Gosto de quase todos os jogos. Se forem inteligentes então, prefiro. Gosto de transformar tudo em jogo. Acho que aprendemos muito mais e prestamos muito mais atenção se estivermos nos divertindo com a ação executada. Transformar obrigações em jogos acho que desde que me lembro por gente foi meu "jogo" particular. Muitas vezes escutei: "Tu não levas nada a sério!" ou "Para de brincar, menino!" dos meus pais e mestres. Não conseguia entender por que eles não se divertiam também com tudo. Deprimente...
Explicar então, nem perdia tempo. Acho que tentei várias vezes fazê-lo, mas o resultado foi catastrófico. Ou levei alguns cafás por não ser mais "normal", como meu irmão. Desistí de mostrar a razão da coisa. Quando encontrava alguem que se divertia como eu, silenciosamente nos saudávamos e sorriamos secretamente como num encontro casual entre maçons. E, isso reforçava meus jogos. Não era eu o único.
Por que de tudo isto?
Porque lendo um post noutro blog me veio à cabeça uma frase-jogo que escutei (e guardei) faz tempo: "Se nascer é morrer de lá pra cá. Morrer é nascer de cá pra lá." Que várias vezes usei como chave para sair da cadéia da tristeza feito aquele cartão do Monopoly.
Abracadabra
Olá, maestro, tudo bem?
ResponderExcluirMuito bonitos esses seus últimos dois textos. Muitas vezes eu me pego a pensar sobre o meu ofício, pensar(ou ler e escrever) é trabalho? E pior, se tenho prazer com essa atividade, é justo ganhar dinheiro com ela? Não sei se você sabe, mas trabalho vem do latim "tripalium"(ou algo assim, que era um instrumento medieval de tortura, o que significa que desde a origem da palavra, associa-se o trabalho ao sofrimento. Mas penso que os marxistas de plantão nos acusariam de "burgueses alienados", que dentro do jargão marxista é a maior das ofensas possíveis. Mas por que por Marx em tudo? Deixemos o velhinho barbudo em paz, seja lá onde ele estiver no jogo, antes ou depois da morte, e não nos levemos tão a sério, né? Grande abraço maestro e parabéns pelos textos agradáveis e sensíveis.
Thiago:
ResponderExcluirObrigado... até por lêr o que escrevo. Mas, duas coisas me chamam a atenção no seu comentário. 1) Trabalho = sofrimento, me pergunto como a Mª Botafogo deve sofrer, o Negreiros e o Ziraldo então. Longe de mim querer me comparar a estes monstros mas, usá-los como exemplos muito mais fácil de entender/visualizar. Nestes dias escutei: "Desenho não dá futuro!" E tive a presença de espírito de não debater. Imagina se explicasse desenho como intenção (designio).
E, 2) Marxistas de plantão já me chamaram de "pragmático" na adolescência e eu assumí o palavrão. Até entender o que realmente significava. Concordarás comigo que "burgueses alienados" perde todo o sentido quando fazemos fila para ver shows de rock, o maior ibope da televisão é BBBx e nossos heróis vão morrendo, como moscas, de overdose.
Os marxistas de plantão deveriam rever, não a teoria, mas a prática do seu ideológico.
Mais uma vez, obrigado por ler meu blog.