quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Zonas de Conforto

No Wikipédia encontramos que, zona de conforto é o estado comportamental dentro do qual a pessoa atua em uma condição neutra de ansiedade, utilizando um conjunto limitado de comportamentos para obter um nível constante de desempenho, normalmente desprovida do sentido de risco.

Mas, pensei, se alterarmos os níveis de ansiedade, desempenho e risco obteríamos um resultado bastante parecido com aquele da Lei de Boyle-Mariotte nos gases.
Há lógico, algumas pequenas variáveis:
1) se aumentamos a ansiedade, o desempenho diminui e o risco aumenta;
2) se aumentamos o desempenho, a ansiedade diminui e o risco diminui; e
3) se aumentamos o risco, a ansiedade aumenta e o desempenho diminui,
Se formos complacentes, elas funcionam similarmente. Dá para ver a semelhança aqui e ali.

O dado que não é computado nesta semelhança é que falamos de sistemas fechados, enquanto nós, gente, como sistema somos abertos, fractais.
Hmmm.
Estava indo tão bem... não?


O homem é um animal de costumes, dê-lhe tempo (e certa dose de preguiça) e ele será capaz de adaptar-se ao ambiente que o rodeia. Nem precisamos nos afastar do computador para visualizar exemplos dos 3 ambientes acima mencionados em várias épocas da história humana. Pensemos que, com esse mesmo leque limitado de comportamentos e assumindo um maior nível de risco poderíamos conseguir um aumento do desempenho.

Quando funciona, e conseguimos explicar até para nós mesmos o que foi que aconteceu, chamamos de criatividade. Esqueçam o dedo opositor, ou o andar ereto! Foi acertar o coco com a pedra e não a pedra com a cabeça (coco) o que nos diferenciou dos outros mamíferos!

Quando não funciona... bem, sejamos resilientes. Como diria o Salgado (Quino): "é a forma certa de fazer errado". Por enquanto...

Lembra-se da frase: "Se o homem fosse capaz de voar, Deus lhe teria dado assas!"
Nada mais comum do que voar pra lá e pra cá hoje em dia. E isto é apenas um dos muitos exemplos onde o risco, a ansiedade e o desempenho são mudados -levemente- para atingir um objetivo qualquer.
Até Wile E. Coyote sabe disso.

Muitas empresas ainda usam a fórmula de Salgado e erram da forma certa. Desenvolvem estratégias mirabolantes, sistemas de qualidade e projeções de desempenho. E, como na Revolução Francesa, aumentam a ansiedade e o risco esperando que o desempenho dos colaboradores aumente junto. Depois do choque original, o novo nível de ansiedade passa a ser o normal, aprende-se a evitar o risco e o desempenho não aumenta.
Cria-se um novo patamar, uma nova zona de conforto.
E então...

(continua)

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