quinta-feira, 16 de junho de 2011

Jogos

Gosto de quase todos os jogos. Se forem inteligentes então, prefiro. Gosto de transformar tudo em jogo. Acho que aprendemos muito mais e prestamos muito mais atenção se estivermos nos divertindo com a ação executada. Transformar obrigações em jogos acho que desde que me lembro por gente foi meu "jogo" particular. Muitas vezes escutei: "Tu não levas nada a sério!" ou "Para de brincar, menino!" dos meus pais e mestres. Não conseguia entender por que eles não se divertiam também com tudo. Deprimente...
Explicar então, nem perdia tempo. Acho que tentei várias vezes fazê-lo, mas o resultado foi catastrófico. Ou levei alguns cafás por não ser mais "normal", como meu irmão. Desistí de mostrar a razão da coisa. Quando encontrava alguem que se divertia como eu, silenciosamente nos saudávamos e sorriamos secretamente como num encontro casual entre maçons. E, isso reforçava meus jogos. Não era eu o único.
Por que de tudo isto?
Porque lendo um post noutro blog me veio à cabeça uma frase-jogo que escutei (e guardei) faz tempo: "Se nascer é morrer de lá pra cá. Morrer é nascer de cá pra lá." Que várias vezes usei como chave para sair da cadéia da tristeza feito aquele cartão do Monopoly.
Abracadabra

2 comentários:

  1. Olá, maestro, tudo bem?

    Muito bonitos esses seus últimos dois textos. Muitas vezes eu me pego a pensar sobre o meu ofício, pensar(ou ler e escrever) é trabalho? E pior, se tenho prazer com essa atividade, é justo ganhar dinheiro com ela? Não sei se você sabe, mas trabalho vem do latim "tripalium"(ou algo assim, que era um instrumento medieval de tortura, o que significa que desde a origem da palavra, associa-se o trabalho ao sofrimento. Mas penso que os marxistas de plantão nos acusariam de "burgueses alienados", que dentro do jargão marxista é a maior das ofensas possíveis. Mas por que por Marx em tudo? Deixemos o velhinho barbudo em paz, seja lá onde ele estiver no jogo, antes ou depois da morte, e não nos levemos tão a sério, né? Grande abraço maestro e parabéns pelos textos agradáveis e sensíveis.

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  2. Thiago:
    Obrigado... até por lêr o que escrevo. Mas, duas coisas me chamam a atenção no seu comentário. 1) Trabalho = sofrimento, me pergunto como a Mª Botafogo deve sofrer, o Negreiros e o Ziraldo então. Longe de mim querer me comparar a estes monstros mas, usá-los como exemplos muito mais fácil de entender/visualizar. Nestes dias escutei: "Desenho não dá futuro!" E tive a presença de espírito de não debater. Imagina se explicasse desenho como intenção (designio).
    E, 2) Marxistas de plantão já me chamaram de "pragmático" na adolescência e eu assumí o palavrão. Até entender o que realmente significava. Concordarás comigo que "burgueses alienados" perde todo o sentido quando fazemos fila para ver shows de rock, o maior ibope da televisão é BBBx e nossos heróis vão morrendo, como moscas, de overdose.
    Os marxistas de plantão deveriam rever, não a teoria, mas a prática do seu ideológico.
    Mais uma vez, obrigado por ler meu blog.

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