"Até o fim do século XIX, a ciência forneceu ao homem sobretudo meio e teorias para a construção de um mundo técnico através da energia. Submeter a energia do universo às necessidades do homem, tal parecia ser a missão essencial da ciência, sujeitada aos fins utilitários. Em 1900, a dialética matéria/energia parecia dever resumir a atuação do homem sobre o mundo. Dessa concepção é que emergia a imagem do homo faber e muitas pessoas inteligentes achavam que a pintura, a literatura, a música, a arte enfim, eram os resíduos estéreis de uma civilização essencialmente manufatureira, agindo às vêzes sem função, resíduos destinados a serem eliminados de um Universo puramente racional, onde eram desprovidos de pêso."(*)
(* - A. Moles, Teoria da Informação e Percepção Estética, Biblioteca Tempo Universitário/14, Rio de Janeiro, 1969.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário