quinta-feira, 30 de abril de 2009

Customizable Soreness

Do amigo Sérgio M. lí no seu blog a seguinte historinha:

"Uns 300 anos antes de Cristo, Euclides dava aulas de matemática na cidade de Alexandria.
Uma vez, um aluno perguntou-lhe para que serviam aquelas demonstrações tão extensas e complexas.
Com toda a calma do mundo, Euclides dirigiu-se a um dos estudantes presentes, pedindo-lhe encarecidamente:
Dê-lhe uma moeda e mande-o embora. O que ele procura não é saber, é outra coisa."

So?
300 anos ANTES de Cristo e a água continua fria!
Desculpem toda minha "depressividade" anterior.
Tentarei controlar melhor meus humores, prometo.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Tudo que foi... (skip this one, too)

Tudo o que é sólido se desfaz em pleno ar, ou no original: "All that is solid melts into air, all that is holy is profaned, and man is at last compelled to face with sober senses, his real conditions of life, and his relations with his kind."
Me pergunto se todos temos que passar por isto. Ou, somente alguns com a marca na testa desde antes de nascer? Ou então; que fazemos se nem todos passarem por isto? Qual a vantagem desta separação, diferenciação? Traio a mim mesmo se, desesperadamente, tento voltar ao meu estado natural primitivo? Lançar-me ao vazio e esperar que, seja lá o que for encontrar será benéfico ou satisfatório, é uma temeridade que passei a vida toda sendo treinado para não fazer.
Mas, o salto já aconteceu. O impulso positivo está chegando ao fim. Estou próximo ao "0" duma hipérbole de segundo grau. Se é que já não passei dele.
Não sou, e nem me sinto, uma Fênix para no fogo me desfazer e das cinzas retornar. Isso é romântico, sonho d'uma adolescente totalmente desligada da realidade. Isso non existe! diria o Quevedo.
Se o desconforto é a consciência da mudança, então porque não mudo logo de uma maldita vez?
Quase tudo que toco definha. Estou aprendendo a uma velocidade lesmal. E o pouco que achava saber, não funciona mais. Minhas certezas perdem consistência a olhos vistos.
Dylan Thomas vem à mente: "Do not go gentle into that good night, etc."
...
Enquanto Peza dizia:
"...
El carnaval del mundo engaña tanto,
que las vidas son breves mascaradas;
aquí aprendemos a reír con llanto,
y también a llorar con carcajadas.
..."

sábado, 25 de abril de 2009

Clueless (skip this one)

Quase tenho medo ao despertar.
Quero que este dia que chega ao fim não acabe mais. Brigo com meu próprio cansaço para não dormir. Finjo estar todo bem... Não está.

Achei que estivesse e fui me enchendo de esperanças tolas, para num dia só acabar com elas todas de vez. E, olha que não é a crise que anda por aí, não.

Parece que perdi, ou me perdi pelo caminho e não consigo encontrar-me mais. Às cegas acabo atingindo outros, que cegos como eu não percebem a falta de rumo em seu método cotidiano.

Comecei a enfrentar, coisa que antes abominava, sem pensar em conseqüências. Parece que deve haver algo de desesperado no meu rosto que faz os outros recuar, ou então a mudança é inesperada.
Sun Tzu dizia que havia que deixar ao oponente derrotado, pelo menos, uma saída. Pois aquele que não tem nada a perder é o guerreiro mais imprevisível. Pelo visto não deixou nenhuma mensagem para aquele sujeito de quem falava.
Algo como:
"Comporte-se, você foi derrotado. Se não percebe a derrota é tolo ou está morto. Em ambos casos: insignificante."
A falta de esperança é uma sucessão de claro e escuro sem a menor diferença.
O tempo para. Tanto faz hoje como de aqui um ano. Será igual.
Talvez pior.

...

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Tartaruga

Devo ter comentado antes: estou acabando pós- em Gestão do Conhecimento. Estou acabando é eufemismo, melhor seria: "estou me acabando". A cada dia que passa descubro que menos sei. Os limítes da minha ignorância fogem de mim como a tartaruga de Aquíles, enquanto acenam com a mediocridade.
Como?

Para aqueles de vocês que não estudaram filosofia sob a égide d'um jesuita e nem desfrutaram daquele quebra-cabeças, infanto-juvenil, que foi a "corrida de Aquíles contra uma (qualquer) tartaruga".
Lembraram agora?

Premissas e limítes, esforço e impacto, escopos positivo e negativo, critérios e indicadores, ferramentas todas que nos levam invariávelmente ao mesmo lugar. Ou, deveriam levar.
Mas, parece que eu, tonto, consigo saltar alguns pontos antes do destino.
"Despistao!" diria o s.j., com razão.

Me sinto todo um adolescente; nú em pelo no meio do salão! E, há um vento frio que não alivia em nada a situação.

Para William James é fácil: "Porque o que caracteriza estes atribulados tempos, é uma desaforada manifestação de perspectivas, uma dispersão de sentido generalizada e incontenível", quando descreve o pragmatismo do século xx.
Mas, também não entendí...

Como cheguei até aqui, até agora, para mim é surpresa.
Milagre.
O que deveria me fazer ser agradecido, certo?
...
Errado.
Ainda há muito a recorrer e eu divagando aqui, vendo o quelônio se afastar a toda.
Nefelibatas do mundo uní-vos!