barraca!
Conclusão:
“A VIDA É SIMPLES. NÓS É QUE TEMOS A MANIA DE COMPLICAR... "
Algumas horas depois, Holmes acorda e cutuca seu fiel amigo:
- Meu caro Watson, olhe para cima e diga-me o que vê.
Watson responde:- Vejo milhares e milhares de estrelas.
Holmes então pergunta:- E o que isso significa?
Watson pondera por um minuto, depois enumera:
1) Astronomicamente, significa que há milhares e milhares de galáxias e, potencialmente, bilhões de planetas.
2) Astrologicamente, observo que Saturno está em Leão e teremos um dia de sorte.
3) Temporalmente, deduzo que são aproximadamente 03h15min pela altura em que se encontra a Estrela Polar.
4) Teologicamente, posso ver que Deus é todo poderoso e somos pequenos e insignificantes.
5) Metereologicamente, suspeito que teremos um lindo dia pela manhã. - Correto?
Holmes fica um minuto em silêncio, então responde:- Watson, seu imbecil! Significa apenas que alguém roubou nossa barraca!
Conclusão:
“A VIDA É SIMPLES. NÓS É QUE TEMOS A MANIA DE COMPLICAR... "
terça-feira, 9 de agosto de 2011
On failure
"
It is impossible to live without failing at something, unless you've lived so cautiously that you might as well not have lived at all.
"
JKRowling
It is impossible to live without failing at something, unless you've lived so cautiously that you might as well not have lived at all.
"
JKRowling
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Bertrand Russell
Hoje reencontrei estes dois autores (B. Russell & E. Fromm) entre meus livros preferidos.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Pergunta
Se para obter novas informações precisamos ativar nossos vínculos fracos, como mantê-los fracos se precisamos prestar atenção neles?
Não temos a acuidade das aranhas quando pulsam um fio mestre da sua teia em busca de presas.
Não temos a acuidade das aranhas quando pulsam um fio mestre da sua teia em busca de presas.
terça-feira, 26 de julho de 2011
Perspectivas (refurbished)
Faz alguns anos recebí de um dos diretores de departamento um e.mail muito mal-criado reclamando, entre outras coisas, que "os clientes estão fazendo muitas perguntas. E é tudo CULPA sua!!".
Porque em algum lugar, no portal institucional que desenvolvia naquela época, tinha colocado a seguinte frase: "Se você não souber, pergunte." que era uma das bases da estratégia de criação de relacionamentos do portal.
Me lembro de ter ficado pasmo e irritado. Primeiro pela bronca e depois por achar que era tão óbvio o que tentavamos fazer, que todos entenderiam. A proposta tinha sido apresentada, em plenário, para todos os departamentos e, aqueles (5) que acreditaram que funcionaria, embarcaram conosco naquela aventura de video-game global.
Os outros, aos trancos e barrancos, seguiram a orientação da direção, bastante a contra gosto.
Se funcionasse; legal, se não funcionasse a culpa era minha.
...
Funcionou.
Quando começamos lidavamos com clientes sem a menor informação. Consequentemente alguns serviços precisariam ser muito especializados, difíceis e caros. Apostavamos (era mais uma teima) que havendo acesso a mais informação de qualidade, os clientes se apresentariam em estágios menos avançados e com isto conseguiriamos 2 objetivos básicos:
1) aumentar a efetividade e reduzir o custo dos serviços e,
2) aumentar a satisfação do cliente.
Fácil, não?
Para isso precisavamos da ajuda e colaboração de todos. T-O-D-O-S.
Então eu não sabia como se definia uma estratégia colaborativa. Além do mais, estavamos revirando tudo à cata de informação. Faziamos muitas perguntas querendo entender cada faceta da empresa, seus processos e dessa maneira -acidentalmente- acabavamos "descobrindo ouro" como vivia a repetir o H. Torloni, mentor do projeto.
Hoje reconheço que agí de forma errada.
Não deveria ter ficado pasmo nem irritado. Deveria ter ficado orgulhoso pois alguem me culpava por uma mudança de comportamento basal que era, justamente, a confirmação de que estavamos atingindo nosso objetivo!
Os clientes perguntavam, questionavam e -eventualmente- participariam (pois esse seria o próximo passo lógico). Criando assim um novo relacionamento com a empresa. Tudo uma questão de perspectivas. Abriam-se caminhos novos, diferentes para lidar com o mercado e criar valor. Esses clientes passaram a ser sócios.
Esta diferença tem um valor intangível enorme!
Quem tenha lidado com isto ou tenha participado de algum projeto que teve esse resultado, sabe a sensação.
...
Que não dá para esquecer... e que nos aquece quando nada mais pode fazê-lo.
_________________________________________
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On being a hospital webmaster
Parede Branca
...
Porque em algum lugar, no portal institucional que desenvolvia naquela época, tinha colocado a seguinte frase: "Se você não souber, pergunte." que era uma das bases da estratégia de criação de relacionamentos do portal.
Me lembro de ter ficado pasmo e irritado. Primeiro pela bronca e depois por achar que era tão óbvio o que tentavamos fazer, que todos entenderiam. A proposta tinha sido apresentada, em plenário, para todos os departamentos e, aqueles (5) que acreditaram que funcionaria, embarcaram conosco naquela aventura de video-game global.
Os outros, aos trancos e barrancos, seguiram a orientação da direção, bastante a contra gosto.
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Funcionou.
Quando começamos lidavamos com clientes sem a menor informação. Consequentemente alguns serviços precisariam ser muito especializados, difíceis e caros. Apostavamos (era mais uma teima) que havendo acesso a mais informação de qualidade, os clientes se apresentariam em estágios menos avançados e com isto conseguiriamos 2 objetivos básicos:
1) aumentar a efetividade e reduzir o custo dos serviços e,
2) aumentar a satisfação do cliente.
Fácil, não?
Para isso precisavamos da ajuda e colaboração de todos. T-O-D-O-S.
Então eu não sabia como se definia uma estratégia colaborativa. Além do mais, estavamos revirando tudo à cata de informação. Faziamos muitas perguntas querendo entender cada faceta da empresa, seus processos e dessa maneira -acidentalmente- acabavamos "descobrindo ouro" como vivia a repetir o H. Torloni, mentor do projeto.
Hoje reconheço que agí de forma errada.
Não deveria ter ficado pasmo nem irritado. Deveria ter ficado orgulhoso pois alguem me culpava por uma mudança de comportamento basal que era, justamente, a confirmação de que estavamos atingindo nosso objetivo!
Os clientes perguntavam, questionavam e -eventualmente- participariam (pois esse seria o próximo passo lógico). Criando assim um novo relacionamento com a empresa. Tudo uma questão de perspectivas. Abriam-se caminhos novos, diferentes para lidar com o mercado e criar valor. Esses clientes passaram a ser sócios.
Esta diferença tem um valor intangível enorme!
Quem tenha lidado com isto ou tenha participado de algum projeto que teve esse resultado, sabe a sensação.
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Que não dá para esquecer... e que nos aquece quando nada mais pode fazê-lo.
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sexta-feira, 22 de julho de 2011
Ideal
Sempre tive a nitida sensação de que os autores de livros, principalmente livros técnicos, acham que seu "negócio" é só escrever o livro e alguma editora o publicar que já tinham acabado com isso. O mercado editorial e os consumidores assumiriam o processo depois da impressão e distribuição. Certo?
Mas, acho que desde Gutenberg fizemos a coisa errada. Os livros são -num sentido figurado- como rodovias bem pavimentadas e muito mal sinalizadas. Bem pavimentadas porque permitem um movimento (aprendizado) mais rápido. A quantidade de informação e possibilidade de combinações é enorme! E, mal sinalizadas porque se cada um de nós pensa diferente do outro, as mesmas informações podem levar-nos a lugares muito diferentes. Como num Quarteto de Anscombe.
Até as formigas compartilham informação melhor que nós!
Proporcionalmente, claro.
Depois da época de Guttemberg somente tinhamos um dos braços da equação: o acesso à informação. Hoje em dia temos o outro braço: a facilidade de comunicação! Unindo os dois braços poderiamos melhorar a pavimentação e começar a sinalização.
E, é aqui onde as coisas começam a ficar complicadas. Em um mundo ideal todo autor seria responsável não somente pela sua obra, mas também pela influência desta nos seus leitores.
Será que dá para entender?
Como autor, a minha obra não acaba quando escrevo o último capítulo, ou "The End".
Parafraseando o Quino: "un sanseacabó y pronto!"
Mas, essa é minha impressão muito pessoal.
Qual a proposta?
Imagine Cervantes explicando Quijote de la Mancha para grupos de leitores aos sábados. Marx escrevendo "Anotações ao Capital" em fascículos. Lloyd-Wright explicando arquitetura para quem quizesse ouvir. O Palácio de São Pedro mantendo um FAQs da Bíblia.
E assim por diante...
Hein?
Lembre que eu disse: "em um mundo ideal."
PS - 23.07.2011
Se você achou que, mais uma vez, eu estava viajando na maionese, saiba que em 2000 foi lançado um livro chamado "The Cluetrain Manifesto" onde se fala de uma tal "Economia de Intenção" (Intention Economy) que nada mais é do que escreví em poucas palavras lá encima.
Levei 10 anos de altos e baixos para chegar -atrasado, como sempre- ao mesmo ponto destes autores: responsabilidade a baixo custo. Imagine, tente imaginar por um segundo, como nossos "paradigmas" mudariam se esta economia fosse aplicada aos modelos de negócio que temos hoje em dia. E, nesse pequeno segundo dê uma olhada no que acontece ao seu redor, FORA, dos modelos de negócio. Deixe a sua imaginação dar-lhe a resposta.
LCB
_____________________________________________
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Mas, acho que desde Gutenberg fizemos a coisa errada. Os livros são -num sentido figurado- como rodovias bem pavimentadas e muito mal sinalizadas. Bem pavimentadas porque permitem um movimento (aprendizado) mais rápido. A quantidade de informação e possibilidade de combinações é enorme! E, mal sinalizadas porque se cada um de nós pensa diferente do outro, as mesmas informações podem levar-nos a lugares muito diferentes. Como num Quarteto de Anscombe.
Até as formigas compartilham informação melhor que nós!
Proporcionalmente, claro.
Depois da época de Guttemberg somente tinhamos um dos braços da equação: o acesso à informação. Hoje em dia temos o outro braço: a facilidade de comunicação! Unindo os dois braços poderiamos melhorar a pavimentação e começar a sinalização.
E, é aqui onde as coisas começam a ficar complicadas. Em um mundo ideal todo autor seria responsável não somente pela sua obra, mas também pela influência desta nos seus leitores.
Será que dá para entender?
Como autor, a minha obra não acaba quando escrevo o último capítulo, ou "The End".
Parafraseando o Quino: "un sanseacabó y pronto!"
Mas, essa é minha impressão muito pessoal.
Qual a proposta?
Imagine Cervantes explicando Quijote de la Mancha para grupos de leitores aos sábados. Marx escrevendo "Anotações ao Capital" em fascículos. Lloyd-Wright explicando arquitetura para quem quizesse ouvir. O Palácio de São Pedro mantendo um FAQs da Bíblia.
E assim por diante...
Hein?
Lembre que eu disse: "em um mundo ideal."
PS - 23.07.2011
Se você achou que, mais uma vez, eu estava viajando na maionese, saiba que em 2000 foi lançado um livro chamado "The Cluetrain Manifesto" onde se fala de uma tal "Economia de Intenção" (Intention Economy) que nada mais é do que escreví em poucas palavras lá encima.
Levei 10 anos de altos e baixos para chegar -atrasado, como sempre- ao mesmo ponto destes autores: responsabilidade a baixo custo. Imagine, tente imaginar por um segundo, como nossos "paradigmas" mudariam se esta economia fosse aplicada aos modelos de negócio que temos hoje em dia. E, nesse pequeno segundo dê uma olhada no que acontece ao seu redor, FORA, dos modelos de negócio. Deixe a sua imaginação dar-lhe a resposta.
LCB
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terça-feira, 19 de julho de 2011
Moto
Estava lendo alguns textos sobre motivação e me lembrei do Vilches falando de McLuhan: "O meio é a mensagem!"
Como sempre minha imaginação pegou o primeiro desvio a esquerda e cheguei à: "Estratégia não começa nem acaba no produto-serviço." Me pareceu bastante claro, pois ela (a estratégia) começa quando o colaborador acorda de manhã e se apronta para ir à "fábrica". Passa pelo produto e pelo consumidor e acaba atingindo o mercado (seu meio-ambiente) onde assimilará respostas que trará de volta à produção causando sua mudança e adaptação, fechando assim um círculo virtuoso.
Se fosse assim tão fácil... estratégias colaborativas; aprendem e ensinam. Criar valor, ser valor.
A inovação, aconteceria então, em qualquer uma dessas passagens onde houvesse uma adaptação, mudança ou desvio tão grande capaz de identificar um novo movimento, estratégia ou produto-serviço e claramente poder separar os dois caminhos. O custo de produção cair, o consumo aumentar, o tempo de adaptação às mudanças ser menor, o produto criar novos comportamentos, tudo isso parte da estratégia.
Como sempre minha imaginação pegou o primeiro desvio a esquerda e cheguei à: "Estratégia não começa nem acaba no produto-serviço." Me pareceu bastante claro, pois ela (a estratégia) começa quando o colaborador acorda de manhã e se apronta para ir à "fábrica". Passa pelo produto e pelo consumidor e acaba atingindo o mercado (seu meio-ambiente) onde assimilará respostas que trará de volta à produção causando sua mudança e adaptação, fechando assim um círculo virtuoso.
Se fosse assim tão fácil... estratégias colaborativas; aprendem e ensinam. Criar valor, ser valor.
A inovação, aconteceria então, em qualquer uma dessas passagens onde houvesse uma adaptação, mudança ou desvio tão grande capaz de identificar um novo movimento, estratégia ou produto-serviço e claramente poder separar os dois caminhos. O custo de produção cair, o consumo aumentar, o tempo de adaptação às mudanças ser menor, o produto criar novos comportamentos, tudo isso parte da estratégia.
domingo, 17 de julho de 2011
Runner-Ups
Dependendo da ocasião ou do que consigo aprender prestando atenção, escrevo começos de post que, às vezes, não termino como gostaria. Ninguem entenderia e seriam perdidos como murmúrios sem sentido, ou ruído-branco subliminar. Editando alguns posts descubro que tenho muitos desses "runner-ups" espalhados pelas minhas anotações. Me remetem a locais no tempo, mas não consigo explicitar para fazer partilha. Locais escorregadios e mal sinalizados, na minha cabeça.
Depois de ler uma frase do Edison sobre a inutilidade (referindo-se ao Tesla, lógico), decidí juntar alguns e mostrá-los, assumí-los sem vergonha, como peças sobressalentes de um quebra-cabeças há muito esquecido.
Sem ordem cronológica, lá vão somente os primeiros parágrafos:
(Zeróis)
Meus heróis de infância eram: David, Salomão, B. Franklin, A. Lincoln, Da Vinci, N. Bonaparte, Rodrigo Dias de Vivar, Vasco Nuñes de Balboa, Victoriano Lorenzo, Edison, T. Roosevelt e H. Ford. Era fácil, pois de todos sempre havia alguem que falava bem. Meu avó, principalmente. Suas vidas estavam nos livros de contos e história. Havia documentação (mesmo que, na época, nem imaginasse o que era documentação). Com o tempo fui coletando mais "documentação" -informações- sobre esses "heróis".
(Silogismos)
Um silogismo (do grego antigo συλλογισμός, "conexão de idéias", "raciocínio"; composto pelos termos σύν "com" e λογισμός "cálculo") é um termo filosófico com o qual Aristóteles designou a argumentação lógica perfeita, constituída de três proposições declarativas que se conectam de tal modo que a partir das duas primeiras, chamadas premissas, é possível deduzir uma conclusão.
Convenhamos os silogismos são as piadas dos filósofos, certo?
(Gerações)
Sou um baby-boomer(1), nascí bem no meio dos anos '50, em 1954 para ser exato. E percebo, agora em mim, algumas das características que nos "definem como geração". Certo ou errado, elas moldam muito do que sou e faço. Acho que esta vaga sensação de falta ou ausência, além de um desvio pessoal de caráter, seja um desses traços inculcados numa geração inteira. Que não a vejamos ou reconheçamos não invalida sua existência.
(Winston Churchill)
"This is just the sort of nonsense up with which I will not put."
(Emergências)
"Emergência diz respeito a um padrão organizacional não planejado que emerge", segundo Borgatti Neto.
Mas, se considerarmos o padrão organizacional como sendo parte de um sistema complexo e dinâmico, emergência deveria ser consderada o normal e não o extraordinário. Seria tão não planejado como o nascer do sol a cada novo dia! Mesmo levando em conta a possibilidade de tratar-se de um sistema -o organizacional- que está situado dentro de um sistema muito maior no qual por autossimilaridade poderiamos esperar que (ele mesmo) mudasse e evoluisse naturalmente, normalmente. Isto seria emergência. Seus fatores em escala maior: o meio-ambiente, e menor: os colaboradores, teriam os mesmos padrões (por autossimilaridade).
(Charges)
Gosto de desenhar. É uma das minhas funções. Vejo muitas coisas como desenho. Vejo muitos desenhos e desenhistas bons. Tem, entre os chargistas brasileiros que admiro, vários que se destacam. Desde o elegante J. Caulos, passando pelo Ziraldo, o Negreiros e, ultimamente o Laerte, eles têm simplificado seu traço e aumentado seu significado. Suas charges são histórias que se encaixam em qualquer linha. Qualquer tempo.
(Web 2.0)
Por mais que insistam, e repitam ad nauseam, você (igual a todos nós) continua sendo um mero espectador deste circo chamado internet 2.0, ou web 2.0 como quizerem. Ainda recebemos informação filtrada e fracionada. O suficiente para "fazer a compra" e sair do portal. São poucas as empresas que realmente se importam e estão dispostas a tentar entrar em contato com o seu cliente. Quanto mais, criar e manter um relacionamento, identificando pelo nome o seu mercado.
A maioria das empresas ainda não está pronta para compartilhar com ele. Se nem conseguem compartilhar com seus próprios colaboradores, quanto mais com seus mercados. Não se consegue colaborar dentro, quem dirá fora!
Ainda são regidas por padrões postulados no início da revolução industrial.
Um pulso firme na produção e outro no mercado e na concorrência.
___
Há assim, alguns outros, mais crípticos ou pessoais demais para ventilar. Acredito que este post me lembre de finalmente desenvolver os assuntos mostrados. Mas, isso somente o tempo dirá.
Depois de ler uma frase do Edison sobre a inutilidade (referindo-se ao Tesla, lógico), decidí juntar alguns e mostrá-los, assumí-los sem vergonha, como peças sobressalentes de um quebra-cabeças há muito esquecido.
Sem ordem cronológica, lá vão somente os primeiros parágrafos:
(Zeróis)
Meus heróis de infância eram: David, Salomão, B. Franklin, A. Lincoln, Da Vinci, N. Bonaparte, Rodrigo Dias de Vivar, Vasco Nuñes de Balboa, Victoriano Lorenzo, Edison, T. Roosevelt e H. Ford. Era fácil, pois de todos sempre havia alguem que falava bem. Meu avó, principalmente. Suas vidas estavam nos livros de contos e história. Havia documentação (mesmo que, na época, nem imaginasse o que era documentação). Com o tempo fui coletando mais "documentação" -informações- sobre esses "heróis".
(Silogismos)
Um silogismo (do grego antigo συλλογισμός, "conexão de idéias", "raciocínio"; composto pelos termos σύν "com" e λογισμός "cálculo") é um termo filosófico com o qual Aristóteles designou a argumentação lógica perfeita, constituída de três proposições declarativas que se conectam de tal modo que a partir das duas primeiras, chamadas premissas, é possível deduzir uma conclusão.
Convenhamos os silogismos são as piadas dos filósofos, certo?
(Gerações)
Sou um baby-boomer(1), nascí bem no meio dos anos '50, em 1954 para ser exato. E percebo, agora em mim, algumas das características que nos "definem como geração". Certo ou errado, elas moldam muito do que sou e faço. Acho que esta vaga sensação de falta ou ausência, além de um desvio pessoal de caráter, seja um desses traços inculcados numa geração inteira. Que não a vejamos ou reconheçamos não invalida sua existência.
(Winston Churchill)
"This is just the sort of nonsense up with which I will not put."
(Emergências)
"Emergência diz respeito a um padrão organizacional não planejado que emerge", segundo Borgatti Neto.
Mas, se considerarmos o padrão organizacional como sendo parte de um sistema complexo e dinâmico, emergência deveria ser consderada o normal e não o extraordinário. Seria tão não planejado como o nascer do sol a cada novo dia! Mesmo levando em conta a possibilidade de tratar-se de um sistema -o organizacional- que está situado dentro de um sistema muito maior no qual por autossimilaridade poderiamos esperar que (ele mesmo) mudasse e evoluisse naturalmente, normalmente. Isto seria emergência. Seus fatores em escala maior: o meio-ambiente, e menor: os colaboradores, teriam os mesmos padrões (por autossimilaridade).
(Charges)
Gosto de desenhar. É uma das minhas funções. Vejo muitas coisas como desenho. Vejo muitos desenhos e desenhistas bons. Tem, entre os chargistas brasileiros que admiro, vários que se destacam. Desde o elegante J. Caulos, passando pelo Ziraldo, o Negreiros e, ultimamente o Laerte, eles têm simplificado seu traço e aumentado seu significado. Suas charges são histórias que se encaixam em qualquer linha. Qualquer tempo.
(Web 2.0)
Por mais que insistam, e repitam ad nauseam, você (igual a todos nós) continua sendo um mero espectador deste circo chamado internet 2.0, ou web 2.0 como quizerem. Ainda recebemos informação filtrada e fracionada. O suficiente para "fazer a compra" e sair do portal. São poucas as empresas que realmente se importam e estão dispostas a tentar entrar em contato com o seu cliente. Quanto mais, criar e manter um relacionamento, identificando pelo nome o seu mercado.
A maioria das empresas ainda não está pronta para compartilhar com ele. Se nem conseguem compartilhar com seus próprios colaboradores, quanto mais com seus mercados. Não se consegue colaborar dentro, quem dirá fora!
Ainda são regidas por padrões postulados no início da revolução industrial.
Um pulso firme na produção e outro no mercado e na concorrência.
___
Há assim, alguns outros, mais crípticos ou pessoais demais para ventilar. Acredito que este post me lembre de finalmente desenvolver os assuntos mostrados. Mas, isso somente o tempo dirá.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Oração
Concede-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar.
Coragem para modificar as que posso e sabedoria para distinguir a diferença.
Vivendo um dia de cada vez.
Desfrutando um momento de cada vez;
Aceitando as dificuldades como um caminho para alcançar a paz.
Aceitando, como Ele fez...
Amém
Acho que todos deveriamos conhecer esta oração. Cada um com seu motivo.
E, porque segundas -e terceiras- chances são dificeis de reconhecer.
Coragem para modificar as que posso e sabedoria para distinguir a diferença.
Vivendo um dia de cada vez.
Desfrutando um momento de cada vez;
Aceitando as dificuldades como um caminho para alcançar a paz.
Aceitando, como Ele fez...
Amém
Acho que todos deveriamos conhecer esta oração. Cada um com seu motivo.
E, porque segundas -e terceiras- chances são dificeis de reconhecer.
domingo, 10 de julho de 2011
Concorrência
Do mestre Kanitz aprendí que: "Seu cliente é a melhor consultoria, não deixe de ouví-lo ao desenvolver seu produto."
Até aí, tudo bem.
Mas, cliente após cliente, venho percebendo que a imagem que eles têm do seu (deles) produto se resume a uma visão deturpada e idealzada do produto da concorrência. E esta parte aqui é difícil de explicar para qualquer cliente. Para muitos não, ou pouco, interessa criar "MEU PRODUTO", mas sim o produto do concorrente... "melhorado".
Que basicamente se resume às melhorias que o cliente acha que ficariam bem no produto do concorrente.
Em reuniões de trabalho é cansativo e até difícil desviar o assunto do produto concorrente.
Perde-se o foco do real motivo da reunião.
Seguir uma linha de pensamento ou definir uma intenção e depois cobrí-la com alternativas que respondam a situações ou eventos sem usar como espelho a concorrência é fogo.
Às vezes tenho a impressão que a principal concorrência de muitos clientes -grandes ou pequenos- são eles mesmos.
__________________________________________
Consumo como afirmação
Até aí, tudo bem.
Mas, cliente após cliente, venho percebendo que a imagem que eles têm do seu (deles) produto se resume a uma visão deturpada e idealzada do produto da concorrência. E esta parte aqui é difícil de explicar para qualquer cliente. Para muitos não, ou pouco, interessa criar "MEU PRODUTO", mas sim o produto do concorrente... "melhorado".
Que basicamente se resume às melhorias que o cliente acha que ficariam bem no produto do concorrente.
Em reuniões de trabalho é cansativo e até difícil desviar o assunto do produto concorrente.
Perde-se o foco do real motivo da reunião.
Seguir uma linha de pensamento ou definir uma intenção e depois cobrí-la com alternativas que respondam a situações ou eventos sem usar como espelho a concorrência é fogo.
Às vezes tenho a impressão que a principal concorrência de muitos clientes -grandes ou pequenos- são eles mesmos.
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Posts relcionados:
Evolução e MudançaConsumo como afirmação
domingo, 3 de julho de 2011
trou
Cair no buraco, isso qualquer tonto faz.
Eu já fiz... várias vezes.
Difícil é encontrar forças para sair de lá
e aprender com o tombo.
Muitas vezes tentaram me explicar coisas que continúo sem entender.
Acho que meus limites não são lineares.
Eu já fiz... várias vezes.
Difícil é encontrar forças para sair de lá
e aprender com o tombo.
Muitas vezes tentaram me explicar coisas que continúo sem entender.
Acho que meus limites não são lineares.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
J. Plaza
Um dos meus professores favoritos foi o Júlio Plaza.
Foi ele quem me ensinou a "escutar o que é dito e prestar atenção ao que não é dito." É bem provável que seja de lá de onde irá sair a solução de muitos problemas.
Foi ele quem me ensinou a "escutar o que é dito e prestar atenção ao que não é dito." É bem provável que seja de lá de onde irá sair a solução de muitos problemas.
terça-feira, 28 de junho de 2011
A matemática da vida em Fukushima
Acabo de ler isto e acho que posso (será?) repetir:
"
Há no Japão um grupo de 200 aposentados, em sua maioria engenheiros, que se oferece para substituir trabalhadores mais jovens num perigoso trabalho: a manutenção da usina nuclear de Fukushima, que foi seriamente afetada pelo grande terremoto de três meses atrás. Os reparos envolvem altos níveis de radioatividade cancerígena.
Em entrevista à BBC, o voluntário Yasuteru Yamada, que tem 72 anos e negocia com o reticente governo japonês e a companhia, usa uma lógica tão simples quanto assombrosa.
"Em média, devo viver mais uns 15 anos. Já um câncer vindo da radiação levaria de 20 a 30 anos para surgir. Logo, nós que somos mais velhos temos menos risco de desenvolver câncer", afirma Yamada.
É arrepiante. Na contramão do individualismo atual - e lidando de uma maneira absolutamente realista em relação à vida e à morte -, sexagenários e septuagenários querem dar uma última contribuição: ser úteis em seus últimos anos e permitir que alguns jovens possam chegar às idades deles com saúde e disposição semelhantes.
O que mais impressiona em toda a história é a matemática da vida. A morte não é para eles um problema a ser solucionado - ou talvez corrigido, pela hipótese mística da vida eterna que medicina e biologia tentam encampar e da qual as revistas de boa saúde tentam nos convencer; a morte é, de fato, a constante da equação.
Nada que o mundo ocidental não conheça. O filósofo alemão Georg Friedrich Hegel (1770-1831) certa vez definiu "mestre" como alguém desapegado da vida a ponto de enfrentar a morte, enquanto "servo" seria um escravo do desejo de continuar vivo - e que obedeceria mais às regras que lhe garantissem a sobrevida. Em consequência, o servo anula sua vontade de transformar o mundo e a si mesmo.
Criados numa sociedade de consumo, corremos o risco de levar essa escravidão às últimas, defendendo a boa saúde e os confortos com muito mais afinco do que aquilo que podemos fazer por nós e pelos outros enquanto ainda gozamos dela.
Os senhores do Japão ensinam que a morte é a hora em que podemos continuar a existir na memória das pessoas - uma oportunidade que, para mim, eles não perdem mais.
"
Publicado em 03/06/2011 - Marvio dos Anjos
"
Há no Japão um grupo de 200 aposentados, em sua maioria engenheiros, que se oferece para substituir trabalhadores mais jovens num perigoso trabalho: a manutenção da usina nuclear de Fukushima, que foi seriamente afetada pelo grande terremoto de três meses atrás. Os reparos envolvem altos níveis de radioatividade cancerígena.
Em entrevista à BBC, o voluntário Yasuteru Yamada, que tem 72 anos e negocia com o reticente governo japonês e a companhia, usa uma lógica tão simples quanto assombrosa.
"Em média, devo viver mais uns 15 anos. Já um câncer vindo da radiação levaria de 20 a 30 anos para surgir. Logo, nós que somos mais velhos temos menos risco de desenvolver câncer", afirma Yamada.
É arrepiante. Na contramão do individualismo atual - e lidando de uma maneira absolutamente realista em relação à vida e à morte -, sexagenários e septuagenários querem dar uma última contribuição: ser úteis em seus últimos anos e permitir que alguns jovens possam chegar às idades deles com saúde e disposição semelhantes.
O que mais impressiona em toda a história é a matemática da vida. A morte não é para eles um problema a ser solucionado - ou talvez corrigido, pela hipótese mística da vida eterna que medicina e biologia tentam encampar e da qual as revistas de boa saúde tentam nos convencer; a morte é, de fato, a constante da equação.
Nada que o mundo ocidental não conheça. O filósofo alemão Georg Friedrich Hegel (1770-1831) certa vez definiu "mestre" como alguém desapegado da vida a ponto de enfrentar a morte, enquanto "servo" seria um escravo do desejo de continuar vivo - e que obedeceria mais às regras que lhe garantissem a sobrevida. Em consequência, o servo anula sua vontade de transformar o mundo e a si mesmo.
Criados numa sociedade de consumo, corremos o risco de levar essa escravidão às últimas, defendendo a boa saúde e os confortos com muito mais afinco do que aquilo que podemos fazer por nós e pelos outros enquanto ainda gozamos dela.
Os senhores do Japão ensinam que a morte é a hora em que podemos continuar a existir na memória das pessoas - uma oportunidade que, para mim, eles não perdem mais.
"
Publicado em 03/06/2011 - Marvio dos Anjos
segunda-feira, 27 de junho de 2011
PS
Numa passagem muito popular da Bíblia, diz: "Ganharás o pão com o suor do teu rosto." Mas, em nenhum lugar diz que não poderias te divertir ou gostar do que farias para ganhar o tal "pão".
Acabamos sendo muito literais e, como muitos juizes, seguimos a letra da Lei e não seu Espírito. Ergo, muitas leis e pouca justiça. Ou então acabamos confundindo trabalho com castigo.
Acabamos sendo muito literais e, como muitos juizes, seguimos a letra da Lei e não seu Espírito. Ergo, muitas leis e pouca justiça. Ou então acabamos confundindo trabalho com castigo.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Open Up
"O impacto mais imediato do estruturalismo foi a implosão do paradigma sartreano, pois ao entender as linguagens como construtivas da totalidade dos fenômenos sociais, punha em xeque o primado da razão, a supremacia dos grandes sujeitos, o culto ao existencialismo. Vis-à-vis ao existencialismo sartreano, o estruturalismo poderia ser acoimado de decretar a morte do homem, de ser anti-humanista e de recusar a História, isto é, privilegiar sistemas e processos em detrimento de agentes sociais, unificando a variedade de tipologias sociais em modelos sintéticos e sumários, reduzindo a variada complexidade relacional àquelas que sobrelevavam o papel atribuido ao sincrônico em relação ao diacrônico na sociedade humana. Era, no fundo, em nome do cientificismo, da crise das Ciências Sociais, a busca por um método capaz de prover uma certa inteligibilidade global da humanidade.
..."
Espaço pronto para edição. Aguardem.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Jogos
Gosto de quase todos os jogos. Se forem inteligentes então, prefiro. Gosto de transformar tudo em jogo. Acho que aprendemos muito mais e prestamos muito mais atenção se estivermos nos divertindo com a ação executada. Transformar obrigações em jogos acho que desde que me lembro por gente foi meu "jogo" particular. Muitas vezes escutei: "Tu não levas nada a sério!" ou "Para de brincar, menino!" dos meus pais e mestres. Não conseguia entender por que eles não se divertiam também com tudo. Deprimente...
Explicar então, nem perdia tempo. Acho que tentei várias vezes fazê-lo, mas o resultado foi catastrófico. Ou levei alguns cafás por não ser mais "normal", como meu irmão. Desistí de mostrar a razão da coisa. Quando encontrava alguem que se divertia como eu, silenciosamente nos saudávamos e sorriamos secretamente como num encontro casual entre maçons. E, isso reforçava meus jogos. Não era eu o único.
Por que de tudo isto?
Porque lendo um post noutro blog me veio à cabeça uma frase-jogo que escutei (e guardei) faz tempo: "Se nascer é morrer de lá pra cá. Morrer é nascer de cá pra lá." Que várias vezes usei como chave para sair da cadéia da tristeza feito aquele cartão do Monopoly.
Abracadabra
Explicar então, nem perdia tempo. Acho que tentei várias vezes fazê-lo, mas o resultado foi catastrófico. Ou levei alguns cafás por não ser mais "normal", como meu irmão. Desistí de mostrar a razão da coisa. Quando encontrava alguem que se divertia como eu, silenciosamente nos saudávamos e sorriamos secretamente como num encontro casual entre maçons. E, isso reforçava meus jogos. Não era eu o único.
Por que de tudo isto?
Porque lendo um post noutro blog me veio à cabeça uma frase-jogo que escutei (e guardei) faz tempo: "Se nascer é morrer de lá pra cá. Morrer é nascer de cá pra lá." Que várias vezes usei como chave para sair da cadéia da tristeza feito aquele cartão do Monopoly.
Abracadabra
terça-feira, 7 de junho de 2011
Tácito
Deve ser terrivelmente insano não conseguir perceber o que acontece quando as outras pessoas pensam.
Saint-Exupéry simplificou quando disse: "O essencial é invisível aos olhos." Explico: como diferenciar o trabalho braçal do trabalho intelectual (para efeito deste post, sejamos lenientes).
Ora, dirão... nada mais óbvio!
Mas, continua sendo trabalho?
Digo, pensar É trabalho.
Disso eu sei!
Passei minha vida toda sentado, pensando como iria executar meu trabalho melhor do que da última vez. E nunca me perguntei se era trabalho ou não. Sempre esteve implícito. Nem me preocupava com isso.
Pequeno desvio. vamos lá no canto onde ninguem nos ouça; Eu sempre achei meu trabalho divertido. Não conte para ninguem. Trabalho e diversão, não podem ser misturados...
Voltei.
O problema se dá quando tenho que explicar o meu trabalho para outras pessoas. "Isso não é trabalho." aparece escrito nos seus olhos, a piscar em código Morse.
Tempo perdido tentar explicar como TUDO é idéia ANTES de ser fato. E, mesmo essa idéia não é nova! Lembras-te do Sócrates? Não o jogador de futebol, não, o outro. O grego.
Ou era Platão, deixa prá lá...
Sei que é redundante mas, já parou para pensar que até para fazer um buraco na terra e depositar uma semente é preciso antes, pensar?
Tudo o que sabes está dentro da tua cabeça.
O que podes fazer também. E a melhor ferramenta de todas: a imaginação, mãe de inovações, está, bem presa e amordaçada, lá também.
Pois o dia que ela escapar, além de maravilhoso, terás que perder tempo explicando: "E tu, o que fazes?".
Que ultimadamente tira muito da graça do momento.
Saint-Exupéry simplificou quando disse: "O essencial é invisível aos olhos." Explico: como diferenciar o trabalho braçal do trabalho intelectual (para efeito deste post, sejamos lenientes).
Ora, dirão... nada mais óbvio!
Mas, continua sendo trabalho?
Digo, pensar É trabalho.
Disso eu sei!
Passei minha vida toda sentado, pensando como iria executar meu trabalho melhor do que da última vez. E nunca me perguntei se era trabalho ou não. Sempre esteve implícito. Nem me preocupava com isso.
Pequeno desvio. vamos lá no canto onde ninguem nos ouça; Eu sempre achei meu trabalho divertido. Não conte para ninguem. Trabalho e diversão, não podem ser misturados...
Voltei.
O problema se dá quando tenho que explicar o meu trabalho para outras pessoas. "Isso não é trabalho." aparece escrito nos seus olhos, a piscar em código Morse.
Tempo perdido tentar explicar como TUDO é idéia ANTES de ser fato. E, mesmo essa idéia não é nova! Lembras-te do Sócrates? Não o jogador de futebol, não, o outro. O grego.
Ou era Platão, deixa prá lá...
Sei que é redundante mas, já parou para pensar que até para fazer um buraco na terra e depositar uma semente é preciso antes, pensar?
Tudo o que sabes está dentro da tua cabeça.
O que podes fazer também. E a melhor ferramenta de todas: a imaginação, mãe de inovações, está, bem presa e amordaçada, lá também.
Pois o dia que ela escapar, além de maravilhoso, terás que perder tempo explicando: "E tu, o que fazes?".
Que ultimadamente tira muito da graça do momento.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Strategy
"Of all the contrasts between the successful and unsuccessful businesses, or between the leader and follower, the single most important differentiating factor is strategy."
JTCanon
JTCanon
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Catedral Metropolitana
Hoje acompanhei minha esposa à Catedral Metropolitana. Enquanto esperava, fiquei sentado em um dos bancos do lado esquerdo admirando a arquitetura do templo.
Como não podia deixar de ser, meu pensamento flutuou para fora de mim -nefelibatantemente. Percorrí quase todas as colunas, vitrais, esculturas e abobadas que podia ver sem ter que virar a cabeça. Viajei na nave e no primeiro terço da construção. E cheguei a conclusão de que ainda vou ficar um dia inteiro dentro desta igreja e fotografar tudo o que puder conseguir. Quantas novas vistas conseguiria.
Uma cidade como a nossa merece uma igreja como esta.
Não nos podemos dar ao luxo de esquecé-la como mais um velho monumento.
terça-feira, 24 de maio de 2011
Reginald Worcester
Alguns segundos passaram em profunda cogitação. Podia ver os méritos do plano de Reeves. Um rumor de que Reginald Worcester estava na penúria poderia grandemente diminuir meus prospectos maritais. Contudo, tinha um alfaiate e vários apontadores de apostas que enxergavam a insegurança financeira com considerável desaprovação.
Sacudí minha cabeça. "Lamento Reeves. Os riscos sobrepujam os benefícios. quando estiver na metade do caminho do altar, sinta-se à vontade de passar notas sobre a minha iminente falência a todos os bancos da igreja do lado da noiva. Mas, até então, nem uma palavra."
"Concordo que é uma estratégia arriscada, senhor. Como se sente em relação à insanidade?"
"O quê?!"
"Como objeto de rumor, senhor. Um pretendente com história de insanidade na família poderia ter uma considerável desvantagem."
Bom, eu poderia conviver com a insanidade. Qual família nobre da Inglaterra não tinha um tio-avô que não mastigasse ocasionalmente o tapete ou tivesse minhocas na cachola? Nós, os Worcesters, tinhamos mais do que nossa quota. Claro que, as famílias, preferiam não tocar no assunto. O que significava que a pessoa que o fizesse teria uma larga vantagem! Ou seria desvantagem?
Faz tempo que não me divertia lendo uma (ou várias) histórias como a do trecho acima. Malba Tahan conseguia tecer histórias divertidas e edificantes. Estas só são divertidas, aprenda se quizer, bom ou mau. São só histórias.
O autor? Chris Dolley.
O livro: What ho, Automaton!
Sobre as peripécias de um dandy em um universo paralelo. Onde a tecnologia há criado autómatos como valet de chambre e Prometheans -cyborgs de todo tipo. Tudo misturado aos estertores da sociedade vitoriana, 1903.
Sacudí minha cabeça. "Lamento Reeves. Os riscos sobrepujam os benefícios. quando estiver na metade do caminho do altar, sinta-se à vontade de passar notas sobre a minha iminente falência a todos os bancos da igreja do lado da noiva. Mas, até então, nem uma palavra."
"Concordo que é uma estratégia arriscada, senhor. Como se sente em relação à insanidade?"
"O quê?!"
"Como objeto de rumor, senhor. Um pretendente com história de insanidade na família poderia ter uma considerável desvantagem."
Bom, eu poderia conviver com a insanidade. Qual família nobre da Inglaterra não tinha um tio-avô que não mastigasse ocasionalmente o tapete ou tivesse minhocas na cachola? Nós, os Worcesters, tinhamos mais do que nossa quota. Claro que, as famílias, preferiam não tocar no assunto. O que significava que a pessoa que o fizesse teria uma larga vantagem! Ou seria desvantagem?
Faz tempo que não me divertia lendo uma (ou várias) histórias como a do trecho acima. Malba Tahan conseguia tecer histórias divertidas e edificantes. Estas só são divertidas, aprenda se quizer, bom ou mau. São só histórias.
O autor? Chris Dolley.
O livro: What ho, Automaton!
Sobre as peripécias de um dandy em um universo paralelo. Onde a tecnologia há criado autómatos como valet de chambre e Prometheans -cyborgs de todo tipo. Tudo misturado aos estertores da sociedade vitoriana, 1903.
terça-feira, 17 de maio de 2011
We're back!
Ontem descobrí duas coisas; um template de código com problemas e um portal de e.mail marketing.
Acordar no meio da madrugada com solução de código rodando na cabeça e não me deixando voltar a dormir. E a possibilidade de aproveitar uma ferramenta que facilita, em muito, a comunicação.
É muita tentação...
OBA!
Ainda restam alguns neurônios viáveis!
Acordar no meio da madrugada com solução de código rodando na cabeça e não me deixando voltar a dormir. E a possibilidade de aproveitar uma ferramenta que facilita, em muito, a comunicação.
É muita tentação...
OBA!
Ainda restam alguns neurônios viáveis!
domingo, 15 de maio de 2011
E dai?
Conhece aquela piada que diz que qualquer cogumelo é comestível, pelo menos uma vez? Acho que com os suicidas acontece a mesma coisa. Todos são suicidas somente uma vez.
Por que cometeu essa loucura?
Mas, não parecia tanta doidura na hora.
Aconteceu.
Foi como ir dormir... leve...
Por que cometeu essa loucura?
Mas, não parecia tanta doidura na hora.
Aconteceu.
Foi como ir dormir... leve...
quinta-feira, 12 de maio de 2011
sexta-feira, 29 de abril de 2011
W. B. Yeats
"...
Had I the heavens' embroided cloths;
enwrought with golden and silver light;
the blue and the dim and the dark cloths
of night and light and the half light;
I would spread the cloths under your feet.
But I, being poor, have only my dreams;
I have spread my dreams under you feet;
tread softly because you tread on my dreams.
..."
Had I the heavens' embroided cloths;
enwrought with golden and silver light;
the blue and the dim and the dark cloths
of night and light and the half light;
I would spread the cloths under your feet.
But I, being poor, have only my dreams;
I have spread my dreams under you feet;
tread softly because you tread on my dreams.
..."
K. Schulz
"Trusting too much in the feeling of being on the correct side -of anything- can be very dangerous."
terça-feira, 19 de abril de 2011
Cantares
Aprendendo coisas novas acabo encontrando antigas memórias de adolescência.
Tanto que já não me surpreendo mais...
Tanto que já não me surpreendo mais...
quarta-feira, 13 de abril de 2011
terça-feira, 12 de abril de 2011
Sun Tzu 2
(continuação e fim... acho)
Entendo agora que muitas das recentes "mudanças de paradigma" se refiram mais à forma do que ao conteúdo. Significância com pouco significado.
Insistimos em validar intangíveis com os mesmos valores de uma usina de coque. E somos capazes de entender e aceitar mais os últimos do que os primeiros. Fomos criados para isso. Criamos nossos filhos, até bem pouco tempo, da mesma forma. Ficar ao lado do "normal" cria uma angústia essencial, como a do bebê ao ser separado da mãe. Nadica de nada agradável.
Mas que por outro lado, pode ser a mola necessária para impulsionar vôos mais altos e ousados. Afinal, o que mais teremos a perder? Entender e aceitar este outro lado, e tudo o que ele implica, é que é duro. É possível, mas o normal é haver torcida contra!
Imaginem as cenas: grupos de pessoas foram aos campos de Kitty Hawk e Bagatelle ver os irmãos Wright e Santos Dummont voar. Tentem descobrir quantas dessas pessoas foram lá para ver eles cair. Pois essa era a certeza.
Eles iam contra "o normal", o resultado somente poderia ser... não o que foi demonstrado. Eles criaram experiência fora do normal a partir de opiniões.
A disciplina e a clareza de propósitos necessária para esses "vôos" é que mantinha esses inovadores sãos. E fora da "caixa".
Entendo agora que muitas das recentes "mudanças de paradigma" se refiram mais à forma do que ao conteúdo. Significância com pouco significado.
Insistimos em validar intangíveis com os mesmos valores de uma usina de coque. E somos capazes de entender e aceitar mais os últimos do que os primeiros. Fomos criados para isso. Criamos nossos filhos, até bem pouco tempo, da mesma forma. Ficar ao lado do "normal" cria uma angústia essencial, como a do bebê ao ser separado da mãe. Nadica de nada agradável.
Mas que por outro lado, pode ser a mola necessária para impulsionar vôos mais altos e ousados. Afinal, o que mais teremos a perder? Entender e aceitar este outro lado, e tudo o que ele implica, é que é duro. É possível, mas o normal é haver torcida contra!
Imaginem as cenas: grupos de pessoas foram aos campos de Kitty Hawk e Bagatelle ver os irmãos Wright e Santos Dummont voar. Tentem descobrir quantas dessas pessoas foram lá para ver eles cair. Pois essa era a certeza.
Eles iam contra "o normal", o resultado somente poderia ser... não o que foi demonstrado. Eles criaram experiência fora do normal a partir de opiniões.
A disciplina e a clareza de propósitos necessária para esses "vôos" é que mantinha esses inovadores sãos. E fora da "caixa".
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Sun Tzu
Faz pouco tempo respondí uma pergunta de um amigo e achei que seria só. Mas, desde então a resposta ecoa na minha mente, não como errada, mas sim como incompleta. Contudo não achava a sinápse certa que completasse minhas idéias.
Sábado de manhã acordei pensando em treinamentos. O que conseguimos com o treinamento? O antigo método chinês -sempre à espreita- surgiu primeiro: repetição. Por que repetir o mesmo movimento além da exaustão? O mesmo gesto com o pincel? O mesmo texto literalmente?
Até ser natural não se pensar mais sobre a correta execução do movimento, do gesto, da declaração. Ninguem nos diz: "inspira, expira, pausa..." no entanto fazemos isso sem parar. O corpo, acostumado como natural ao movimento, o faz.
Treinamento e repetição...
Dai até Sun Tzu foi um pulo curto. Sempre gostei de uma passagem específica do seu tratado onde diz: "Quando cercar um exército, deixe uma saída livre. Isso não significa que permita ao inimigo fugir. O objetivo é fazê-lo acreditar que é um caminho para a segurança, evitando que lute com a coragem do desespero."
No atual modelo de negócios, somos treinados para produzir e ser produtivos, qualquer outra situação faz nosso "valor social" despencar. Lamentávelmente, mesmo na Era do Conhecimento, ainda vivemos os conceitos do início da Revolução Industrial. +Produção = +Valor.
Tangíveis.
A opção de não mais participar daquela equação é a mesma que a lagarta tem. Haverá uma mudança da qual não há retorno. Borboleta ou mariposa retornará a um ambiente hostíl, ainda regido por canones de 2 séculos atrás, repito. Aqui me aparece um detalhe engraçado: todo mundo quer pensar FORA da caixa, mas SEM SAIR de dentro dela.
Afinal, é um lugar seguro e conhecido, coisa interessante não?
(continua... ô)
Sábado de manhã acordei pensando em treinamentos. O que conseguimos com o treinamento? O antigo método chinês -sempre à espreita- surgiu primeiro: repetição. Por que repetir o mesmo movimento além da exaustão? O mesmo gesto com o pincel? O mesmo texto literalmente?
Até ser natural não se pensar mais sobre a correta execução do movimento, do gesto, da declaração. Ninguem nos diz: "inspira, expira, pausa..." no entanto fazemos isso sem parar. O corpo, acostumado como natural ao movimento, o faz.
Treinamento e repetição...
Dai até Sun Tzu foi um pulo curto. Sempre gostei de uma passagem específica do seu tratado onde diz: "Quando cercar um exército, deixe uma saída livre. Isso não significa que permita ao inimigo fugir. O objetivo é fazê-lo acreditar que é um caminho para a segurança, evitando que lute com a coragem do desespero."
No atual modelo de negócios, somos treinados para produzir e ser produtivos, qualquer outra situação faz nosso "valor social" despencar. Lamentávelmente, mesmo na Era do Conhecimento, ainda vivemos os conceitos do início da Revolução Industrial. +Produção = +Valor.
Tangíveis.
A opção de não mais participar daquela equação é a mesma que a lagarta tem. Haverá uma mudança da qual não há retorno. Borboleta ou mariposa retornará a um ambiente hostíl, ainda regido por canones de 2 séculos atrás, repito. Aqui me aparece um detalhe engraçado: todo mundo quer pensar FORA da caixa, mas SEM SAIR de dentro dela.
Afinal, é um lugar seguro e conhecido, coisa interessante não?
(continua... ô)
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Quando parei no sinal (João Nogueira de Franco e Arlindo Cruz)
Quando parei no sinal
Eu vi um menino surgindo do nada
Vendendo paçoca, chiclete, cocada
E água da bica jurando ser mineral
Quando eu parei no sinal
Pintou até cerva, remédio e cigarro
Amortecedor e adesivo pra carro
Lençol de solteiro e colchão de casal
Quando parei no sinal
Eu vi um menino surgindo do nada
Vendendo paçoca, chiclete, cocada
E água da bica jurando ser mineral
Quando parei no sinal
Pintou até cerva, remédio e cigarro
Amortecedor e adesivo pra carro
Lençol de solteiro e colchão de casal
Engarrafado, parado
Sem chance de andar
Pensei comigo, o shopping mudou de lugar
E apesar de tanto grilo
Nego disse: Tá tranquilo choque
Me vendeu limão e mate
E cantou samba legal
Surgiu um broto 100 por cento
Divulgando apartamento
Lá no centro, bem na linha da central
Olha aí
Quando parei no sinal
Eu vi um menino surgindo do nada
Vendendo paçoca, chiclete, cocada
E água da bica jurando ser mineral
Quando eu parei no sinal
Pintou até cerva, remédio e cigarro
Amortecedor e adesivo pra carro
Lençol de solteiro e colchão de casal
Vi camisinha de renda
Pra venda e aluguel
Tinha batom e aparelho de som pra dedéu
Comprei CD de Samba-Funk
De Gardel e do Skank
Um relógio de primeira etcetera e tal
E um anão tatibitati
Me vendeu dez chocolates
E um tomate por apenas um real
Quando eu parei no sinal
Eu vi um menino surgindo do nada
Vendendo paçoca, chiclete, cocada
E água da bica jurando ser mineral
Quando eu parei no sinal
Pintou até cerva, remédio e cigarro
Amortecedor e adesivo pra carro
Lençol de solteiro e colchão de casal
Vi mulher vender marido
Certidão e enxoval, olha aí
Quando parei no sinal
Quando parei no sinal
Ingresso do Pavarotti
Pro show do Municipal, veja só
Quando parei no sinal
Quando parei no sinal
Escondi o meu Rolex
Só com medo do Lalau, olha aí
Quando parei no sinal
Quando parei no sinal
Vi nego vendendo sangue
Meio litro por dez pau, olha aí
Quando parei no sinal
Quando parei no sinal
...
Depois dessa ninguem consegue ficar deprimido por muito tempo!
terça-feira, 5 de abril de 2011
TED - 2009
Quando ví esta palestra, pela primeira vez, achei que tinha que "mudar a marcha" do meu próprio aprender. Compartilho para que outros possam criar seus próprios significados. São 19min de exposição que valem a pena.
Ou evoluir como nós entendemos evolução. Você já tinha pensado nisso?
Ou evoluir como nós entendemos evolução. Você já tinha pensado nisso?
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Moles
"Até o fim do século XIX, a ciência forneceu ao homem sobretudo meio e teorias para a construção de um mundo técnico através da energia. Submeter a energia do universo às necessidades do homem, tal parecia ser a missão essencial da ciência, sujeitada aos fins utilitários. Em 1900, a dialética matéria/energia parecia dever resumir a atuação do homem sobre o mundo. Dessa concepção é que emergia a imagem do homo faber e muitas pessoas inteligentes achavam que a pintura, a literatura, a música, a arte enfim, eram os resíduos estéreis de uma civilização essencialmente manufatureira, agindo às vêzes sem função, resíduos destinados a serem eliminados de um Universo puramente racional, onde eram desprovidos de pêso."(*)
(* - A. Moles, Teoria da Informação e Percepção Estética, Biblioteca Tempo Universitário/14, Rio de Janeiro, 1969.)
(* - A. Moles, Teoria da Informação e Percepção Estética, Biblioteca Tempo Universitário/14, Rio de Janeiro, 1969.)
terça-feira, 29 de março de 2011
Bear Facts 2
Estive re-lendo e pensando sobre as últimas frases do post anterior a este. "A ferramenta não muda o usuário", mas cria sim, condições para modificações ao meio-ambiente.
Lembremos que o homem é a soma de três: 1- o que ele é (sua bagagem hereditária); 2- os acontecimentos de sua história e, 3- o meio-ambiente que o rodeia em qualquer determinado momento.
As ferramentas potencializam a velocidade de modificação. E, mesmo porque a criação de ferramentas está limitada à nossa capacidade de imaginação.
Breve desvio, imaginem a cena: um velho olhando pela janela os raios de uma tempestade e dizendo: "eu faria muito melhor." O velho era Nicola Tesla. E até hoje ainda estamos descobrindo utilidades para alguns dos seus inventos e teorias.
Só para ilustrar outro ponto.
E, como disse Evgeny Morosov: "confundimos os usos pretendidos da tecnologia com seu uso real." E, lá vamos nós quebrar cocos com o computador -figurativamente falando-, claro.
E Tapscott e Williams; "Apesar do iluminismo industrial nos ter dado muitas coisas pelas quais somos gratos, é justo dizer que ainda não vimos nada. Os avanços em nossa capacidade de gerar e aplicar novo conhecimento na era industrial são insignificantes em comparação com as capacidades ao nosso alcance hoje."
Não podemos esquecer de quem usa o quê aqui.
Pessoas usam ferramentas! Falamos em tecnologia o tempo todo e quase não falamos em pessoas. Pessoas usam ferramentas, pessoas criam tecnologia e imaginam inovação.
Pessoas!
_________________________________________________
Evolução e Mudança
Pos-Humanismo
Contos de Fada Hi-Tech
Tecnologias, Conhecimento e... nós
EICD e bjorks
Lembremos que o homem é a soma de três: 1- o que ele é (sua bagagem hereditária); 2- os acontecimentos de sua história e, 3- o meio-ambiente que o rodeia em qualquer determinado momento.
As ferramentas potencializam a velocidade de modificação. E, mesmo porque a criação de ferramentas está limitada à nossa capacidade de imaginação.
Breve desvio, imaginem a cena: um velho olhando pela janela os raios de uma tempestade e dizendo: "eu faria muito melhor." O velho era Nicola Tesla. E até hoje ainda estamos descobrindo utilidades para alguns dos seus inventos e teorias.
Só para ilustrar outro ponto.
E, como disse Evgeny Morosov: "confundimos os usos pretendidos da tecnologia com seu uso real." E, lá vamos nós quebrar cocos com o computador -figurativamente falando-, claro.
E Tapscott e Williams; "Apesar do iluminismo industrial nos ter dado muitas coisas pelas quais somos gratos, é justo dizer que ainda não vimos nada. Os avanços em nossa capacidade de gerar e aplicar novo conhecimento na era industrial são insignificantes em comparação com as capacidades ao nosso alcance hoje."
Não podemos esquecer de quem usa o quê aqui.
Pessoas usam ferramentas! Falamos em tecnologia o tempo todo e quase não falamos em pessoas. Pessoas usam ferramentas, pessoas criam tecnologia e imaginam inovação.
Pessoas!
_________________________________________________
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segunda-feira, 28 de março de 2011
domingo, 27 de março de 2011
Sherazade
Desde criança sempre fui atraido por histórias fantásticas.
Quanto mais fantásticas melhor!
Histórias e filmes de fadas, gênios, e objetos mágicos eram as minhas preferidas. Alias, até hoje!
Não me importava o maniqueísmo contido na história, nem a cenografia do filme; eram os gênios e seres mágicos que me chamavam a atenção. Os três desejos, então, dentre meus favoritos eram o ápice da fábula. Eram eles que mudariam o resto do conto, o final da história, a vida do ator principal, que invariávelmente tinha sido tirado da sua "zona de conforto", sofreria desafios impensados até que... seus conhecimentos, habilidades e atitudes somados não seriam suficientes para tirá-lo da enrascada.
Usualmente a história era interrompida aqui. Tinha algo a ver com aumento das expectativas, valorização do produto, ansiedade (ou stress) ou então; eu tinha pegado no sono mesmo.
Noite seguinte; Parte 2 - O finalmente.
Tinha me colocado no lugar do herói desde o começo! E agora, u qui qui eu faço?
No penúltimo momento descubro uma lâmpada, um livro, um anel, um peixe mágico, sei lá! E vem com manual! "Esfregue aqui para convocar o ente contido. Mantenha fora do alcance das crianças. Produto não reciclável."
A estas alturas eu estava com endorfina saíndo pelos ouvidos de tão assanhado!
(Imagine as matinés de sábado no Edison ou no Ancón e o herói aparecendo ocupando toda a tela! Quem nunca viu não pode nem imaginar o escarceu!!)
Era um tal de Epas!, Opas! O mocinho descendo o sarrafo no vilão! Fazendo-o provar do seu próprio veneno. Catando a mocinha -com todo respeito- e tascando-lhe um beijo de Roto-rooter! E viveram felizes para sempre, enquanto no fade apareciam as palavras: "The End". Acompanhadas de uma emocionante fanfarra musical que seria nossa companheira de aventuras até o sábado seguinte.
Acendiam-se as luzes e abriam-se as portas, liberando uma molecada superexcitada sobre a cidade inocente e desavisada!
Mas dizia eu que o importante das tais histórias eram os desejos. Em máximo de três e mínimo de um, tinhas o direito de pedir o que quer que fosse (menos: ter mais desejos, claro... coisas de sindicato e contabilidade) que te seria concedido.
Acho que foi a primeira pergunta séria que me fiz na vida toda: Qual seria meu primer desejo? Claro, pois o primeiro era o mais importante! Dele dependeriam todos os outros. Passei um bom tempo pensando nisto.
Quanta bobagem, pensarão... Mas, para um moleque daquela idade (sei lá qual, imagine uma!) ISSO é importante. Pelo menos para mim era.
Deveria estar preparado para responder: Qual seu primeiro desejo?
Desastrado como era e ainda sou, poderia ser o último. Não queria correr esse risco.
E pensei... pensei... pensei.
O tempo foi passando, o Edison e o Ancón foram demolidos, e ainda não tinha uma resposta satisfatória. Encontrar, encontrei mas, por A mais B, sempre achava alguma falha ou mossa que tirava o tchans da resposta.
Ninguem tinha passado por aqui antes...
A resposta me veio de onde menos esperava encontrar!
Um dos meus heróis veio ao meu socorro.
Sim, o israelense filho de David.
O do Templo, o da Bíblia!
Ele tinha passado por aqui, e melhor que eu, tinha deixado um mapa para possíveis futuros turistas.
Ele pediu ao Supremo e o Supremo lhe concedeu.
Pode ver, tá lá na Bíblia!!
Por isso, carrego sempre minha resposta pronta na algibeira.
"O que tu desejas?"
...
... (silêncio dramático)
"Eu desejo ser sábio como o Salomão!"
The End
Quanto mais fantásticas melhor!
Histórias e filmes de fadas, gênios, e objetos mágicos eram as minhas preferidas. Alias, até hoje!
Não me importava o maniqueísmo contido na história, nem a cenografia do filme; eram os gênios e seres mágicos que me chamavam a atenção. Os três desejos, então, dentre meus favoritos eram o ápice da fábula. Eram eles que mudariam o resto do conto, o final da história, a vida do ator principal, que invariávelmente tinha sido tirado da sua "zona de conforto", sofreria desafios impensados até que... seus conhecimentos, habilidades e atitudes somados não seriam suficientes para tirá-lo da enrascada.
Usualmente a história era interrompida aqui. Tinha algo a ver com aumento das expectativas, valorização do produto, ansiedade (ou stress) ou então; eu tinha pegado no sono mesmo.
Noite seguinte; Parte 2 - O finalmente.
Tinha me colocado no lugar do herói desde o começo! E agora, u qui qui eu faço?
No penúltimo momento descubro uma lâmpada, um livro, um anel, um peixe mágico, sei lá! E vem com manual! "Esfregue aqui para convocar o ente contido. Mantenha fora do alcance das crianças. Produto não reciclável."
A estas alturas eu estava com endorfina saíndo pelos ouvidos de tão assanhado!
(Imagine as matinés de sábado no Edison ou no Ancón e o herói aparecendo ocupando toda a tela! Quem nunca viu não pode nem imaginar o escarceu!!)
Era um tal de Epas!, Opas! O mocinho descendo o sarrafo no vilão! Fazendo-o provar do seu próprio veneno. Catando a mocinha -com todo respeito- e tascando-lhe um beijo de Roto-rooter! E viveram felizes para sempre, enquanto no fade apareciam as palavras: "The End". Acompanhadas de uma emocionante fanfarra musical que seria nossa companheira de aventuras até o sábado seguinte.
Acendiam-se as luzes e abriam-se as portas, liberando uma molecada superexcitada sobre a cidade inocente e desavisada!
Mas dizia eu que o importante das tais histórias eram os desejos. Em máximo de três e mínimo de um, tinhas o direito de pedir o que quer que fosse (menos: ter mais desejos, claro... coisas de sindicato e contabilidade) que te seria concedido.
Acho que foi a primeira pergunta séria que me fiz na vida toda: Qual seria meu primer desejo? Claro, pois o primeiro era o mais importante! Dele dependeriam todos os outros. Passei um bom tempo pensando nisto.
Quanta bobagem, pensarão... Mas, para um moleque daquela idade (sei lá qual, imagine uma!) ISSO é importante. Pelo menos para mim era.
Deveria estar preparado para responder: Qual seu primeiro desejo?
Desastrado como era e ainda sou, poderia ser o último. Não queria correr esse risco.
E pensei... pensei... pensei.
O tempo foi passando, o Edison e o Ancón foram demolidos, e ainda não tinha uma resposta satisfatória. Encontrar, encontrei mas, por A mais B, sempre achava alguma falha ou mossa que tirava o tchans da resposta.
Ninguem tinha passado por aqui antes...
A resposta me veio de onde menos esperava encontrar!
Um dos meus heróis veio ao meu socorro.
Sim, o israelense filho de David.
O do Templo, o da Bíblia!
Ele tinha passado por aqui, e melhor que eu, tinha deixado um mapa para possíveis futuros turistas.
Ele pediu ao Supremo e o Supremo lhe concedeu.
Pode ver, tá lá na Bíblia!!
Por isso, carrego sempre minha resposta pronta na algibeira.
"O que tu desejas?"
...
... (silêncio dramático)
"Eu desejo ser sábio como o Salomão!"
The End
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