Lá vamos nós de novo!
Natal e Ano Novo chegaram outra vez. E já começaram os estragos de fim de ano!!
Não há mais vagas em buracos para se esconder das saraivadas natalinas. Todos os mosteiros, eremitérios e esconderijos estão loteados até depois do Carnaval. Isso, pra quem tem dinheiro para custear, claro.
Este ano: siamo fudi..., ahn, deixa pra lá. Se fossemos a Enterprise, estariamos com força de impulso e mínima manutenção de vida (sem luz). "Senhor Woof [that's me]: vai brincar lá fora!"
A luz no fim do túnel se resume ao led do aviso de baterias fracas.
Só falta o Serra ser eleito Presidente, Collor governador de São Paulo e Lula nomeado minístro no Itamaraty (ele É o cara, afinal)!
Aí não haverá espaço suficiente nem lá fora!!
...
Para vocês que insistem em acreditar: Feliz Natal.
Descrições, comentários e atalhos sobre Logística, arte e tecnologia, pos-humanismo e pressentimentos pessoais de um nefelibata. Nada impede que entre tantos haja alguma coisa útil.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Redes
Faz algum tempo já que venho percebendo como as coisas estão ligadas umas às outras. Como muitas outras vezes, mantenho esta percepção para mim pois não vejo correspondência. Mas, ultimamente, vejo que não sou o único. E fico agradavelmente surpreso quando encontro este tipo de afirmação:
Talvéz Carl Sagan (+friends) seja mais convincente que eu.
Talvéz Carl Sagan (+friends) seja mais convincente que eu.
domingo, 20 de dezembro de 2009
Planos (1)
Estratégia é o plano de ações (processos+aprendizagem+adaptações) desenvolvido para atingir um objetivo. E é, também, o desenvolvimento da própria estratégia, do plano em si.
Aprendizagem é toda ação ou processo que faz com que haja uma mudança de comportamento.
Conhecimento (tácito) é toda bagagem pessoal capaz de avaliar, adaptar e adaptar-se a qualquer ação ou processo que faça com que haja uma mudança de comportamento e, ao mesmo tempo incluir, como bagagem pessoal estas novas ações e processos. É altamente dinâmico e fractal. Respostas diferentes em situações diferentes.
Conhecimento (explícito) é todo conhecimento tácito documentado. É fixo. Só muda se a atualização for documentada. Respostas iguais para situações diferentes.
Os erros são respostas certas para perguntas erradas.
Wells diz: "any real object must have an extension in FOUR directions: it must have Length, Breadth, Thickness and--Duration." O conhecimento somente tem a última; tempo. Pois existe enquanto usado. É basicamente um recurso intangível. Às vezes é invisível também. Ninguem carrega seu conhecimento pendurado no pescoço e as primeiras três dimensões não se aplicam a ele.
Trabalho: A maioria das pessoas associa as palavras trabalho e emprego como se fossem a mesma coisa, não são.
Apesar de estarem ligadas, essas palavras possuem significados diferentes. O trabalho é mais antigo que o emprego, o trabalho existe desde o momento que o homem começou a transformar a natureza e o ambiente ao seu redor, desde o momento que o homem começou a fazer utensílios e ferramentas. Por outro lado, o emprego é algo recente na história da humanidade. O emprego é um conceito que surgiu por volta da Revolução Industrial, é uma relação entre homens que vendem sua força de trabalho por algum valor, alguma remuneração, e homens que compram essa força de trabalho pagando algo em troca, algo como um salário.
De acordo com a definição do Dicionário do Pensamento Social do Século XX, trabalho é o esforço humano dotado de um propósito e envolve a transformação da natureza através do dispêndio de capacidades físicas e mentais. Enquanto emprego é a relação, estável, e mais ou menos duradoura, que existe entre quem organiza o trabalho e quem realiza o trabalho. É uma espécie de contrato no qual o possuidor dos meios de produção paga pelo trabalho de outros, que não são possuidores do meio de produção.
(http://www.ime.usp.br/~is/ddt/mac333/projetos/fim-dos-empregos/empregoEtrabalho.htm)
Castells* propõe, entre outras coisas, que na era pós-industrial (esta em que vivemos) a fonte de produtividade e crescimento reside na geração de conhecimentos, estendidos a todas as esferas da atividade econômica mediante o processamento de informação. O cérebro passa a ser um "músculo importante" na força de trabalho, então. Não bastará mais chegar em casa sujo e suado para saber que esteve trabalhando. Abre-se uma nova alternativa: o pensar/aprender como instrumento de trabalho. Ninguem (que eu saiba) fica com dor de cabeça de tanto pensar. Ou suado.
(continua...)
* Castells - maintains that the Information Age can "unleash the power of the mind", which would dramatically increase the productivity of individuals and lead to greater leisure, allowing individuals to achieve "greater spiritual depth and more environmental consciousness.
Aprendizagem é toda ação ou processo que faz com que haja uma mudança de comportamento.
Conhecimento (tácito) é toda bagagem pessoal capaz de avaliar, adaptar e adaptar-se a qualquer ação ou processo que faça com que haja uma mudança de comportamento e, ao mesmo tempo incluir, como bagagem pessoal estas novas ações e processos. É altamente dinâmico e fractal. Respostas diferentes em situações diferentes.
Conhecimento (explícito) é todo conhecimento tácito documentado. É fixo. Só muda se a atualização for documentada. Respostas iguais para situações diferentes.
Os erros são respostas certas para perguntas erradas.
Wells diz: "any real object must have an extension in FOUR directions: it must have Length, Breadth, Thickness and--Duration." O conhecimento somente tem a última; tempo. Pois existe enquanto usado. É basicamente um recurso intangível. Às vezes é invisível também. Ninguem carrega seu conhecimento pendurado no pescoço e as primeiras três dimensões não se aplicam a ele.
Trabalho: A maioria das pessoas associa as palavras trabalho e emprego como se fossem a mesma coisa, não são.
Apesar de estarem ligadas, essas palavras possuem significados diferentes. O trabalho é mais antigo que o emprego, o trabalho existe desde o momento que o homem começou a transformar a natureza e o ambiente ao seu redor, desde o momento que o homem começou a fazer utensílios e ferramentas. Por outro lado, o emprego é algo recente na história da humanidade. O emprego é um conceito que surgiu por volta da Revolução Industrial, é uma relação entre homens que vendem sua força de trabalho por algum valor, alguma remuneração, e homens que compram essa força de trabalho pagando algo em troca, algo como um salário.
De acordo com a definição do Dicionário do Pensamento Social do Século XX, trabalho é o esforço humano dotado de um propósito e envolve a transformação da natureza através do dispêndio de capacidades físicas e mentais. Enquanto emprego é a relação, estável, e mais ou menos duradoura, que existe entre quem organiza o trabalho e quem realiza o trabalho. É uma espécie de contrato no qual o possuidor dos meios de produção paga pelo trabalho de outros, que não são possuidores do meio de produção.
(http://www.ime.usp.br/~is/ddt/mac333/projetos/fim-dos-empregos/empregoEtrabalho.htm)
Castells* propõe, entre outras coisas, que na era pós-industrial (esta em que vivemos) a fonte de produtividade e crescimento reside na geração de conhecimentos, estendidos a todas as esferas da atividade econômica mediante o processamento de informação. O cérebro passa a ser um "músculo importante" na força de trabalho, então. Não bastará mais chegar em casa sujo e suado para saber que esteve trabalhando. Abre-se uma nova alternativa: o pensar/aprender como instrumento de trabalho. Ninguem (que eu saiba) fica com dor de cabeça de tanto pensar. Ou suado.
(continua...)
* Castells - maintains that the Information Age can "unleash the power of the mind", which would dramatically increase the productivity of individuals and lead to greater leisure, allowing individuals to achieve "greater spiritual depth and more environmental consciousness.
domingo, 13 de dezembro de 2009
domingo, 6 de dezembro de 2009
The Passing of Common Sense
No way I could let this one pass unnoticed:
12.05.2009, New York City, by Barbara Brenner.
Today we mourn the passing of a beloved old friend, Common Sense, who has been with us for many years.. No one knows for sure how old he was, since his birth records were long ago lost in bureaucratic red tape. He will be remembered as having cultivated such valuable lessons as: Knowing when to come in out of the rain; Why the early bird gets the worm; Life isn't always fair; and Maybe it was my fault.
Common Sense lived by simple, sound financial policies (don't spend more than you can earn) and reliable strategies (adults, not children, are in charge).
His health began to deteriorate rapidly when well-intentioned but overbearing regulations were set in place. Reports of a 6 -year- old boy charged with sexual harassment for kissing a classmate; teens suspended from school for using mouthwash after lunch; and a teacher fired for reprimanding an unruly student, only worsened his condition.
Common Sense lost ground when parents attacked teachers for doing the job that they themselves had failed to do in disciplining their unruly children. It declined even further when schools were required to get parental consent to administer Tylenol, sun lotion or a band-aid to a student; but could not inform parents when a student became pregnant and wanted to have an abortion.
Common Sense lost the will to live as the Ten Commandments became contraband; churches became businesses; and criminals received better treatment than their victims.
Common Sense took a beating when you couldn't defend yourself from a burglar in your own home and the burglar could sue you for assault.
Common Sense finally gave up the will to live, after a woman failed to realize that a steaming cup of coffee was hot. She spilled a little in her lap, and was promptly awarded a huge settlement. Common Sense was preceded in death by his parents, Truth and Trust; his wife, Discretion; his daughter, Responsibility; and his son, Reason.
He is survived by his 3 stepbrothers; I Know My Rights, Someone Else Is To Blame, and I'm A Victim.
Not many attended his funeral because so few realized he was gone.
12.05.2009, New York City, by Barbara Brenner.
Today we mourn the passing of a beloved old friend, Common Sense, who has been with us for many years.. No one knows for sure how old he was, since his birth records were long ago lost in bureaucratic red tape. He will be remembered as having cultivated such valuable lessons as: Knowing when to come in out of the rain; Why the early bird gets the worm; Life isn't always fair; and Maybe it was my fault.
Common Sense lived by simple, sound financial policies (don't spend more than you can earn) and reliable strategies (adults, not children, are in charge).
His health began to deteriorate rapidly when well-intentioned but overbearing regulations were set in place. Reports of a 6 -year- old boy charged with sexual harassment for kissing a classmate; teens suspended from school for using mouthwash after lunch; and a teacher fired for reprimanding an unruly student, only worsened his condition.
Common Sense lost ground when parents attacked teachers for doing the job that they themselves had failed to do in disciplining their unruly children. It declined even further when schools were required to get parental consent to administer Tylenol, sun lotion or a band-aid to a student; but could not inform parents when a student became pregnant and wanted to have an abortion.
Common Sense lost the will to live as the Ten Commandments became contraband; churches became businesses; and criminals received better treatment than their victims.
Common Sense took a beating when you couldn't defend yourself from a burglar in your own home and the burglar could sue you for assault.
Common Sense finally gave up the will to live, after a woman failed to realize that a steaming cup of coffee was hot. She spilled a little in her lap, and was promptly awarded a huge settlement. Common Sense was preceded in death by his parents, Truth and Trust; his wife, Discretion; his daughter, Responsibility; and his son, Reason.
He is survived by his 3 stepbrothers; I Know My Rights, Someone Else Is To Blame, and I'm A Victim.
Not many attended his funeral because so few realized he was gone.
sábado, 5 de dezembro de 2009
Desarrollo
Demorei muito tempo para perceber e, mormente, aceitar que a minha visão das coisas podia ser parcial. Pessoal demais. Nada como um pouquinho de "jogo de cintura" e abrir os olhos ao que nos cerca.
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Desarrollo
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segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Festas
Festas...
Não gosto de festas. Não sei quando e nem porquê isto começou, mas não consigo gostar de festas. Me sinto fora de lugar, perdido no meio de tanta gente. E a sensação me é desagradável. Mesmo quando todos são gentis e agradáveis, eu continúo perdido, às vésperas de sair correndo como um louco!
Minha cara deve reproduzir (mesmo eu tentando fingir) esta sensação, pois minha esposa e filha -que casualmente adoram uma festa- percebem.
Não me lembro de alguma vez ter gostado de festas. Eu devia ser aquele guri que a mãe trazia amarrado pras festinhas dos amiguinhos. E, se por acaso, encontrasse um livro esquecido na sala: podem (des)contar comigo. Ficava lendo a festa toda. Virava o totêm leitor num canto qualquer.
Até alguem vir me salvar, a festa acabar ou eu conseguir fugir. Não necessáriamente nessa ordem.
Ô muleque chato!!
Virei um adulto chato pois continuo não gostando de festas.
Acho legal ter um motivo para celebração, mas acho muito mais legal não precisar motivo e celebrar a vida toda.
Mas, ninguem acha isso certo.
Sou tão sociável quanto o Sheldon do TBBT (The Big Bang Theory).
Com o tempo, pois já não sou mais nenhum adolescente, tenho aprendido a me controlar melhor. Mas sinto que, mais dia menos dia, ainda sairei correndo como um demente de alguma festa.
Isso me faz ser amargo?
Não, acho que não é bem o caso.
Há uma certa dose de tristeza sim, mas há dias em que sou feliz.
Não gosto de festas. Não sei quando e nem porquê isto começou, mas não consigo gostar de festas. Me sinto fora de lugar, perdido no meio de tanta gente. E a sensação me é desagradável. Mesmo quando todos são gentis e agradáveis, eu continúo perdido, às vésperas de sair correndo como um louco!
Minha cara deve reproduzir (mesmo eu tentando fingir) esta sensação, pois minha esposa e filha -que casualmente adoram uma festa- percebem.
Não me lembro de alguma vez ter gostado de festas. Eu devia ser aquele guri que a mãe trazia amarrado pras festinhas dos amiguinhos. E, se por acaso, encontrasse um livro esquecido na sala: podem (des)contar comigo. Ficava lendo a festa toda. Virava o totêm leitor num canto qualquer.
Até alguem vir me salvar, a festa acabar ou eu conseguir fugir. Não necessáriamente nessa ordem.
Ô muleque chato!!
Virei um adulto chato pois continuo não gostando de festas.
Acho legal ter um motivo para celebração, mas acho muito mais legal não precisar motivo e celebrar a vida toda.
Mas, ninguem acha isso certo.
Sou tão sociável quanto o Sheldon do TBBT (The Big Bang Theory).
Com o tempo, pois já não sou mais nenhum adolescente, tenho aprendido a me controlar melhor. Mas sinto que, mais dia menos dia, ainda sairei correndo como um demente de alguma festa.
Isso me faz ser amargo?
Não, acho que não é bem o caso.
Há uma certa dose de tristeza sim, mas há dias em que sou feliz.
sábado, 28 de novembro de 2009
Pardais
Me peguei rindo à toa ontem.
E foi gostoso.
Ria de uma das minhas lembranças favoritas. Vira e mexe a tiro pra passear e acabo rindo.
Estava sentado na entrada da ECA na USP, uma tarde particularmente quente e ensolarada. Esperava as aulas começarem e não havia ninguem conhecido por perto a não ser os pássaros que abundavam no local. Os mais ativos eram os pardais. Não me lembro de ter visto tantos pardais juntos antes na minha vida. E nunca lhes tinha prestado atenção. Os pássaros eram como a música incidental de um filme; tinham que ser muito bons para lembrar-me deles.
Mas, estes 3 aqui estavam ocupados em tomar banho de terra. Como todo pardal, faziam isso chilreando e gritando cheios de entusiasmo, pulando uns por cima dos outros como crianças brincando a beira de um rio. Tinham encontrado uma poça de terra particularmente solta e fina e eles se divertiam --pois era isso o que me parecia-- transformando-se em bolinhas de pena e terra com bico e jogando terra uns nos outros.
Estavam muito ocupados nisto para prestar atenção no mundo que os rodeava.
Havia outros pássaros por perto, mas iam e vinham cada um cuidando da sua própria vida.
Os mais comuns eram as pombas.
Uma delas prestou atenção no barulho e divertimento dos pardais e chegou mais perto. Ela devia ser duas ou três vezes o tamanho do maior dos pardais na poça. Chegou mais perto. Mais um pouco. Mais. Inclinou a cabeça como a calcular (coisa difícil pra pombos). E acertou uma inesperada bicada na cabeça do pardal mais próximo!
Foi um reboliço! O pardal atingido virou uma explosão de terra e penas e gritos. Os três fugiram voando do local e a pomba tomou posse da poça.
Parecia muito grande para ocupar todo o espaço, mas, encolhe dali, aperta de lá, deu. Estava na poça.
Estufou as penas e começou distraidamente a aproveitar seu ganho.
Deve ter ficado uns trinta segundos nisso.
Percebí que houve uma mudança no ambiente. A quantidade de pardais em relação às pombas aumentou, mas o barulho que faziam diminuiu. Não comiam nem brincavam. Só estavam ali e aqui, indo e vindo. Numas...
Posso ter imaginado, mas ví claramente um círculo frouxo de pardais ao redor da pomba e da poça. Como a isolar a área.
De repente, sentí mais do que ví, uma mancha marrom voar e, numa hipérbole perfeita, acertar a cabeça da pomba com o que me pareceu ser a força de uma martelada.
Na mente da pomba só cabiam duas idéias: [vamo]+[simbora!]! E, pegando as penas que pode, saiu voando, ela e todas as outras pombas. Deixando atrás de sí a toillete incompleta e um campo cheio de pardais chilreando aproveitando da poça.
O Piscinão de Ramos não deve ter todo esse entusiasmo num dia de sol!
Quando percebi a peça que acabara de assistir, caí numa risada alta, satisfeito e agradecido por ter participado apenas como espectador.
Desse dia em diante meu pássaro favorito é o pardal. E, cada vez que vejo um deles fazendo algo sem sentido, me lembro desta tarde.
...
E rio.
E foi gostoso.
Ria de uma das minhas lembranças favoritas. Vira e mexe a tiro pra passear e acabo rindo.
Estava sentado na entrada da ECA na USP, uma tarde particularmente quente e ensolarada. Esperava as aulas começarem e não havia ninguem conhecido por perto a não ser os pássaros que abundavam no local. Os mais ativos eram os pardais. Não me lembro de ter visto tantos pardais juntos antes na minha vida. E nunca lhes tinha prestado atenção. Os pássaros eram como a música incidental de um filme; tinham que ser muito bons para lembrar-me deles.
Mas, estes 3 aqui estavam ocupados em tomar banho de terra. Como todo pardal, faziam isso chilreando e gritando cheios de entusiasmo, pulando uns por cima dos outros como crianças brincando a beira de um rio. Tinham encontrado uma poça de terra particularmente solta e fina e eles se divertiam --pois era isso o que me parecia-- transformando-se em bolinhas de pena e terra com bico e jogando terra uns nos outros.
Estavam muito ocupados nisto para prestar atenção no mundo que os rodeava.
Havia outros pássaros por perto, mas iam e vinham cada um cuidando da sua própria vida.
Os mais comuns eram as pombas.
Uma delas prestou atenção no barulho e divertimento dos pardais e chegou mais perto. Ela devia ser duas ou três vezes o tamanho do maior dos pardais na poça. Chegou mais perto. Mais um pouco. Mais. Inclinou a cabeça como a calcular (coisa difícil pra pombos). E acertou uma inesperada bicada na cabeça do pardal mais próximo!
Foi um reboliço! O pardal atingido virou uma explosão de terra e penas e gritos. Os três fugiram voando do local e a pomba tomou posse da poça.
Parecia muito grande para ocupar todo o espaço, mas, encolhe dali, aperta de lá, deu. Estava na poça.
Estufou as penas e começou distraidamente a aproveitar seu ganho.
Deve ter ficado uns trinta segundos nisso.
Percebí que houve uma mudança no ambiente. A quantidade de pardais em relação às pombas aumentou, mas o barulho que faziam diminuiu. Não comiam nem brincavam. Só estavam ali e aqui, indo e vindo. Numas...
Posso ter imaginado, mas ví claramente um círculo frouxo de pardais ao redor da pomba e da poça. Como a isolar a área.
De repente, sentí mais do que ví, uma mancha marrom voar e, numa hipérbole perfeita, acertar a cabeça da pomba com o que me pareceu ser a força de uma martelada.
Na mente da pomba só cabiam duas idéias: [vamo]+[simbora!]! E, pegando as penas que pode, saiu voando, ela e todas as outras pombas. Deixando atrás de sí a toillete incompleta e um campo cheio de pardais chilreando aproveitando da poça.
O Piscinão de Ramos não deve ter todo esse entusiasmo num dia de sol!
Quando percebi a peça que acabara de assistir, caí numa risada alta, satisfeito e agradecido por ter participado apenas como espectador.
Desse dia em diante meu pássaro favorito é o pardal. E, cada vez que vejo um deles fazendo algo sem sentido, me lembro desta tarde.
...
E rio.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Farpas
"...
con una dosis justa de cinísmo preguntás:
Que harias sin mi? Si yá no vuelves a verme?
Para ser sincero: haria lo mismo.
Solo que sin tí, lo haria sin esconderme.
..."
(Pingüinos en la cama)
Ouch!
con una dosis justa de cinísmo preguntás:
Que harias sin mi? Si yá no vuelves a verme?
Para ser sincero: haria lo mismo.
Solo que sin tí, lo haria sin esconderme.
..."
(Pingüinos en la cama)
Ouch!
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Humanos
O homem, como raça, tem muito a aprender. Fazemos com que todos os outros se movam para nos acomodar. Dilapidamos a natureza porque, afinal, ela está aí.
Somos os "Reis da criação" e acreditamos piamente nisso.
Temos levado espêcies inteiras à extinção e não damos muita importância ao fato de que há cada vez mais menos espêcies para extinguirmos.
Os próximos seremos nós.
As cavernas acabaram, por isso desenhamos e criamos cavernas de pedra para morar sem respeitar a natureza que as rodeia. Quando a soma de TODOS nossos desenhados e criados ingredientes resulta em "calamidades" de toda sorte, clamamos aos céus.
Mesmo não acreditando neles.
Soluções?
Cada um tem a sua.
Não percebemos que somos uma parte de uma enorme rede, quanto mais rápido entendermos este conceito fundamental; melhor!
Todas, e cada uma das nossas ações individuais influenciam nosso meioambiente imediato. Se paramos por um momento e analizarmos qual, ou quais, serão os resultados das nossas ações, e como estas influenciaram as (re)ações daqueles no nosso entorno. E, estes também fizerem este mesmo cálculo.
Nós (todos nós) somos o meio ambiente de alguém.
Será que os avanços, as inovações, o bem-estar geral ficará tão comprometido assim?
Será que se mudamos, por pouco que seja, poderiamos ainda assim modificar o vasto e eterno plano celestial?
Cortamos as árvores porque podem cair encima das nossas casas, incendiamos florestas para dar passo a pastagens e plantações de grãos. Inundamos vastas áreas para criar reservatórios que movimentarão geradores de energia, poluímos rios e mares com nossos detritos, enchemos de mercúrio os rios e igarapés atrás de ouro e diamantes.
Será que nunca paramos para pensar quando todo isso, por fim, se voltará sobre nós? Ou sobre nossos filhos? Vejam o caso da pesca industrial, por exemplo. Será que precisamos pescar tudo isso, todo dia?
Dissimar o atun e as baleias, então? E chamamos gentilmente o extermínio de cultural!
Não percebemos que estamos no mesmo barco com o resto dos animais e plantas?
...
Ou é algo assim tão sem sentido?
Alguém escuta?
___________________________________
Verbo
Campos floridos
Nós, como gotas de oceanos
Sistemas
Senescência e Conhecimento
Somos os "Reis da criação" e acreditamos piamente nisso.
Os próximos seremos nós.
As cavernas acabaram, por isso desenhamos e criamos cavernas de pedra para morar sem respeitar a natureza que as rodeia. Quando a soma de TODOS nossos desenhados e criados ingredientes resulta em "calamidades" de toda sorte, clamamos aos céus.
Mesmo não acreditando neles.
Soluções?
Cada um tem a sua.
Não percebemos que somos uma parte de uma enorme rede, quanto mais rápido entendermos este conceito fundamental; melhor!
Todas, e cada uma das nossas ações individuais influenciam nosso meioambiente imediato. Se paramos por um momento e analizarmos qual, ou quais, serão os resultados das nossas ações, e como estas influenciaram as (re)ações daqueles no nosso entorno. E, estes também fizerem este mesmo cálculo.
Nós (todos nós) somos o meio ambiente de alguém.
Será que os avanços, as inovações, o bem-estar geral ficará tão comprometido assim?
Será que se mudamos, por pouco que seja, poderiamos ainda assim modificar o vasto e eterno plano celestial?
Cortamos as árvores porque podem cair encima das nossas casas, incendiamos florestas para dar passo a pastagens e plantações de grãos. Inundamos vastas áreas para criar reservatórios que movimentarão geradores de energia, poluímos rios e mares com nossos detritos, enchemos de mercúrio os rios e igarapés atrás de ouro e diamantes.
Será que nunca paramos para pensar quando todo isso, por fim, se voltará sobre nós? Ou sobre nossos filhos? Vejam o caso da pesca industrial, por exemplo. Será que precisamos pescar tudo isso, todo dia?
Dissimar o atun e as baleias, então? E chamamos gentilmente o extermínio de cultural!
Não percebemos que estamos no mesmo barco com o resto dos animais e plantas?
...
Ou é algo assim tão sem sentido?
Alguém escuta?
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quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Non Sense
Nestes dias falei com minha mãe. Melhor; ela falou comigo ao telefone. Conversa de mãe às vezes não dá muito certo. Mas, mãe é mãe.
Fui tomar uma ducha que, além da conversa, a noite estava quente pra danar.
No meio do banho imaginei o seguinte dialogo:
(filho entra no aposento com pacotes nos braços): "Hola mamá. Te traje un pavo."
[Sim, em espanhol mesmo.]
(Mamá, sentada numa poltrona, assistindo a televisão): (Olha por cima dos óculos e sem mudar de posição) "Es para comer?"
(filho sem perder o que tinha): "No, es para que tengas alguien con quien conversar."
(Mamá): "..."
(filho): "Claro que es para comer! O estarás pensando hacer colección?"
(Mamá, sem desviar o olhar do aparelho): "Espero que hayas traído rón también. El pavo sabe mejor borracho."
O dialogo foi trocado por uma imagem mui antiga de um perú bebado encostado na parede. Agora sei o que rondava a cabeça do bicho: "Me matem, por favor!"
O que usualmente acontecia logo em seguida.
...
Fui tomar uma ducha que, além da conversa, a noite estava quente pra danar.
No meio do banho imaginei o seguinte dialogo:
(filho entra no aposento com pacotes nos braços): "Hola mamá. Te traje un pavo."
[Sim, em espanhol mesmo.]
(Mamá, sentada numa poltrona, assistindo a televisão): (Olha por cima dos óculos e sem mudar de posição) "Es para comer?"
(filho sem perder o que tinha): "No, es para que tengas alguien con quien conversar."
(Mamá): "..."
(filho): "Claro que es para comer! O estarás pensando hacer colección?"
(Mamá, sem desviar o olhar do aparelho): "Espero que hayas traído rón también. El pavo sabe mejor borracho."
O dialogo foi trocado por uma imagem mui antiga de um perú bebado encostado na parede. Agora sei o que rondava a cabeça do bicho: "Me matem, por favor!"
O que usualmente acontecia logo em seguida.
...
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Serendipity
Da primeira Lei de todas as ciências podemos depreender que; a entropia é o/um sistema complexo em equilíbrio.
...
medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo, medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo, medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo, medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo, medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,
medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo, medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,
medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo, medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,
medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo, medo,medo,medo,medo,medo, é o que fica quando a esperança vai embora.
medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo, medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,
medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo, medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,
medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo,medo, medo,medo,medo,medo,medo, é o que fica quando a esperança vai embora.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Motivos
"O conceito de motivação extrínseca é compreendido como um conjunto de práticas de incentivos e premiações concedidas pela organização, tais como: reconhecimento público, condecorações, adicionais salariais, reconhecimento social, recompensas relacionadas ao trabalho e outras formas de incentivos." (Peixoto Mendes, 2006)
Eu, ingenuamente, sempre achei que participar de uma organização, intrinsecamente já implicava em estar motivado a e comprometido com, o éxito de suas estratégias e obtenção de suas visões e objetivos. A menos que nascesse dentro da organização, (você) teria a opção, não uma obrigação, de fazer parte desta ou aquela empresa. E, uma vez feita esta opção, todo seu "cha" (capacidades, habilidades, atitudes) estaria direcionado para o éxito e obtenção dos objetivos mencionados acima.
Uma atenção mais demorada em algumas organizações mostrará que há "agendas pessoais" e motivos dissonantes em quase todos os níveis hierarquicos. E, quanto mais alto na hierarquia organizacional, maior seu número e muito mais difícil de identificar.
Sem contar que é terrivelmente mais difícil de realinhar as visões pessoais com as visões do conjunto.
(continua)
Eu, ingenuamente, sempre achei que participar de uma organização, intrinsecamente já implicava em estar motivado a e comprometido com, o éxito de suas estratégias e obtenção de suas visões e objetivos. A menos que nascesse dentro da organização, (você) teria a opção, não uma obrigação, de fazer parte desta ou aquela empresa. E, uma vez feita esta opção, todo seu "cha" (capacidades, habilidades, atitudes) estaria direcionado para o éxito e obtenção dos objetivos mencionados acima.
Uma atenção mais demorada em algumas organizações mostrará que há "agendas pessoais" e motivos dissonantes em quase todos os níveis hierarquicos. E, quanto mais alto na hierarquia organizacional, maior seu número e muito mais difícil de identificar.
Sem contar que é terrivelmente mais difícil de realinhar as visões pessoais com as visões do conjunto.
(continua)
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Amistad
Será que já pararam para pensar no que significam aquelas intermináveis marchas em alguns treinamentos? Como são monótonas e sem sentido. Vai-se do ponto A até o ponto B e volta. Com canções ou sem elas, definitivamente são um pé! Às vezes dois!
Mas, tira-se algo sutíl dessas atividades; o grupo se escuta como um só, ou começa a perceber unidade. Ordem unida é para fazer TUDO igual ao mesmo tempo.
Um corpo, várias consciências.
Ontem, ao fim da tarde, visitei uma mui querida amiga. Me contou suas "aventuras" desde a última vez que nos vimos. E, eu falei dos caleidoscópios, que crescerão se ela os iluminar com tempo.
Andamos juntos por um bom tempo das nossas vidas. Aprendemos a nos respeitar e amar com todas minhas ilimitadas limitações. Foi bom para recarregar e saber que estamos.
sábado, 7 de novembro de 2009
matilha
Faço parte da Escola de Redes (E=R) e tenho aprendido muito sobre interação social e modos enquanto lia os comentários e interações no grupo.
Hoje lí um tema de discussão sobre os recentes acontecimentos na Uniban, e comecei a responder, mas desistí não sei bem porquê.
Eis aonde estava:
"O que vimos foi um exemplo de "esconder-se na multidão", a expressão de desejos reprimidos individualmente expressos pelo "grupo". Esses indivíduos deixaram de ser Manoel, João, Sebastião e Miguel para ser um manejãotiãoeguel amorfo. Estavam usando o que aprenderam nos joguinhos de role-playing. Tiraram a persona do virtual para inserí-la na realidade, uma vez que dificilmente seriam identificados (?). O último não tinha a menor consciência de qual era o motivo mas seu primitivo era a voz mais alta que ele escutava.
Animais de matilha atrás de uma presa.
Me pergunto se alguma vez passou pela cabeça desses "animais de matilha" a possibilidade deles mesmos ser "a presa" de treinamentos subliminares.
Não, acho que nem chegariam a ver essa possibilidade. (O que é subliminares, mesmo?)
ELES são fortes!!!
ELES são o máximo!
ELES são estudantes universitários!!!
..."
Estamos lascados!
Animais de matilha caçam para comer, não por esporte ou diversão.
Hoje lí um tema de discussão sobre os recentes acontecimentos na Uniban, e comecei a responder, mas desistí não sei bem porquê.
Eis aonde estava:
"O que vimos foi um exemplo de "esconder-se na multidão", a expressão de desejos reprimidos individualmente expressos pelo "grupo". Esses indivíduos deixaram de ser Manoel, João, Sebastião e Miguel para ser um manejãotiãoeguel amorfo. Estavam usando o que aprenderam nos joguinhos de role-playing. Tiraram a persona do virtual para inserí-la na realidade, uma vez que dificilmente seriam identificados (?). O último não tinha a menor consciência de qual era o motivo mas seu primitivo era a voz mais alta que ele escutava.
Animais de matilha atrás de uma presa.
Me pergunto se alguma vez passou pela cabeça desses "animais de matilha" a possibilidade deles mesmos ser "a presa" de treinamentos subliminares.
Não, acho que nem chegariam a ver essa possibilidade. (O que é subliminares, mesmo?)
ELES são fortes!!!
ELES são o máximo!
ELES são estudantes universitários!!!
..."
Estamos lascados!
Animais de matilha caçam para comer, não por esporte ou diversão.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Cherubs
(Do jeito que as coisas vão)
Vai chegar o dia em que museus e bibliotecas serão considerados um gasto inútil de espaço precioso com quinquilharias e cacarecos que ninguem saberá usar. Voltaremos à tradição oral e aos ícones virtuais.
Nossos filhos têm acesso a todo tipo de informação sem nenhum filtro e com o mínimo esforço. Repetem, feito papagaios, informações lidas em conclusões de um outro tempo. Um outro mundo. Criamos neles (pois todos somos culpados por omissão) a certeza de que o que sabemos é certo. Que há sempre duas culturas: a civilizada e a outra (Lévi-Strauss, me ajuda). Que o diferente está errado, até mesmo por ser diferente.
Engenheiros desenharão máquinas que farão o esforço. O processo será único: da coleta da materia prima, a usinagem, a fundição e os moldes até a montagem do produto final. Tudo sem esforço e nem a menor noção de porquê. Voltaremos à época em que até um came precisava de explicação e ainda era considerado quase mágico. Você sabe o que é um came, não sabe?
A pesquisa booleana* ainda será o máximo!
Quem souber usar os operadores será considerado um gênio! As combinações serão reduzidas a: E, OU e NÃO. Todas as perguntas serão respondidas com um mínimo de desperdício.
E será o certo.
Será?
É isto que pretendemos ou então, é esta a melhor solução?
A Tv como ama seca e a internet como tutora?
Gosto quando minha filha, agora já moçona, me pergunta e senta para ouvir a explicação do pouco que sei ou acho que sei. E do seu entusiasmo quando "a ficha cai" ao encontrar a informação certa..
Mas, são poucos momentos.
...
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Vai chegar o dia em que museus e bibliotecas serão considerados um gasto inútil de espaço precioso com quinquilharias e cacarecos que ninguem saberá usar. Voltaremos à tradição oral e aos ícones virtuais.
Nossos filhos têm acesso a todo tipo de informação sem nenhum filtro e com o mínimo esforço. Repetem, feito papagaios, informações lidas em conclusões de um outro tempo. Um outro mundo. Criamos neles (pois todos somos culpados por omissão) a certeza de que o que sabemos é certo. Que há sempre duas culturas: a civilizada e a outra (Lévi-Strauss, me ajuda). Que o diferente está errado, até mesmo por ser diferente.
Engenheiros desenharão máquinas que farão o esforço. O processo será único: da coleta da materia prima, a usinagem, a fundição e os moldes até a montagem do produto final. Tudo sem esforço e nem a menor noção de porquê. Voltaremos à época em que até um came precisava de explicação e ainda era considerado quase mágico. Você sabe o que é um came, não sabe?
A pesquisa booleana* ainda será o máximo!
Quem souber usar os operadores será considerado um gênio! As combinações serão reduzidas a: E, OU e NÃO. Todas as perguntas serão respondidas com um mínimo de desperdício.
E será o certo.
Será?
É isto que pretendemos ou então, é esta a melhor solução?
A Tv como ama seca e a internet como tutora?
Gosto quando minha filha, agora já moçona, me pergunta e senta para ouvir a explicação do pouco que sei ou acho que sei. E do seu entusiasmo quando "a ficha cai" ao encontrar a informação certa..
Mas, são poucos momentos.
...
CAMEEm engenharia mecânica, o came é uma parte de uma roda ou eixo giratório ressaltada e projetada para transmitir um movimento alternado ou variável a um outro mecanismo. É um elemento fabricado de algum material (madeira, metal, plástico) que tem seu contorno modificado para que seu movimento rotativo, cause um novo movimento em linha reta. Desse modo, conforme gira, o came informa ao seu contato que o giro foi efetuado, gerando um novo movimento, que por sua vez, pode gerar novos movimentos.
came |
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sábado, 24 de outubro de 2009
portrait
Para escrever bem, escreva antes de algo que saiba.
Sei, um pouco, de mim. Por isso, lá vai:
Quiz ser astronauta... por motivos óbvios desistí;
quiz ser joquey... muito alto (o cavalo);
quiz ser piloto de avião... sou mais cego que um morcego;
Engenheiro em eletrónica... terrível em física, eletricidade então;
Médico... minhas provas de biologia eram o próprio samba do criolo dóido;
Palhaço... meu humor não é lá aquelas coisas;
Cantor, músico... sssshhhhh;
Ator... morro de vergonha;
Ficava sem opções!
Era um desenho inacabado!
De fora me vinham tantas limitações de dentro!
Podia imaginar o que fosse, sempre encontraria impedimento.
Podia imaginar... (silêncio);
Podia [vi]ver mil forma em caos... ;
Podia cometer erros que outros nem imaginariam que existissem... ;
Posso me movimentar por essa massa sem ferir e ainda encontrar sentido... ;
Posso sonhar acordado, nefelibatar adoidado!
Não ligo mais para o riso nervoso de quem não entendeu, ou os: "lá vai ele de novo...";
Passar para papel e alguem ainda pensar: "Por qué não ví isso primeiro?"
Tantas opções certas!!
Caleidoscópios são cores que se movem e nunca dizem sempre a mesma coisa.
(K=nN+1 imagens diferentes formadas pela mesma informação)
Sei, um pouco, de mim. Por isso, lá vai:
Quiz ser astronauta... por motivos óbvios desistí;
quiz ser joquey... muito alto (o cavalo);
quiz ser piloto de avião... sou mais cego que um morcego;
Engenheiro em eletrónica... terrível em física, eletricidade então;
Médico... minhas provas de biologia eram o próprio samba do criolo dóido;
Palhaço... meu humor não é lá aquelas coisas;
Cantor, músico... sssshhhhh;
Ator... morro de vergonha;
Ficava sem opções!
Era um desenho inacabado!
De fora me vinham tantas limitações de dentro!
Podia imaginar o que fosse, sempre encontraria impedimento.
Podia imaginar... (silêncio);
Podia [vi]ver mil forma em caos... ;
Podia cometer erros que outros nem imaginariam que existissem... ;
Posso me movimentar por essa massa sem ferir e ainda encontrar sentido... ;
Posso sonhar acordado, nefelibatar adoidado!
Não ligo mais para o riso nervoso de quem não entendeu, ou os: "lá vai ele de novo...";
Passar para papel e alguem ainda pensar: "Por qué não ví isso primeiro?"
Tantas opções certas!!
Caleidoscópios são cores que se movem e nunca dizem sempre a mesma coisa.
(K=nN+1 imagens diferentes formadas pela mesma informação)
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Imagens
Tive que explicar a "dança" das redes sociais. Não é propriamente uma dança, mas o movimento flúido de enxame que percebo nas redes sociais. Explicar a Teoria do Enxame (Swarm Theory) visualmente. Foi um exercício de 100m rasos. Muito rápido.
Princípio, meio e fim.
Mas, como em todo 100m, o fim é decepcionante para os corredores, pois a corrida acaba.
A energia estocada, sua liberação em conexões neurais e relações lógicas (ou não) para a construção de imagens verbais que descrevam um cenário dinámico tridimensional onde o receptor pudesse se situar ao meu lado, ou criar sua própria leitura da descrição, e ver. Trocamos informações e não somos mais os mesmos.
Defendo a tese de que TUDO está ligado.
E uso as redes para explicar essa conexão. Começamos falando sobre educação, teses, apreciações e desenvolvimentos, passando por matemática, Luiz Gonzaga, Paulo Freire, realidades e meio-ambiente.
Terminamos com: "vamos tomar um chop e chamar mais gente."
Isto, se fosse um mundo ideal, deveria ter acontecido uns trinta e poucos anos atrás. Aconteceu ontem.
Princípio, meio e fim.
Mas, como em todo 100m, o fim é decepcionante para os corredores, pois a corrida acaba.
A energia estocada, sua liberação em conexões neurais e relações lógicas (ou não) para a construção de imagens verbais que descrevam um cenário dinámico tridimensional onde o receptor pudesse se situar ao meu lado, ou criar sua própria leitura da descrição, e ver. Trocamos informações e não somos mais os mesmos.
Defendo a tese de que TUDO está ligado.
E uso as redes para explicar essa conexão. Começamos falando sobre educação, teses, apreciações e desenvolvimentos, passando por matemática, Luiz Gonzaga, Paulo Freire, realidades e meio-ambiente.
Terminamos com: "vamos tomar um chop e chamar mais gente."
Isto, se fosse um mundo ideal, deveria ter acontecido uns trinta e poucos anos atrás. Aconteceu ontem.
domingo, 18 de outubro de 2009
Narizinho
Criação de comportamentos é um pouco complicado.
Explico; temos uma vaca (mini-jersey) que não pode ver nosso carro entrar no sítio que vem atrás de comida. Se estaciono fora do lugar usual, ela fica esperando o "final da manobra", onde costumo estacionar.
Toda uma "flanelinha bovina".
Descarregar é como passar pela inspeção no aeroporto de Dulles. Vacas não sabem ser delicadas, ela quer verdura!!
Ok, que ela está engordando e que a verdura seja parte da sua ração, mas não podia esperar no curral, não?
Como foi criado esse comportamento zoo-patológico? Foi um descuído, creio. Ela, sendo pequena, consegue ficar solta pelo terreno da casa e pasta tranquilamente. Um belo dia, calhou que cheguei com um carregamento de verduras para suplementar a forragem e ela estava por perto. Como quem não quer nada foi chegando perto. Foi unir a fome com a vontade de comer, literalmente.
Avançou nos sacos de verdura como Pantagruel bovino.
Repolhos!!!
Ahn, desenvolveu uma predileção insana por repolhos. E também por escarola, alface, tomate, cenouras e abobrinhas, maças. Beterrabas não gosta muito porque, apesar de doces, são mais duras e não dá para engolir inteiras. Mas já a ví enfrentando, brava e determinadamente, uma beterraba tamanho salada-família.
O único que essa vaca tem de mini é o tamanho. Gulodice tem por um rebanho.
Explico; temos uma vaca (mini-jersey) que não pode ver nosso carro entrar no sítio que vem atrás de comida. Se estaciono fora do lugar usual, ela fica esperando o "final da manobra", onde costumo estacionar.
Toda uma "flanelinha bovina".
Descarregar é como passar pela inspeção no aeroporto de Dulles. Vacas não sabem ser delicadas, ela quer verdura!!
Ok, que ela está engordando e que a verdura seja parte da sua ração, mas não podia esperar no curral, não?
Como foi criado esse comportamento zoo-patológico? Foi um descuído, creio. Ela, sendo pequena, consegue ficar solta pelo terreno da casa e pasta tranquilamente. Um belo dia, calhou que cheguei com um carregamento de verduras para suplementar a forragem e ela estava por perto. Como quem não quer nada foi chegando perto. Foi unir a fome com a vontade de comer, literalmente.
Avançou nos sacos de verdura como Pantagruel bovino.
Repolhos!!!
Ahn, desenvolveu uma predileção insana por repolhos. E também por escarola, alface, tomate, cenouras e abobrinhas, maças. Beterrabas não gosta muito porque, apesar de doces, são mais duras e não dá para engolir inteiras. Mas já a ví enfrentando, brava e determinadamente, uma beterraba tamanho salada-família.
O único que essa vaca tem de mini é o tamanho. Gulodice tem por um rebanho.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Lembranças
domingo, 11 de outubro de 2009
Não sei
Quanto tempo leva para uma idéia viajar do cérebro até o coração?
Para uma imagem tornar-se paixão?
Hoje tenho prova, e uma certeza; fiz bem em não cursar direito.
Não há paixão.
Para uma imagem tornar-se paixão?
Hoje tenho prova, e uma certeza; fiz bem em não cursar direito.
Não há paixão.
domingo, 4 de outubro de 2009
Xadres
Meu irmão diria: "insegurança", eu digo: "gestão de risco".
Explico; toda esta milimétricamente calculada dança de avanços e retrocessos qua alguns chamam de acaso e outros chamam e só dá ocupado, genericamente conhecida como: vida.
Um jogo de xadres, onde os extremos não têm a menor importância; o que importa mesmo é o miolo. O entretanto mais que os finalmente. Os extremos são farto conhecidos: nascimento e morte. Todos passamos por lá, pelo menos uma vez em cada.
É como checkpoints.
A energia se transforma nesta gelatina opaca que nos compõe, é identificada e entramos -debutamos- no mundo e depois de certo tempo a gelatina opaca se decompõe em energia e seguimos nosso caminho. Agora re-unidos ao vasto TUDO de onde antes saímos.
O xadres de que falava é uma representação das múltiplas alternativas que se nos apresentam em qualquer determinado momento de esse entretanto. Frente, atrás acima, abaixo, ontem e amanhã. E a (pré-)visão dos resutados e interferências das nossas respostas às próximas alternativas a serem presentadas. Cenários complementares gerados por operadores incompatíveis, e todas essa conversa.
Imgine uma resposta agora que possa influenciar uma ação que você fez, faz mais de cinco anos.
Sim, leu direito. Volte a ler. Faz sentido.
Ou você acha que a luz se espalha somente num sentido?
Explico; toda esta milimétricamente calculada dança de avanços e retrocessos qua alguns chamam de acaso e outros chamam e só dá ocupado, genericamente conhecida como: vida.
Um jogo de xadres, onde os extremos não têm a menor importância; o que importa mesmo é o miolo. O entretanto mais que os finalmente. Os extremos são farto conhecidos: nascimento e morte. Todos passamos por lá, pelo menos uma vez em cada.
É como checkpoints.
A energia se transforma nesta gelatina opaca que nos compõe, é identificada e entramos -debutamos- no mundo e depois de certo tempo a gelatina opaca se decompõe em energia e seguimos nosso caminho. Agora re-unidos ao vasto TUDO de onde antes saímos.
O xadres de que falava é uma representação das múltiplas alternativas que se nos apresentam em qualquer determinado momento de esse entretanto. Frente, atrás acima, abaixo, ontem e amanhã. E a (pré-)visão dos resutados e interferências das nossas respostas às próximas alternativas a serem presentadas. Cenários complementares gerados por operadores incompatíveis, e todas essa conversa.
Imgine uma resposta agora que possa influenciar uma ação que você fez, faz mais de cinco anos.
Sim, leu direito. Volte a ler. Faz sentido.
Ou você acha que a luz se espalha somente num sentido?
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Pintinhos
Dois dias de nascidos e já são capazes de armar o maior escandalo.
Estes três pintinhos são a última fornada da chocadeira que temos em casa. Tem mais perú e ganso para nascer, mas esses levam muito mais tempo.
Estes serão os "mestres"; ensinarão os pequenos a comer e beber.
Isto, claro, se o gato não os pegar até lá.
Depois levaremos todos para o sítio e os soltaremos junto com os outros que lá estão.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
instrumentos 1
Lembrete para mim mesmo:
Estou participando de um projeto de gestão do conhecimento desenvolvido em uma grande empresa. Nestes dias atrás estive fazendo um relatório das entrevistas acontecidas e cheguei a um impasse: a leitura me levava por um caminho, mas a solução sempre parecia ser outra coisa.
Temos que tomar cuidado ao entrevistar e não "interpretar" as respostas. Somos (nós os entrevistadores) um meio que pode distorcer as mensagens assim que entrarem em contato conosco.
O que somos tinge as respostas dos outros.
E é quase impossível voltar atrás. O momento se perde. Taquigrafia seria um bom paliativo a esta doença. Um gravador seria melhor ainda.
Nem sei mais se as escolas de comunicação ensinam ainda (ou se já ensinaram alguma vez) instrumentação básica (101). Taquigrafia ou estenografia seria um bom instrumento para usar nas entrevistas.
Saber as perguntas antes de chegar ao evento seria uma ótima estratégia, também. Assim não perderiamos tempo pensando no que perguntar enquanto o entrevistado responde.
Estou participando de um projeto de gestão do conhecimento desenvolvido em uma grande empresa. Nestes dias atrás estive fazendo um relatório das entrevistas acontecidas e cheguei a um impasse: a leitura me levava por um caminho, mas a solução sempre parecia ser outra coisa.
Temos que tomar cuidado ao entrevistar e não "interpretar" as respostas. Somos (nós os entrevistadores) um meio que pode distorcer as mensagens assim que entrarem em contato conosco.
O que somos tinge as respostas dos outros.
E é quase impossível voltar atrás. O momento se perde. Taquigrafia seria um bom paliativo a esta doença. Um gravador seria melhor ainda.
Nem sei mais se as escolas de comunicação ensinam ainda (ou se já ensinaram alguma vez) instrumentação básica (101). Taquigrafia ou estenografia seria um bom instrumento para usar nas entrevistas.
Saber as perguntas antes de chegar ao evento seria uma ótima estratégia, também. Assim não perderiamos tempo pensando no que perguntar enquanto o entrevistado responde.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Ciclos
Comecei minha vida profissional como ilustrador e desenhista. Usava minha profissão para ajudar na transferência de informação. De professores para alunos, de professores para professores e para publicações. Fui um ilustrador científico por muito tempo antes de trabalhar com computadores e internet. A medida que desenvolvia meu trabalho entendí, aos poucos, o processo do qual participava. Algumas vezes mais rápido que outras. Algumas vezes mais facilmente que outras. Estava no meio de um processo bem maior.
Transformava conhecimento em informação para poder ser transformado em conhecimento novamente.
Tive a sorte -e ajuda- de ter contato com gente que antes de mim já tinha percebido o processo e participava ativamente dele. A Fiammetta Palácio, o Luis Carlos U. Junqueira, Humberto Torloni e Ricardo Brentani entre outros. Mas acho que só estes já deram parámetros suficientes para meu desenvolvimento. Lhes agradeço. Muito.
O resto era comigo.
Antes de poder desenvolver meu "produto" tinha que entender o que era e seria. Acabei no meio tempo aprendendo a aprender e a melhor explicar. Transformava processos em signos, gráficos e referentes. E, não tardou muito, fazia o contrario com igual rapidez. Me divertia com meu serviço e gostava de participar na descoberta de novas formas de completá-lo.
Processos mecânicos, repetitivos de laboratório (fotográfico) foram sempre meu horror! Saber o tempo certo, até o último instante e seu resultado esperado era exasperante. Mil vezes enfrentar um rabisco a ser transformado do que entrar numa cámara escura a processar filmes.
Confesso que não poucas vezes fiquei o dia inteiro fazendo isso. Sabia de cor, era mecânico mesmo. Minhas pupilas dilatavam buscando luz. Meus olhos pareciam olhos de esquilo quando saia de lá. Meu favorito mesmo era transformar a informação sem forma.
Pequeno desvio, volto ao assunto.
Dizia que cheguei à conclusão que estava no limiar de algo bem maior. Percebi que os processos de transformação e transferência aconteciam em vários niveis ao mesmo tempo. Em todos os sentidos, velocidades e ordens. Focando qualquer um desses processos, veriamos um caleidoscópio de múltiplas imagens respondendo à mesma quantidade de informação. Como em Anscombe. Ou fractais (me repito?).
Precisava de ordem ou explicação. Entender conhecimento e como ele transformava tudo a sua volta. Acabei fazendo pós-graduação (especialização) em Gestão de Conhecimento. Foi mais um passo à frente. Muitas coisas que antes suspeitava tomaram forma. Estou criando uma base formal acadêmica. Talvéz não tenha mudado muito pessoalmente, continuo sem olhos azuis, nem podendo tocar piano como Liberace. Mas agora consigo entender melhor, às vezes. Hoje percebo melhor os processos de transferência e transformação. Sei o nome e o conceito. Consigo focar e identificar. Acabou o temor da luz.
Consigo explicar.
Como fiz agora.
...
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Mão pesada
Hoje de manhã, no rádio do carro, escutei um comentarista falar sobre a "mão pesada" do governo na gestão da economia.
Falava sobre a "crise mundial" e, dizia ele resumidamente, que: "algumas áreas da economia -notadamente bancos e montadoras de veículos- ao ver-se em apuros não pensaram duas vezes antes de virar-se para o governo (estou falando do governo de qualquer país, não necessáriamente o Brasil) e pedir auxílio. $ocorro$.
Seu (deles lá) maior argumento era o de que se quebrassem a demissão em massa geraria um colapso social calamitoso. A perda da confiança nas estruturas democráticas, o retrocesso social, o diabo solto, e por ai afora. Tudo implícito num discurso já gasto, ladino e sem-vergonha.
Concordo com isso, em partes.
Se a demissão de um já cria tensão, imaginem demissão em massa.
Lembram das pedras que falei antes, em iteração-iterações?
Isso seria um bruta pedrão!!
Mas, como a corda arrebenta sempre pelo lado mais fraco. É demissão de funcionários, a massa do povo, por mais qualificado que seja na sua função. Nunca veremos demissão de diretoria, gerência ou gestores. A miopia na gestão empresarial é castigada com cursos de reciclagem, quando muito. No exterior. Com tudo pago e direito a acompanhante(s).
...
Deixemos os spa dos flagelados e voltemos à mão pesada do governo.
Aqui sempre me vêm à cabeça dois pontos diferentes:
1. Porquê o governo (seja lá de onde for, repito) teria que pagar pela incompetência das empresas privadas? Ainda mais pagar com dinheiro nosso, do povo?? Somos excluídos se não o temos e somos taxados por tê-lo! Em qualquer uma dessas situações ninguém me/nós pergunta se quero/emos participar, nem como? Não entanto são capazes de decidir o que fazer com o dinheiro que tiraram de mim/nós com taxas e impostos.
E vejo que não é, de forma alguma, para aliviar minha/nossa situação atual ou daqui a alguns anos.
Contudo é usado sim para aliviar resultados de gestão incompetente, imprevidente, prepotente e amadora. Nem pode ser classificada de diletante!
E;
2. Água, energia e comunicações.
Será que sou só eu ou ninguém percebe que essas três "commodities" são de importância vital para qualquer país. No Brasil, então... somos abençoados por ter água em abundância. (Ou acreditar nessa falácia.) De ela geramos energia mais barata do que usando combustíveis fósseis.
Comunicações... bom, dois de três não está mal.
Segurança nacional era um conceito que escutava repetir ad nauseam quando estava na faculdade (anos 70~80). Será que ninguém aprendeu nada com aquela lenga-lenga toda? Será que ninguém está vendo para onde vamos em pouco tempo?
Quem está dirigindo esta droga??
Vejam a hierarquia de qualquer exército que se leve a sério! Comunicações, Combustíveis e Suprimentos (Intendência, acho). G2 e G4, se não me engano!!
Commodities muito caras para ser deixadas nas mãos do governo, certo?
Errado!!
Vejam as implicações possíveis! Vejam nas mãos de quem estão todos esses recursos.
Vejam como chegaram até eles. Pensem um pouco.
Pensem devagar... mais devagar...
Já que está pensando, pense os motivos por detrás das políticas econômicas. Ou melhor ainda, pense nos motivos por trás das filosofias econômicas! Pense em Keynes e em Hayek, digo neo-liberlismo.
Pense na aplicação dessas filosofias. Não por serem novas, mas por ser melhores que as anteriores. O que as torna melhores? Qual sua aplicação e benefícios onde são aplicadas? Como foram aplicadas? Quem a aplicou?
O "bolo" chegou a crescer? Foi repartido?
Quem ficou com minha parte?
...
E a sua?
As notícias são o que você assiste entre os comerciais.
[inconclus...]
Falava sobre a "crise mundial" e, dizia ele resumidamente, que: "algumas áreas da economia -notadamente bancos e montadoras de veículos- ao ver-se em apuros não pensaram duas vezes antes de virar-se para o governo (estou falando do governo de qualquer país, não necessáriamente o Brasil) e pedir auxílio. $ocorro$.
Seu (deles lá) maior argumento era o de que se quebrassem a demissão em massa geraria um colapso social calamitoso. A perda da confiança nas estruturas democráticas, o retrocesso social, o diabo solto, e por ai afora. Tudo implícito num discurso já gasto, ladino e sem-vergonha.
Concordo com isso, em partes.
Se a demissão de um já cria tensão, imaginem demissão em massa.
Lembram das pedras que falei antes, em iteração-iterações?
Isso seria um bruta pedrão!!
Mas, como a corda arrebenta sempre pelo lado mais fraco. É demissão de funcionários, a massa do povo, por mais qualificado que seja na sua função. Nunca veremos demissão de diretoria, gerência ou gestores. A miopia na gestão empresarial é castigada com cursos de reciclagem, quando muito. No exterior. Com tudo pago e direito a acompanhante(s).
...
Deixemos os spa dos flagelados e voltemos à mão pesada do governo.
Aqui sempre me vêm à cabeça dois pontos diferentes:
1. Porquê o governo (seja lá de onde for, repito) teria que pagar pela incompetência das empresas privadas? Ainda mais pagar com dinheiro nosso, do povo?? Somos excluídos se não o temos e somos taxados por tê-lo! Em qualquer uma dessas situações ninguém me/nós pergunta se quero/emos participar, nem como? Não entanto são capazes de decidir o que fazer com o dinheiro que tiraram de mim/nós com taxas e impostos.
E vejo que não é, de forma alguma, para aliviar minha/nossa situação atual ou daqui a alguns anos.
Contudo é usado sim para aliviar resultados de gestão incompetente, imprevidente, prepotente e amadora. Nem pode ser classificada de diletante!
E;
2. Água, energia e comunicações.
Será que sou só eu ou ninguém percebe que essas três "commodities" são de importância vital para qualquer país. No Brasil, então... somos abençoados por ter água em abundância. (Ou acreditar nessa falácia.) De ela geramos energia mais barata do que usando combustíveis fósseis.
Comunicações... bom, dois de três não está mal.
Segurança nacional era um conceito que escutava repetir ad nauseam quando estava na faculdade (anos 70~80). Será que ninguém aprendeu nada com aquela lenga-lenga toda? Será que ninguém está vendo para onde vamos em pouco tempo?
Quem está dirigindo esta droga??
Vejam a hierarquia de qualquer exército que se leve a sério! Comunicações, Combustíveis e Suprimentos (Intendência, acho). G2 e G4, se não me engano!!
Commodities muito caras para ser deixadas nas mãos do governo, certo?
Errado!!
Vejam as implicações possíveis! Vejam nas mãos de quem estão todos esses recursos.
Vejam como chegaram até eles. Pensem um pouco.
Pensem devagar... mais devagar...
Já que está pensando, pense os motivos por detrás das políticas econômicas. Ou melhor ainda, pense nos motivos por trás das filosofias econômicas! Pense em Keynes e em Hayek, digo neo-liberlismo.
Pense na aplicação dessas filosofias. Não por serem novas, mas por ser melhores que as anteriores. O que as torna melhores? Qual sua aplicação e benefícios onde são aplicadas? Como foram aplicadas? Quem a aplicou?
O "bolo" chegou a crescer? Foi repartido?
Quem ficou com minha parte?
...
E a sua?
As notícias são o que você assiste entre os comerciais.
[inconclus...]
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quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Iteração-iterações
Ultimamente venho percebendo resultados diferentes no meu trabalho. O que faço, o resultado do que faço, começa a tecer relações -às vezes nem tão lógicas assim- com outros usos e processos.
...
Acabei lembrando das ondas criadas quando jogamos uma pedra na água, por exemplo. Sempre deixamos de perceber que a onda também cresce para baixo, dentro da água. Só que de uma forma diferente. O que vemos é o ajuste de um objeto no espaço quando atingido por um outro objeto a ocupar o mesmo espaço. Tudo relacionado com as características físicas específicas da água e da pedra. Ou, dos objetos que entrem em contato e sua densidade especifica.
E, blah-blah-blah...
Um modelo teórico para uma explicação.
...
Imaginem, um monte de pedras -todas diferentes entre si- a atingir a água ao mesmo tempo. As ondas seriam diferentes entre si também, lógico. O encontro dessas ondas criaria novas formas que, quando somadas, não teriam relação com as ondas originais. Seriam resultado da "soma" de diferentes ondas diferentes. Bolhas diferentes....
Somos atingidos diáriamente por "pedras incidentais". Nós mesmos somos elas, para os outros. E para o ambiente em que estamos. O que somos, o que pensamos e o que fazemos, ou não, são as tais "pedras".
...
Acabei lembrando das ondas criadas quando jogamos uma pedra na água, por exemplo. Sempre deixamos de perceber que a onda também cresce para baixo, dentro da água. Só que de uma forma diferente. O que vemos é o ajuste de um objeto no espaço quando atingido por um outro objeto a ocupar o mesmo espaço. Tudo relacionado com as características físicas específicas da água e da pedra. Ou, dos objetos que entrem em contato e sua densidade especifica.
E, blah-blah-blah...
Um modelo teórico para uma explicação.
...
Imaginem, um monte de pedras -todas diferentes entre si- a atingir a água ao mesmo tempo. As ondas seriam diferentes entre si também, lógico. O encontro dessas ondas criaria novas formas que, quando somadas, não teriam relação com as ondas originais. Seriam resultado da "soma" de diferentes ondas diferentes. Bolhas diferentes....
Somos atingidos diáriamente por "pedras incidentais". Nós mesmos somos elas, para os outros. E para o ambiente em que estamos. O que somos, o que pensamos e o que fazemos, ou não, são as tais "pedras".
...
Quer ver isso de outra forma?
Veja "The Story of Stuff" no seguinte link: http://www.storyofstuff.com/
e pense livremente. Não somente aqui e agora, mas ontem e de aqui a cinco anos.
8-)
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Nós, como gotas de oceanos
Sistemas
Humanos
Mão pesada
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sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Distraído
Parei para que todos os EU nos encontrássemos aqui. Nós esperaremos por mim.
Sempre há uns mais rápidos e outros que se encantam com o caminho.
Teremos que nos adiantar e voltar para o mesmo ponto; aqui.
Como, mais ou menos, diria Napoleão: "Estamos nos (re)agrupando. É essa turma que saiu do bosque, com as baterias apontadas contra nós, que atrapalha!"
...
...
Nem sei porque, me lembrei de um professor e chefe que tive faz algum tempo; o Dr. Luiz Carlos U. Junqueira. Causou uma mudança significativa na minha vida. Entre outras coisas, me mostrou que um corte de 4 micra quando visto ao microscópio dava a impressão de ser um corredor de mais de 10 metros, fora de foco. Muita informação para análise precisa.
Reduz-se a espessura do corte.
Foco e campo focal.
Porque de tudo isto?
Um microscópio vé por planos. O campo focal do microscópio é quase nada.
Vemos um plano só. Além ou aquém estará fora da nossa percepção.
(Nós)Somos ensinados a prestar atenção! A reduzir nosso plano focal.
Quantas vezes não veio no meu boletim: "Distraído" Por estar aqui, alí e lá, ao mesmo tempo que me contavam que o Rei Felipe II fechara as fronteiras da Espanha porque, resumidamente, era um banana real. Quase num ruído branco capaz de embalar bovinos.
E, como explicar para meus pais, então?
Nunca tive explicação convincente. Como dá-la se meu corpo estava alí, meus olhos estavam lá, e meu 'cérebro' . . . saiu para um cafezinho?
Enquanto todos éramos/somos/seremos um.
Criar novos significados para informação recente não é aprender?
Poder usar este novo aprendizado não é criar informação nova?
Isso eu conseguia fazer sem esforço.
Eram eles que não prestavam atenção.
Energia é...
Porque de tudo isto?
Um microscópio vé por planos. O campo focal do microscópio é quase nada.
Vemos um plano só. Além ou aquém estará fora da nossa percepção.
(Nós)Somos ensinados a prestar atenção! A reduzir nosso plano focal.
Quantas vezes não veio no meu boletim: "Distraído" Por estar aqui, alí e lá, ao mesmo tempo que me contavam que o Rei Felipe II fechara as fronteiras da Espanha porque, resumidamente, era um banana real. Quase num ruído branco capaz de embalar bovinos.
E, como explicar para meus pais, então?
Nunca tive explicação convincente. Como dá-la se meu corpo estava alí, meus olhos estavam lá, e meu 'cérebro' . . . saiu para um cafezinho?
Enquanto todos éramos/somos/seremos um.
Criar novos significados para informação recente não é aprender?
Poder usar este novo aprendizado não é criar informação nova?
Isso eu conseguia fazer sem esforço.
Eram eles que não prestavam atenção.
Energia é...
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Zen
Já tentou ver uma pedra crescer?
Já tentou entender as coisas simples?
Já prestou atenção nas relações que existem entre as coisas simples e sistemas complexos?
Imagine o seguinte:
Numa máquina, tire um dente de uma engrenagem pequena. E espere.
Parece receita de pão: misture a massa, deixe descansar. Não?
...
A massa, por processos químicos, irá crescer.
A máquina, por processos físicos, irá travar ou, no mínimo, esquentar acima do normal.
Dependendo do tipo da máquina o estrago será pior.
Um só dente.
Mas, não se preocupe. É uma máquina imaginária.
Um widget.
Tanto quanto g-a-t-c são dentes em uma engrenagem auto-similar.
Já tentou entender as coisas simples?
Já prestou atenção nas relações que existem entre as coisas simples e sistemas complexos?
Imagine o seguinte:
Numa máquina, tire um dente de uma engrenagem pequena. E espere.
Parece receita de pão: misture a massa, deixe descansar. Não?
...
A massa, por processos químicos, irá crescer.
A máquina, por processos físicos, irá travar ou, no mínimo, esquentar acima do normal.
Dependendo do tipo da máquina o estrago será pior.
Um só dente.
Mas, não se preocupe. É uma máquina imaginária.
Um widget.
Tanto quanto g-a-t-c são dentes em uma engrenagem auto-similar.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Tentativa & Erros
Vamos nos permitir.
Engraçado isso funciona muito bem para o Lulú na música, mas cá fora o negócio é bem diferente.
Somos treinados para lutar, vencer, atingir nossos objetivos, exigir sempre mais de nós mesmos.
E a cada objetivo atingido começamos de novo, como castigo de Sísifo.
Esquecemos de nos permitir.
E, ficar mais velhos é, muitas vezes, sinônimo de ficar sem graça ao invés de ficar mais "leves". Toda essa 'experiência' deveria nos elevar, não nos afundar em depressão.
Nos levamos muito a sério... esquecemos de rir, como se o riso fosse demérito.
Nos tornamos tristes.
Errar é sinônimo de incompetência e não de tentativa. (Como?!)
Logo o erro é tão bem vindo quanto uma dor de barriga no elevador. Ou pior.
Contudo, o erro nos leva a trilhar caminhos que, de outra forma, nem pensaríamos. A ver paisagens inesperadas e surpreendentes. Novas perspectivas para velhos temas.
Novas relações e conexões inusitadas. Inovadoras.
Os erros valem menos que a tentativa.
...
Engraçado isso funciona muito bem para o Lulú na música, mas cá fora o negócio é bem diferente.
Somos treinados para lutar, vencer, atingir nossos objetivos, exigir sempre mais de nós mesmos.
E a cada objetivo atingido começamos de novo, como castigo de Sísifo.
Esquecemos de nos permitir.
E, ficar mais velhos é, muitas vezes, sinônimo de ficar sem graça ao invés de ficar mais "leves". Toda essa 'experiência' deveria nos elevar, não nos afundar em depressão.
Nos levamos muito a sério... esquecemos de rir, como se o riso fosse demérito.
Nos tornamos tristes.
Errar é sinônimo de incompetência e não de tentativa. (Como?!)
Logo o erro é tão bem vindo quanto uma dor de barriga no elevador. Ou pior.
Contudo, o erro nos leva a trilhar caminhos que, de outra forma, nem pensaríamos. A ver paisagens inesperadas e surpreendentes. Novas perspectivas para velhos temas.
Novas relações e conexões inusitadas. Inovadoras.
Os erros valem menos que a tentativa.
...
terça-feira, 21 de julho de 2009
Listen!
Shut up, Stop whining, and get a life! by Larry Winget.
Comecei a ler o livro acima e achei demais!
Comecei a ler o livro acima e achei demais!
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Contribuição
A contribuição de cada um de nós é importante para o grupo como um todo. E isto vem de encontro a teoria do evento emergente -o total é maior do que a soma das partes- nos sistemas complexos dinâmicos e na física quântica.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Dia de Outono (1)
Hoje está um dia muito bonito.
A rotina é fogo!
Nascí numa quinta-feira.
Nos transforma em cegos, surdos e mudos às nossas próprias mudanças.
Como alguém poderia pensar em morrer num dia como hoje?
Talvéz ninguém nem perceba a falta.
Só um gato gordo deitado no sofá, com as orelhas atentas a tudo em volta dele.
A rotina é fogo!
Nascí numa quinta-feira.
Nos transforma em cegos, surdos e mudos às nossas próprias mudanças.
Como alguém poderia pensar em morrer num dia como hoje?
Talvéz ninguém nem perceba a falta.
Só um gato gordo deitado no sofá, com as orelhas atentas a tudo em volta dele.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Re-Leituras
Estive relendo alguns textos que escrevi faz tempo e, como sempre, fiquei preso, enredado, em algumas partes. Uma descrição de uma pintura de M. Duchamp: "Nu descendo a escada" por exemplo. Sempre tive a exata sensação que ninguém entendeu o espírito da coisa. Era uma grande piada! Um pouco sem gosto, mas ainda assim uma piada infantil.
E ainda mais se adicionamos à descrição um narrador de corridas de cavalo!
E ainda mais se adicionamos à descrição um narrador de corridas de cavalo!
Tem que ser rápido, se não perde o modelo:
"...
Dobram a última curva!
Sapatos, Anita e óculos, cabeça-a-cabeça!
Seguidos por alface, presunto e tomate.
Meio-corpo atrás: Ai sacolas e vem-cá-meu-bem!
Brigando pelo último Badulaques mil e um-dente!
Anita, meio nariz à frente e sangrando!!
Alface arremete! Anita! Alface! Anita!!
E, cruzam o disco final!
..."
Acho emocionantes as corridas de cavalo. Mas quando ví essa obra, lí uma das melhores corridas que jamais tinha presenciado.
Meu tio Memo teria gostado muito de Duchamp. Em todas suas versões.
E, sempre muito engraçado.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
Kadr
Desde pequena ensinei minha filha que ela só tem duas obrigações: aprender e ser feliz.
Acho que, na medida do possível, andamos conseguindo seguir esse norte, às vezes, ela melhor que eu. Tenho problemas para aprender e quanto a ser feliz... digamos que sou um pouco exigente demais. Senão chato, mesmo.
No entanto, há coisas que confesso nunca consegui aprender. Por exemplo; como lidar com a discriminação racial é uma delas.
E, como não posso ensinar o que eu mesmo não sei, minha filha também não sabe.
É difícil entender como Michael Jackson consegue parar um mundo com sua morte extemporânea, enquanto meninos de favela, bem mais ao nosso lado, são tratados como criminosos incorrigíveis. Maniqueísmos, asquerosos e mesquinhos, ainda mais quando considerarmos o "gene pool" do brasileiro.
Ou, não sabe o que é isso?
Não acho, como solução, separar e vivermos em guetos. Isso já foi tentado e sabemos que não funciona. Muito pelo contrario.
Não temos marcado na testa o que somos, mas também não devemos/podemos fazer diferença pelo que parecemos. Ou pela cor da nossa pele, nossos olhos, nossa língua ou solvência.
Abraçamos uma aldeia globalizada e desprezamos o indivíduo que encontramos nela por ser diferente?
Não é, exactamente, essa diferença o motivo do abraço?
E, como não posso ensinar o que eu mesmo não sei, minha filha também não sabe.
É difícil entender como Michael Jackson consegue parar um mundo com sua morte extemporânea, enquanto meninos de favela, bem mais ao nosso lado, são tratados como criminosos incorrigíveis. Maniqueísmos, asquerosos e mesquinhos, ainda mais quando considerarmos o "gene pool" do brasileiro.
Ou, não sabe o que é isso?
Não acho, como solução, separar e vivermos em guetos. Isso já foi tentado e sabemos que não funciona. Muito pelo contrario.
Não temos marcado na testa o que somos, mas também não devemos/podemos fazer diferença pelo que parecemos. Ou pela cor da nossa pele, nossos olhos, nossa língua ou solvência.
Abraçamos uma aldeia globalizada e desprezamos o indivíduo que encontramos nela por ser diferente?
Não é, exactamente, essa diferença o motivo do abraço?
domingo, 21 de junho de 2009
Neandertais
Uma das premissas da Revolução Industrial era, resumidamente, a de que a mecanização nos liberaria para termos o tempo e condições necessários para atingir uma evolução interior, ou para tal fim labutarmos.
O que há demais em ser um neandertal, se além disso puder pensar, criar, propor soluções novas, inovações? Que tal a cada inovação tecnológica uma inovação pessoal?
Mas, como quase todos os rôtulos ortodoxos, em algum momento isto foi deturpado (também resumidamente). Hoje em dia, trabalhamos quase tanto quanto nas épocas anteriores à Revolução Industrial, produzimos toneladas per capita, e ainda assim continuamos cada vez mais longe da tão almejada evolução. Tanto mais que alguns de nós já esqueceram que evolução é essa.
Sente-se confortávelmente, e pense comigo; a cada inovação tecnológica produzimos mais, melhor e rapidamente. Contudo, como raça, continuamos a parecer Neandertais batendo em botões. [Sem querer ofender os neandertais, claro.]
Não apelo a uma diminuição de velocidade de inovação tecnológica, não. Apelo a que apertem menos botões e aproveitem esse tempo para pensar no neandertal sentado frente à máquina.
Não era ele que deveria ser inovado? Não deveria ser inovado junto?
O que há demais em ser um neandertal, se além disso puder pensar, criar, propor soluções novas, inovações? Que tal a cada inovação tecnológica uma inovação pessoal?
Como raça seriamos agora quase pura energia. Fractais capazes de nos combinar uns com os outros. Entender e aprender a cada nova combinação. Combinar nossas isoladas melodias numa mesma canção universal? Quem sabe?
Tivemos cem anos para aprender tecnologia, vamos gastar os próximos cem aprendendo a aprender. Quem sabe daqui a trezentos anos o que faremos.
Mas, acredito será este o caminho.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Pós-após-o-Doc
Acabei a pós-graduação. Estava me habituando a ela.
Uma rotina de altos e baixos, descobertas e insights extenuantes. Visões de limites... os meus, principalmente.
Uma rotina de altos e baixos, descobertas e insights extenuantes. Visões de limites... os meus, principalmente.
Engraçado; consigo lidar melhor com o que desconheço do que com o que imagino.
Sempre gostei dos conceitos de diacronia e sincronia como postulados por Saussure. E os extrapolo a quase toda situação fora da lingüística para facilitar a racionalização e entendimento. De repente é bom levar nossos limites pra passear de vez em quando.
Em todo caso, gostei de fazer. Deveria ter feito antes, muito antes.
Recomendo a quem quizer entender o que faz e como o faz.
domingo, 31 de maio de 2009
Verbo
"No começo era o verbo." [Pronto, já começam as aulas de linguagem!]
E, por ser e estar, criou-se de tudo.
De seus filhos, os menores, como todo anjinho, fizeram o diabo!
Se trouxe até agora, sem pé nem descanso.
O sim e o não.
Depois vieram o talvez e o principio do consenso, seguido dos porém, todavias, contudos e vejamos.
Depois vieram o talvez e o principio do consenso, seguido dos porém, todavias, contudos e vejamos.
E de tudo foram dois, no maior silêncio e harmonia.
...
E na medida em que mais criava, o silêncio foi se acabando.
Foi um tal de zumbir, ciciar, piar, coaxar, balir, rugir e gritar, que o silêncio se pode ouvir de tão pequeno.
Foi um tal de zumbir, ciciar, piar, coaxar, balir, rugir e gritar, que o silêncio se pode ouvir de tão pequeno.
Aprendeu-se o silêncio como muito, muitíssimo depois mesmo, se aprenderia o zero.
Só então, a mãe cansada, repousou.
De seus filhos, os menores, como todo anjinho, fizeram o diabo!
Quis ser três, enquanto de alguns fez nenhum e nunca jamais.
Revirou sua casa e a dos outros.
Revirou sua casa e a dos outros.
E depois do silêncio, a harmonia começou a rarear.
Se trouxe até agora, sem pé nem descanso.
Surpreso e perdido, não reconhece mais casa, mãe nem verbo.
Um adjetivo, desqualificado, menor.
"dispersou-se no tempo, cuja ordem... etc."
Alguém que imagine como acaba.
Alguém que imagine como acaba.
domingo, 17 de maio de 2009
Chico
É invariável. Não consigo fugir disso. Entro na cozinha para tomar meu café e, assim que arrumo todo:
"Moço, dá um teco."
Vem a voz pedinte...
Finjo que não escutei e às vezes, malvado, viro de costas.
"Dá um teco vai, qui que custa?"
Começam as negociações.
Finge, pede, nega, pede, e esta dança não dura muito.
Cedo.
Sou um molenga, admito. Mas não consigo comer em paz sabendome observado em cada movimento, como a dizer: "Eu faria muito melhor."
Acabo cedendo um pedaço do meu pão e, se estou com tempo, do café também.
Papagaios adoram café.
Não sei porque.
"Moço, dá um teco."
Vem a voz pedinte...
Finjo que não escutei e às vezes, malvado, viro de costas.
"Dá um teco vai, qui que custa?"
Começam as negociações.
Finge, pede, nega, pede, e esta dança não dura muito.
Cedo.
Sou um molenga, admito. Mas não consigo comer em paz sabendome observado em cada movimento, como a dizer: "Eu faria muito melhor."
Acabo cedendo um pedaço do meu pão e, se estou com tempo, do café também.
Papagaios adoram café.
Não sei porque.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Customizable Soreness
Do amigo Sérgio M. lí no seu blog a seguinte historinha:
So?
300 anos ANTES de Cristo e a água continua fria!
Desculpem toda minha "depressividade" anterior.
Tentarei controlar melhor meus humores, prometo.
"Uns 300 anos antes de Cristo, Euclides dava aulas de matemática na cidade de Alexandria.
Uma vez, um aluno perguntou-lhe para que serviam aquelas demonstrações tão extensas e complexas.
Com toda a calma do mundo, Euclides dirigiu-se a um dos estudantes presentes, pedindo-lhe encarecidamente:
Dê-lhe uma moeda e mande-o embora. O que ele procura não é saber, é outra coisa."
So?
300 anos ANTES de Cristo e a água continua fria!
Desculpem toda minha "depressividade" anterior.
Tentarei controlar melhor meus humores, prometo.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Tudo que foi... (skip this one, too)
Tudo o que é sólido se desfaz em pleno ar, ou no original: "All that is solid melts into air, all that is holy is profaned, and man is at last compelled to face with sober senses, his real conditions of life, and his relations with his kind."
Me pergunto se todos temos que passar por isto. Ou, somente alguns com a marca na testa desde antes de nascer? Ou então; que fazemos se nem todos passarem por isto? Qual a vantagem desta separação, diferenciação? Traio a mim mesmo se, desesperadamente, tento voltar ao meu estado natural primitivo? Lançar-me ao vazio e esperar que, seja lá o que for encontrar será benéfico ou satisfatório, é uma temeridade que passei a vida toda sendo treinado para não fazer.
Mas, o salto já aconteceu. O impulso positivo está chegando ao fim. Estou próximo ao "0" duma hipérbole de segundo grau. Se é que já não passei dele.
Não sou, e nem me sinto, uma Fênix para no fogo me desfazer e das cinzas retornar. Isso é romântico, sonho d'uma adolescente totalmente desligada da realidade. Isso non existe! diria o Quevedo.
Se o desconforto é a consciência da mudança, então porque não mudo logo de uma maldita vez?
Quase tudo que toco definha. Estou aprendendo a uma velocidade lesmal. E o pouco que achava saber, não funciona mais. Minhas certezas perdem consistência a olhos vistos.
Dylan Thomas vem à mente: "Do not go gentle into that good night, etc."
...
Enquanto Peza dizia:
"...
El carnaval del mundo engaña tanto,
que las vidas son breves mascaradas;
aquí aprendemos a reír con llanto,
y también a llorar con carcajadas.
..."
Me pergunto se todos temos que passar por isto. Ou, somente alguns com a marca na testa desde antes de nascer? Ou então; que fazemos se nem todos passarem por isto? Qual a vantagem desta separação, diferenciação? Traio a mim mesmo se, desesperadamente, tento voltar ao meu estado natural primitivo? Lançar-me ao vazio e esperar que, seja lá o que for encontrar será benéfico ou satisfatório, é uma temeridade que passei a vida toda sendo treinado para não fazer.
Mas, o salto já aconteceu. O impulso positivo está chegando ao fim. Estou próximo ao "0" duma hipérbole de segundo grau. Se é que já não passei dele.
Não sou, e nem me sinto, uma Fênix para no fogo me desfazer e das cinzas retornar. Isso é romântico, sonho d'uma adolescente totalmente desligada da realidade. Isso non existe! diria o Quevedo.
Se o desconforto é a consciência da mudança, então porque não mudo logo de uma maldita vez?
Quase tudo que toco definha. Estou aprendendo a uma velocidade lesmal. E o pouco que achava saber, não funciona mais. Minhas certezas perdem consistência a olhos vistos.
Dylan Thomas vem à mente: "Do not go gentle into that good night, etc."
...
Enquanto Peza dizia:
"...
El carnaval del mundo engaña tanto,
que las vidas son breves mascaradas;
aquí aprendemos a reír con llanto,
y también a llorar con carcajadas.
..."
sábado, 25 de abril de 2009
Clueless (skip this one)
Quase tenho medo ao despertar.
Quero que este dia que chega ao fim não acabe mais. Brigo com meu próprio cansaço para não dormir. Finjo estar todo bem... Não está.
Achei que estivesse e fui me enchendo de esperanças tolas, para num dia só acabar com elas todas de vez. E, olha que não é a crise que anda por aí, não.
Parece que perdi, ou me perdi pelo caminho e não consigo encontrar-me mais. Às cegas acabo atingindo outros, que cegos como eu não percebem a falta de rumo em seu método cotidiano.
Comecei a enfrentar, coisa que antes abominava, sem pensar em conseqüências. Parece que deve haver algo de desesperado no meu rosto que faz os outros recuar, ou então a mudança é inesperada.
Sun Tzu dizia que havia que deixar ao oponente derrotado, pelo menos, uma saída. Pois aquele que não tem nada a perder é o guerreiro mais imprevisível. Pelo visto não deixou nenhuma mensagem para aquele sujeito de quem falava.
Algo como:
O tempo para. Tanto faz hoje como de aqui um ano. Será igual.
Talvez pior.
...
Quero que este dia que chega ao fim não acabe mais. Brigo com meu próprio cansaço para não dormir. Finjo estar todo bem... Não está.
Achei que estivesse e fui me enchendo de esperanças tolas, para num dia só acabar com elas todas de vez. E, olha que não é a crise que anda por aí, não.
Parece que perdi, ou me perdi pelo caminho e não consigo encontrar-me mais. Às cegas acabo atingindo outros, que cegos como eu não percebem a falta de rumo em seu método cotidiano.
Comecei a enfrentar, coisa que antes abominava, sem pensar em conseqüências. Parece que deve haver algo de desesperado no meu rosto que faz os outros recuar, ou então a mudança é inesperada.
Sun Tzu dizia que havia que deixar ao oponente derrotado, pelo menos, uma saída. Pois aquele que não tem nada a perder é o guerreiro mais imprevisível. Pelo visto não deixou nenhuma mensagem para aquele sujeito de quem falava.
Algo como:
"Comporte-se, você foi derrotado. Se não percebe a derrota é tolo ou está morto. Em ambos casos: insignificante."A falta de esperança é uma sucessão de claro e escuro sem a menor diferença.
O tempo para. Tanto faz hoje como de aqui um ano. Será igual.
Talvez pior.
...
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Tartaruga
Devo ter comentado antes: estou acabando pós- em Gestão do Conhecimento. Estou acabando é eufemismo, melhor seria: "estou me acabando". A cada dia que passa descubro que menos sei. Os limítes da minha ignorância fogem de mim como a tartaruga de Aquíles, enquanto acenam com a mediocridade.
Como?
Para aqueles de vocês que não estudaram filosofia sob a égide d'um jesuita e nem desfrutaram daquele quebra-cabeças, infanto-juvenil, que foi a "corrida de Aquíles contra uma (qualquer) tartaruga".
Lembraram agora?
Premissas e limítes, esforço e impacto, escopos positivo e negativo, critérios e indicadores, ferramentas todas que nos levam invariávelmente ao mesmo lugar. Ou, deveriam levar.
Mas, parece que eu, tonto, consigo saltar alguns pontos antes do destino.
"Despistao!" diria o s.j., com razão.
Me sinto todo um adolescente; nú em pelo no meio do salão! E, há um vento frio que não alivia em nada a situação.
Para William James é fácil: "Porque o que caracteriza estes atribulados tempos, é uma desaforada manifestação de perspectivas, uma dispersão de sentido generalizada e incontenível", quando descreve o pragmatismo do século xx.
Mas, também não entendí...
Como cheguei até aqui, até agora, para mim é surpresa.
Milagre.
O que deveria me fazer ser agradecido, certo?
...
Errado.
Ainda há muito a recorrer e eu divagando aqui, vendo o quelônio se afastar a toda.
Nefelibatas do mundo uní-vos!
Como?
Para aqueles de vocês que não estudaram filosofia sob a égide d'um jesuita e nem desfrutaram daquele quebra-cabeças, infanto-juvenil, que foi a "corrida de Aquíles contra uma (qualquer) tartaruga".
Lembraram agora?
Premissas e limítes, esforço e impacto, escopos positivo e negativo, critérios e indicadores, ferramentas todas que nos levam invariávelmente ao mesmo lugar. Ou, deveriam levar.
Mas, parece que eu, tonto, consigo saltar alguns pontos antes do destino.
"Despistao!" diria o s.j., com razão.
Me sinto todo um adolescente; nú em pelo no meio do salão! E, há um vento frio que não alivia em nada a situação.
Para William James é fácil: "Porque o que caracteriza estes atribulados tempos, é uma desaforada manifestação de perspectivas, uma dispersão de sentido generalizada e incontenível", quando descreve o pragmatismo do século xx.
Mas, também não entendí...
Como cheguei até aqui, até agora, para mim é surpresa.
Milagre.
O que deveria me fazer ser agradecido, certo?
...
Errado.
Ainda há muito a recorrer e eu divagando aqui, vendo o quelônio se afastar a toda.
Nefelibatas do mundo uní-vos!
domingo, 29 de março de 2009
Bobagens
Às vezes me pego a pensar bobagens. Ou melhor; às vezes penso nas bobagens que penso. Ou, bobagens que outros pensam, o que é pior. Visto que só as minhas já me bastam. Mas, acontece que elas estão ai a ocupar espaço e neurônios que d'outra forma poderiam ser melhor aproveitados. E, quando a bobagem dura mais de um dia rondando na minha cabeça sem ir para lugar algum, tenho que tomar providências.
Estivemos a estudar conceitos do Guia PMBOK, de gestão de projetos, e uma frase colou nas sombras da minha consciência para resurgir hoje de manhã com força total:
"Objetivo do Projeto, é do projeto e não do cliente." (sic)
Que só agora, depois de escutar mais de três vezes, percebo a importância da frase. O objetivo do projeto É do projeto e não do cliente, oras! Isto implica na independência do projeto sobre os desejos do cliente. O patrocinador pode, ou não, querer esse resultado? Ou então, existe a possibilidade do patrocinador fazer tudo para que este resultado específico não aconteça, mesmo que o projeto indique ser esta a solução mais adequada?!
Ele pode se retirar e acabar com a execução do projeto, mas o diagnóstico (se foi bem feito) continuará válido, independente disso?!
Paradoxo interessante para discussão em grupo.
É como perder o equilíbrio dentro de uma loja... em Murano!
Mas, ainda acho que uma mesa redonda comigo mesmo não daria muito certo.
Percebo que cometí um erro ao confundir objetivo com resultado. Objetivo como as metas que queremos atingir. Resultado como as metas atingidas.
Estivemos a estudar conceitos do Guia PMBOK, de gestão de projetos, e uma frase colou nas sombras da minha consciência para resurgir hoje de manhã com força total:
"Objetivo do Projeto, é do projeto e não do cliente." (sic)
Que só agora, depois de escutar mais de três vezes, percebo a importância da frase. O objetivo do projeto É do projeto e não do cliente, oras! Isto implica na independência do projeto sobre os desejos do cliente. O patrocinador pode, ou não, querer esse resultado? Ou então, existe a possibilidade do patrocinador fazer tudo para que este resultado específico não aconteça, mesmo que o projeto indique ser esta a solução mais adequada?!
Ele pode se retirar e acabar com a execução do projeto, mas o diagnóstico (se foi bem feito) continuará válido, independente disso?!
Paradoxo interessante para discussão em grupo.
É como perder o equilíbrio dentro de uma loja... em Murano!
Mas, ainda acho que uma mesa redonda comigo mesmo não daria muito certo.
Percebo que cometí um erro ao confundir objetivo com resultado. Objetivo como as metas que queremos atingir. Resultado como as metas atingidas.
sexta-feira, 20 de março de 2009
Voglia
Será que sou eu ou vocês também percebem como somos irracionais?
Não sabemos o que queremos, às vezes temos uma idéia confusa do que seja. Tem gente que passa a vida toda rezando para falar com Deus e quando Este decide dignarse a responder, a pessoa é tratada como louca pelos outros.
Não sabemos o que queremos, às vezes temos uma idéia confusa do que seja. Tem gente que passa a vida toda rezando para falar com Deus e quando Este decide dignarse a responder, a pessoa é tratada como louca pelos outros.
Não somos capazes de perceber o quanto nossas, mais infimas, ações influenciam o meioambiente em que vivemos. E, depois nos assombramos quando chuvas, secas, fogos e frios extremos nos assolam.
Parecemos crianças abandonadas numa loja de doces e brinquedos.
Só lamento ter perdido a aula no curso de pós-graduação.
Parecemos crianças abandonadas numa loja de doces e brinquedos.
Por exemplo: na terça feira passada, às 15:40h, caia uma "amostra grátis do dilúvio" aqui em SP, eu voltava de uma reunião cujos resultados se mostravam muito interessantes. Com um sorriso que, para o espectador menos avisado, pareceria muito com o deleite estásico d'um masoquista empedernido. À medida que me acercava do centro da cidade a chuva ia piorando e o trânsito também.
Fiz várias tentativas infrutíferas de atravessar o centro; um tunel e uma passagem inundados atrapalhavam os caminhos mais curtos. Isso, já por volta das 18:00h. O trânsito não colaborava muito. Virou um Deus nos acuda, ninguem respeitava sinal ou tamanho. Graças a Deus, após passar o Vale do Anhangabaú, as coisas melhoraram bastante. Até o trânsito parecia o de uma outra cidade. Não teria me surpreendido em nada se, de repente, um sol de verão tivesse aberto a força a cobertura das nuvens.
Só lamento ter perdido a aula no curso de pós-graduação.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Jaboticabas
Algumas coisas e lembranças acompanham a gente pela vida toda. Algumas boas, outras tentando. Mas, todas somadas, somos nós, resultados dessa companhia incidental. Podemos identificar algumas como marcos, ou como aqueles postes que identificam as ruas pela cidade. Identifico algumas, mas nestes dias de arrumação e mudanças encontrei (resgatei) uma coleção de fotos antigas.
Dentre elas esta que mostro aqui. Não consegui separá-la junto com as outras e foi ficando, ficando na minha mesa de trabalho. Vocês devem ter uma dessas em casa também. É uma lembrança que nos faz reviver fases da nossa vida como se fossem agora. E, como tratar no pretérito coisas que sinto agora? A sensação que tenho é a de haver levantado os olhos da máquina fotográfica e dou de cara com essas duas jaboticabas curiosas olhando para mim.
Há alguma coisa na incondicionalidade dos olhos das crianças que nunca deixará de me encantar.
Essa incondição, acho eu, andamos perdendo com o tempo, e com o labutar diário.
Nos tornamos mais duros e qualquer mostra de ternura é castigada como sinal de fraqueza. Logo, aprenderemos a ser sérios e competentes e, ensinaremos isso de forma canhestra, a indivíduos como a da imagem. Prestem atenção nos olhos dos pais e nos olhos dos filhos. Não tenham medo de notar a sutil diferença.
Tentem imaginar como seria o mundo se continuássemos vendo-o incondicionalmente.
Dentre elas esta que mostro aqui. Não consegui separá-la junto com as outras e foi ficando, ficando na minha mesa de trabalho. Vocês devem ter uma dessas em casa também. É uma lembrança que nos faz reviver fases da nossa vida como se fossem agora. E, como tratar no pretérito coisas que sinto agora? A sensação que tenho é a de haver levantado os olhos da máquina fotográfica e dou de cara com essas duas jaboticabas curiosas olhando para mim.
Há alguma coisa na incondicionalidade dos olhos das crianças que nunca deixará de me encantar.
Essa incondição, acho eu, andamos perdendo com o tempo, e com o labutar diário.
Nos tornamos mais duros e qualquer mostra de ternura é castigada como sinal de fraqueza. Logo, aprenderemos a ser sérios e competentes e, ensinaremos isso de forma canhestra, a indivíduos como a da imagem. Prestem atenção nos olhos dos pais e nos olhos dos filhos. Não tenham medo de notar a sutil diferença.
Tentem imaginar como seria o mundo se continuássemos vendo-o incondicionalmente.
segunda-feira, 9 de março de 2009
quinta-feira, 5 de março de 2009
A Intenção do Gesto (parte 6)
(Intenção)
Como diz Peter Senge (4 Senge, 1998); “Se uma organização de aprendizagem fosse uma inovação no campo da engenharia, os seus componentes seriam chamados de tecnologias, mas como é uma inovação no campo do comportamento humano, seus componentes devem ser vistos como disciplinas. Disciplina, nesse contexto, significa: um conjunto de técnicas que devem ser estudadas e dominadas para serem postas em prática. E você só se torna competente numa discipina mediante a prática.”
E, Aldo de Albuquerque Barreto em artigo no Datagramazero (Junho de 2008) diz; “A Essência do fenômeno da informação é a sua intencionalidade. Uma mensagem de informação deve ser direcionada, arbitrária e contingente para atingir o seu destino; produz sempre tensão quando da interatuação de competências distintas existentes em dois mundos: o do gerador e o do receptor da informação para onde o conhecimento se destina.” E nos introduz ao mundo das competências individuais. Epa...
Epa!?
A minha intenção é cúmplice da sua? Pois é. A minha intenção só será validada se você a validar com a sua. E a sua o será por causa da minha, e assim ad nauseam. Senão, seja lá o que eu fizer será “abstrato”, um mantra murmurado sem o menor sentido ou razão. A comunicação não existe sozinha. E chegamos à conclusão de que a comunicação é uma ação palindrômica (sic), só existe indo e vindo. Em sintonia, e às vezes fora dela.
Uê, acabou? De novo?
...
Como diz Peter Senge (4 Senge, 1998); “Se uma organização de aprendizagem fosse uma inovação no campo da engenharia, os seus componentes seriam chamados de tecnologias, mas como é uma inovação no campo do comportamento humano, seus componentes devem ser vistos como disciplinas. Disciplina, nesse contexto, significa: um conjunto de técnicas que devem ser estudadas e dominadas para serem postas em prática. E você só se torna competente numa discipina mediante a prática.”
E, Aldo de Albuquerque Barreto em artigo no Datagramazero (Junho de 2008) diz; “A Essência do fenômeno da informação é a sua intencionalidade. Uma mensagem de informação deve ser direcionada, arbitrária e contingente para atingir o seu destino; produz sempre tensão quando da interatuação de competências distintas existentes em dois mundos: o do gerador e o do receptor da informação para onde o conhecimento se destina.” E nos introduz ao mundo das competências individuais. Epa...
Epa!?
A minha intenção é cúmplice da sua? Pois é. A minha intenção só será validada se você a validar com a sua. E a sua o será por causa da minha, e assim ad nauseam. Senão, seja lá o que eu fizer será “abstrato”, um mantra murmurado sem o menor sentido ou razão. A comunicação não existe sozinha. E chegamos à conclusão de que a comunicação é uma ação palindrômica (sic), só existe indo e vindo. Em sintonia, e às vezes fora dela.
Uê, acabou? De novo?
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A Intenção do Gesto (parte 5)
(Continuação de Códigos, um pouco confuso, mesmo)
...
Mas, nas artes visuais bi-dimensionais principalmente, os códigos são limitados a cor e formas. Sua posição depende únicamente dos padrões adotados pelo autor(a) para a execução da obra. E, ainda assim; modulados pelo que ele(a) sabe e consegue fazer. Podemos perceber diferenças de qualidade ou conhecimento de técnicas para a execução. Mas, isso também depende de nós mesmos conhecermos aqueles parámetros de qualidade e estas técnicas de execução. Criticar é facílimo; é só abrir qualquer publicação de meia-tijela e veremos amostras disso. Alguem assistiu o último filme do (sans nome), por exemplo? Mas, ele é crítico de cinema! Somos assim, que se vai fazer.
As vezes, ler tudo o que os críticos –ou alguns escrevinhadores sem eira nem beira– escrevem é um investimento muito caro em futilidades.
Os códigos usados com o passar do tempo nem sempre acompanham o desenvolvimento tecnológico ou industrial –cultural– do animal homem. Eles sempre ficam um pouquinho aquém ou além de nosso desenvolvimento. Como se houvesse, entre criador e criatura, um sutil erro de paralaxe. Um péndulo que nos mantém sempre fora de equilíbrio e nos força a ir em frente, a um moto perpétuo quase que imperceptível. Se eu percebo, você também pode. Em que às vezes nos perdemos e mudamos de posição, de eixo para extremo e de volta ao eixo outra vez. E aquí nos confundimos e nos perdemos. Não entendemos, e aprendemos coisas novas, diferentes.
Tomemos, como exemplo o Bauhaus do fim do século XIX e começos do XX. O que acontecia com a raça humana de então? Começavamos a usar máquinas em larga escala. Chamavamos a isso inovação tecnologica, invenções, revolução industrial. Era a era das invenções! A era da engenharia. Tudo medido, cotado, contado. Quase nada era por acaso. Nada mais natural que houvesse uma expressão nas artes. Nada mais natural que houvesse algo chamado de: Artes & Ofícios. E uma fosse misturada à outra e disso surgisse, logo na Alemanha, que adotou o espírito da época como o seu próprio; o Bauhaus. O Bauhaus era, sumariamente, o resultado de uma visão quadrada do mundo. Seco, sem enfeites, ou arroubos de paixão. Não se permitem as ondas ou curvas suaves e melosas da Art Nouveau. Isso não tem utilidade, logo não deve existir. Os estilos exatamente anteriores e posteriores a ele diziam algo diferente. O anterior; Art Nouveau e o posterior Art Decô, eram explosões de liberdade criadora. Uma busca desenfreada após a pausa. A diferença entre o Decô e o Liberty era a soma ou a falta, respectivamente, do recato extremo do Bauhaus. Sinta como “mudamos” de eixo para extremo e dai voltamos. Perceba, se quiser, como este movimento pode existir em todas as outras manifestações humanas. Um círculo que não acaba. Só mudam os atores, as formas. O essencial está lá, continua lá. Podemos morrer, como o “homo-habilis” das cavernas ou o Duchamp da escultura e ainda assim nossa passagem, como parte da raça, ficará marcada.
E os códigos que compartilhamos ficam guardados na memória de todos.
...
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Mas, nas artes visuais bi-dimensionais principalmente, os códigos são limitados a cor e formas. Sua posição depende únicamente dos padrões adotados pelo autor(a) para a execução da obra. E, ainda assim; modulados pelo que ele(a) sabe e consegue fazer. Podemos perceber diferenças de qualidade ou conhecimento de técnicas para a execução. Mas, isso também depende de nós mesmos conhecermos aqueles parámetros de qualidade e estas técnicas de execução. Criticar é facílimo; é só abrir qualquer publicação de meia-tijela e veremos amostras disso. Alguem assistiu o último filme do (sans nome), por exemplo? Mas, ele é crítico de cinema! Somos assim, que se vai fazer.
As vezes, ler tudo o que os críticos –ou alguns escrevinhadores sem eira nem beira– escrevem é um investimento muito caro em futilidades.
Os códigos usados com o passar do tempo nem sempre acompanham o desenvolvimento tecnológico ou industrial –cultural– do animal homem. Eles sempre ficam um pouquinho aquém ou além de nosso desenvolvimento. Como se houvesse, entre criador e criatura, um sutil erro de paralaxe. Um péndulo que nos mantém sempre fora de equilíbrio e nos força a ir em frente, a um moto perpétuo quase que imperceptível. Se eu percebo, você também pode. Em que às vezes nos perdemos e mudamos de posição, de eixo para extremo e de volta ao eixo outra vez. E aquí nos confundimos e nos perdemos. Não entendemos, e aprendemos coisas novas, diferentes.
Tomemos, como exemplo o Bauhaus do fim do século XIX e começos do XX. O que acontecia com a raça humana de então? Começavamos a usar máquinas em larga escala. Chamavamos a isso inovação tecnologica, invenções, revolução industrial. Era a era das invenções! A era da engenharia. Tudo medido, cotado, contado. Quase nada era por acaso. Nada mais natural que houvesse uma expressão nas artes. Nada mais natural que houvesse algo chamado de: Artes & Ofícios. E uma fosse misturada à outra e disso surgisse, logo na Alemanha, que adotou o espírito da época como o seu próprio; o Bauhaus. O Bauhaus era, sumariamente, o resultado de uma visão quadrada do mundo. Seco, sem enfeites, ou arroubos de paixão. Não se permitem as ondas ou curvas suaves e melosas da Art Nouveau. Isso não tem utilidade, logo não deve existir. Os estilos exatamente anteriores e posteriores a ele diziam algo diferente. O anterior; Art Nouveau e o posterior Art Decô, eram explosões de liberdade criadora. Uma busca desenfreada após a pausa. A diferença entre o Decô e o Liberty era a soma ou a falta, respectivamente, do recato extremo do Bauhaus. Sinta como “mudamos” de eixo para extremo e dai voltamos. Perceba, se quiser, como este movimento pode existir em todas as outras manifestações humanas. Um círculo que não acaba. Só mudam os atores, as formas. O essencial está lá, continua lá. Podemos morrer, como o “homo-habilis” das cavernas ou o Duchamp da escultura e ainda assim nossa passagem, como parte da raça, ficará marcada.
E os códigos que compartilhamos ficam guardados na memória de todos.
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segunda-feira, 2 de março de 2009
Miráculo!
É, isso mesmo! Hoje um pouco antes das 10:00hs chegou um técnico da Teleafônica para testar a ligação do telefone (!) e que, apesar não constar a ligação da Banda Larga na minha linha, ele constatou (e confirmou comigo) que ela estava ligada.
De fato funciona, haja visto que escrevo esta para vocês.
Porém... deve haver uma falha de configuração na central.
Sabia! Esta ligação é temporária, ceerto?
Sejamos otimistas; vai funcionar sem problemas.
Em todo caso, obrigado pela paciência.
Agora vou trabalhar como prometido.
Bom dia a todos.
De fato funciona, haja visto que escrevo esta para vocês.
Porém... deve haver uma falha de configuração na central.
Sabia! Esta ligação é temporária, ceerto?
Sejamos otimistas; vai funcionar sem problemas.
Em todo caso, obrigado pela paciência.
Agora vou trabalhar como prometido.
Bom dia a todos.
domingo, 1 de março de 2009
TCC (22/02)
Hoje acabei de escrever a ante-penúltima versão da introdução do meu TCC em GC.
Por alguns momentos me pareceu tão fácil como tudo fazia tanto sentido. Leio mais um pouquinho de teoria e lá se vão a inteligência, o sentido e todos os novos significados às favas. Creio que estou no caminho certo, mas quanto mais penso no assunto mais ele muda, apontando mais além. Um caleidoscópio de significados, se puderem imaginar. A combinação de gestão de conhecimento, gestão de negócios com história, biologia, filosofia e um pouco de chutzpa. E, isso é só o que consigo reconhecer!
Tudo acompanhado por música incidental de caliópe.
Título temporário: “Senescência e Conhecimento”.
Se o tônus é todo torto, talvez devesse ter ousado, e exposto um pouco mais o nariz, seguindo o conselho do meu pai e cursado direito. Não o direito de forma, mas o Direito de função.
Por alguns momentos me pareceu tão fácil como tudo fazia tanto sentido. Leio mais um pouquinho de teoria e lá se vão a inteligência, o sentido e todos os novos significados às favas. Creio que estou no caminho certo, mas quanto mais penso no assunto mais ele muda, apontando mais além. Um caleidoscópio de significados, se puderem imaginar. A combinação de gestão de conhecimento, gestão de negócios com história, biologia, filosofia e um pouco de chutzpa. E, isso é só o que consigo reconhecer!
Tudo acompanhado por música incidental de caliópe.
Título temporário: “Senescência e Conhecimento”.
Se o tônus é todo torto, talvez devesse ter ousado, e exposto um pouco mais o nariz, seguindo o conselho do meu pai e cursado direito. Não o direito de forma, mas o Direito de função.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Hipócrates (24/02)
Primum non nocere!
Primeiro, não farás mal algum. Eita!
Começar o dia com essa de ai, todos os dias, é fogo!
Há dias que dá uma vontade... mas, seja lá o que fizeres, sempre ficará a surpresa ingênua estampada na cara dos outros: Porque fez isso?! Endoidou, foi?! Como as gotas de água que nunca pensam que são culpadas pela inundação.
Fecham-se as portas e as alternativas vão rareando. O nivel desce. Ou sobe, sei lá!
Devemos lembrar que somos (alguns de nós, pelo menos) um pouco mais que macacos.
Não adianta fingir. A coisa não está bem.
É um processo pessoal e intransferível. Mais do que cartão de banco.
So espero que o dia acabe bem, que o dia acabe...
Primeiro, não farás mal algum. Eita!
Começar o dia com essa de ai, todos os dias, é fogo!
Há dias que dá uma vontade... mas, seja lá o que fizeres, sempre ficará a surpresa ingênua estampada na cara dos outros: Porque fez isso?! Endoidou, foi?! Como as gotas de água que nunca pensam que são culpadas pela inundação.
Fecham-se as portas e as alternativas vão rareando. O nivel desce. Ou sobe, sei lá!
Devemos lembrar que somos (alguns de nós, pelo menos) um pouco mais que macacos.
Não adianta fingir. A coisa não está bem.
É um processo pessoal e intransferível. Mais do que cartão de banco.
So espero que o dia acabe bem, que o dia acabe...
Ben Hur (23/02)
Ontem à noite dei de cara com uma reprise de Ben Hur. Ótimo! Como sempre parece a primeira vez que assisto. Novamente, Antares, Aldebaran, Rigel e Arturo deram tudo de sí para manter o nivel da história. Mas, depois da corrida o filme perde um pouco (mais) do pique. Os motores param e começa a planar na descendente, esperando que após esse nevoeiro todo esteja uma pista à frente.
Para mim há três ou quatro filmes que marcaram (gosto não se discute, gente): El Cid, Ben Hur e Os Dez Mandamentos.
Ok, ok, “Da vida nada se leva” (It’s a Wonderful Life), “América, América!” do Elia Kazan, “Metrôpolis”, “Amarcord”, “Picolino” e “Top Hat” (com Fred Astaire), “Little Miss Marker” e “The Rose” também. Tá bom, essa última foi uma forçada de mão, mas eu gostei, gente! Dos mais recentes não tem nada que me chame a atenção. Assisto e esqueço.
Talvés a velhice também me trouxe o cinísmo.
Alés!
...
De quais filmes vocês gostam?
Vamos comentar?
Para mim há três ou quatro filmes que marcaram (gosto não se discute, gente): El Cid, Ben Hur e Os Dez Mandamentos.
Ok, ok, “Da vida nada se leva” (It’s a Wonderful Life), “América, América!” do Elia Kazan, “Metrôpolis”, “Amarcord”, “Picolino” e “Top Hat” (com Fred Astaire), “Little Miss Marker” e “The Rose” também. Tá bom, essa última foi uma forçada de mão, mas eu gostei, gente! Dos mais recentes não tem nada que me chame a atenção. Assisto e esqueço.
Talvés a velhice também me trouxe o cinísmo.
Alés!
...
De quais filmes vocês gostam?
Vamos comentar?
E o Papa, vai bem? (20/02)
Por mais que reclame, e talvés por causa disso, ainda estou fora da banda larga. No entanto, ontem recebí a cobrança pelos “serviços prestados” pela nossa Teleafônica
“O serviço será re-estabelecido em, no máximo, setenta-e-duas horas, senhor.”
Pois sim, claro.
Vocês têm prestado atenção a como estamos dependentes de alguns serviços essenciais? Luz, água e telefone. E, como não temos alternativa? E ainda, como estes serviços que antes eram prestados pelo Estado, por obra e graça de doutrinas ditas “neo-libertárias” nos vemos presos a monopólios de empresas privadas, nem sempre nacionais?
E, como o Bispo anda ocupado com tanta reclamação? Pois a única alternativa é ir reclamar com o bispo.
"A fila das reclamações está cumprida, meu filho!!"
Paciência...
Desobediência civíl, escreveu alguem faz tempo, e já esquecemos de como fazer valer nossos direitos quando só cobram nossos deveres. Isso não se ensina em sala de aula. E a Lei de Gerson é mais anunciada nas rádios e televisões, com bundas e marombados. Digo; bandas e altos brados.
Modelos mentais, blind spots, paradigmas e significados confusos.
Me pergunto como FCassapo consegue driblar este emaranhado de soluções erradas.
...
Acabo de falar com mais um “atendente” da Teleafônica (e claro, colecionei mais um número de protocolo!) que, após 37 minutos de musiquinha medonha, informou que meu serviço foi cancelado!
Acuma?!!
Cancelado por quem?! Quando?
“É difícil viu, senhor.”
Eu que o diga!!!
Se é difícil para ele que está lá dentro, imagina para mim, mísero mortal pagante!!! Se eu cancelar o pagamento vou parar no sistema como inadimplente perverso?!
Vou, não vou?
Começo a achar que sério mesmo é o Macaco Simão. Sempre achei um insulto pessoal a frase atribuída ao De Gaulle, mas ela me vem à cabeça toda vez que cruzo com situações como esta.
Vai fazer o que?
...
Como está a agênda do Papa?
Amém.
PS
Houve crescimento de desemprego de 8% no mês de janeiro. Deve ser por isso que não tenho minha ligação funcionando. Demitiram o técnico que faria o conserto. Mas, Carnaval está aí, ninguem pensa mais até depois da Semana Santa! Depois vem Pascoa, Semana da Pátria, Natal e Ano Novo.
De novo.
__________________________________________
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A água, os caras e... nós
Imexível povo meu
Fera neném
“O serviço será re-estabelecido em, no máximo, setenta-e-duas horas, senhor.”
Pois sim, claro.
Vocês têm prestado atenção a como estamos dependentes de alguns serviços essenciais? Luz, água e telefone. E, como não temos alternativa? E ainda, como estes serviços que antes eram prestados pelo Estado, por obra e graça de doutrinas ditas “neo-libertárias” nos vemos presos a monopólios de empresas privadas, nem sempre nacionais?
E, como o Bispo anda ocupado com tanta reclamação? Pois a única alternativa é ir reclamar com o bispo.
"A fila das reclamações está cumprida, meu filho!!"
Paciência...
Desobediência civíl, escreveu alguem faz tempo, e já esquecemos de como fazer valer nossos direitos quando só cobram nossos deveres. Isso não se ensina em sala de aula. E a Lei de Gerson é mais anunciada nas rádios e televisões, com bundas e marombados. Digo; bandas e altos brados.
Modelos mentais, blind spots, paradigmas e significados confusos.
Me pergunto como FCassapo consegue driblar este emaranhado de soluções erradas.
...
Acabo de falar com mais um “atendente” da Teleafônica (e claro, colecionei mais um número de protocolo!) que, após 37 minutos de musiquinha medonha, informou que meu serviço foi cancelado!
Acuma?!!
Cancelado por quem?! Quando?
“É difícil viu, senhor.”
Eu que o diga!!!
Se é difícil para ele que está lá dentro, imagina para mim, mísero mortal pagante!!! Se eu cancelar o pagamento vou parar no sistema como inadimplente perverso?!
Vou, não vou?
Começo a achar que sério mesmo é o Macaco Simão. Sempre achei um insulto pessoal a frase atribuída ao De Gaulle, mas ela me vem à cabeça toda vez que cruzo com situações como esta.
Vai fazer o que?
...
Como está a agênda do Papa?
Amém.
PS
Houve crescimento de desemprego de 8% no mês de janeiro. Deve ser por isso que não tenho minha ligação funcionando. Demitiram o técnico que faria o conserto. Mas, Carnaval está aí, ninguem pensa mais até depois da Semana Santa! Depois vem Pascoa, Semana da Pátria, Natal e Ano Novo.
De novo.
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