Mas, como quase todos os rôtulos ortodoxos, em algum momento isto foi deturpado (também resumidamente). Hoje em dia, trabalhamos quase tanto quanto nas épocas anteriores à Revolução Industrial, produzimos toneladas per capita, e ainda assim continuamos cada vez mais longe da tão almejada evolução. Tanto mais que alguns de nós já esqueceram que evolução é essa.
Sente-se confortávelmente, e pense comigo; a cada inovação tecnológica produzimos mais, melhor e rapidamente. Contudo, como raça, continuamos a parecer Neandertais batendo em botões. [Sem querer ofender os neandertais, claro.]
Não apelo a uma diminuição de velocidade de inovação tecnológica, não. Apelo a que apertem menos botões e aproveitem esse tempo para pensar no neandertal sentado frente à máquina.
Não era ele que deveria ser inovado? Não deveria ser inovado junto?
O que há demais em ser um neandertal, se além disso puder pensar, criar, propor soluções novas, inovações? Que tal a cada inovação tecnológica uma inovação pessoal?
Como raça seriamos agora quase pura energia. Fractais capazes de nos combinar uns com os outros. Entender e aprender a cada nova combinação. Combinar nossas isoladas melodias numa mesma canção universal? Quem sabe?
Tivemos cem anos para aprender tecnologia, vamos gastar os próximos cem aprendendo a aprender. Quem sabe daqui a trezentos anos o que faremos.
Mas, acredito será este o caminho.
Dear bro,
ResponderExcluirQuanto aos Neandertais nada posso dizer. Eles eram "os caras" na sua época. Agora somos nós, os Homo modernus (without Viagra) que estamos estragando o grande legado deles. Concordo em gênero, grau e número, mas discordo da evolução do homem para energia. Do jeito que as coisas estão indo, com o aquecimento global, acúmulo de resíduos inorgânicos, mal uso das energias alternativas (principalmente a nuclear) estamos mais para evoluírmos para os Homo merdus.
Isso me lembra o livro do Popol Vuh. Os deuses irão destruir tudo para construir de novo e melhor.
Eles eram "os caras" que perderam a guerra do Joga-Pedras.
ResponderExcluirOs últimos acontecimentos tem exacerbado meu cinísmo e vivo me lembrando do Lot (Ló, pros outros). Lembra dele?
A coisa tava braba, pegando fogo, e Deus se encheu. Você lembra como acabou esse negócio. Quanto a construir de novo, não é melhor de três, não.
O que quis mostrar foi a diferença entre o que temos (e mantemos) e o que poderiamos ter se aplicassemos um pouco de esforço. A "energia" a que me refiro é o esforço de entender e aprender. Não que seriamos seres de luz branco-azulada e transparentes feito água-viva. Isso deixo para joguinhos de Steven Spielberg. Estamos mais para Morlocks do que Elois aqui. Você sabe disso, você vê isso todos os dias.
Wells estava certo!!!
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