segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Perigo Will Robinson!

Um destes dias enquanto esperava minha esposa no carro fiquei escutando no rádio uma entrevista de um "headhunter" que falava sobre motivação. A entrevista interessante, o "headhunter" parecia empolgado e o entrevistador não se perdia em assuntos tangenciais.
Tudo pronto para dar certo, certo?
Até que lá pelas tantas, nem me lembro qual a pergunta exatamente, o entrevistado saiu com esta pérola:
"Ninguem paga para você gostar do serviço."
(ou coisa que o valha).
TODOS meus alarmes começaram a tocar, apitar, buzinar, tremer, acender!
Quem era o tal entrevistado?
Goebels, por acaso?!
Ele passou os primeiros dez minutos falando sobre o desenvolvimento do funcionário e seu crescimento na empresa. Do seu conhecimento de metas e valores, processos e estratégias, e me sai com uma coisa dessas?
Acho que o cansaço e a empolgação conseguiram mostrar o verdadeiro Eu (dele) por trás desse melado todo.
Conseguiu, com 2 frases menores, mandar às favas o que teria sido, salvo esse faux-pas, uma ótima entrevista. Percebí que o tom de entusiasmo do entrevistador passou para: atenção.
A imagem que me veio à cabeça foi algo muito parecido com: "Perigo Will Robinson!".
Porque do susto?

A situação de interesse no serviço é conseguida muito mais facilmente se você gostar dele.
Certo?
Ou então, vendo o mesmo cenário de um ponto de vista diametralmente oposto; podemos colocar autómatos e máquinas para executar os processos, mas não podemos exigir nem esperar inovação ou desenvolvimento. Pelo simples fato de serem autómatos e máquinas.
Certo?

Mais uma vez, estamos falando de gente, pessoas!
Nenhum cargo ou posto temporário faz menos delas! Será que é tão difícil assim de entender?

Ou isso explicaria muitas coisas?
Quem sabe sou eu que estou ridiculamente enganado.
Certo?

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Parede branca


Uma das minhas mais velhas e caras memórias é sem dúvida uma parede branca.
Me lembro tinhamos acabado de mudar para um apartamento pequeno num prédio novo. A parede branca, oposta à janela, era iluminada pela luz do sol de uma forma indecente. Eu devia ter então uns 5 ou 6 anos, começava a entender --pelo menos-- algumas coisas.

Essa parede eu ENTENDIA!!

Lembro, fiquei um tempão ocupado sem ninguem para me interromper. Acho que me escutavam falar, logo deveria estar tudo bem. Criança brincando...
Até alguem passar pela minha obra. Tinha usado uma caixa de lápis de cor inteira para pintar um "mapa" na parede!

Pra mim, ainda faltavam alguns retoques aqui e alí, para minha mãe eu tinha ido longe demais. Vez por outra, ainda me lembro da sensação que tive ao desenhar naquela parede. Grande. Muito bom.
A primeira vez que explicitei limites distantes.

Toda vez que tenho que explicar conceitos óbvios para alguem me lembro daquela parede branca.
E, ao igual que aconteceu com minha mãe, eles poucas vezes entendem o bosque porque as árvores atrapalham.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Demolition Angel

Já prestou atenção em como, na auto-sabotagem, você não precisa se pintar ou vestir de preto, nem se esgueirar pelas sombras?
Você só não vai lá e não faz...
Pronto!


















Saíndo uma receita de auto-sabotagem no capricho (hold the onions!)