No espaço de possíveis modos de ser, aqueles mais acessíveis aos seres humanos formam um pequeno subconjunto. Nossas limitações biológicas nos impõem limitações reais sobre que pensamentos podemos pensar, quais emoções e prazeres podemos experimentar, e quanto tempo poderemos manter-nos saudáveis e vivos.
Assim como grande parte da riqueza da vida e das relações humanas está oculta para a compreensão mesmo do chimpanzé mais inteligente, também existem possíveis valores que estão além da nossa compreensão - isto é, ou pelo menos parece ser, uma modesta e plausível conjectura. Estes valores estão atualmente irrealizáveis. Se, e quando, aprendermos a desenvolver novas capacidades e ampliarmos as que já temos, poderemos ser capazes de acessar essas regiões mais amplas de modos de ser e, talvez, descobrir algumas que sejam fantasticamente desejáveis.
Para modificar significativamente nossas limitações biológicas, teremos que lançar mão da tecnologia. Muitas das tecnologias necessárias podem ser previstas, mas não sabemos quanto tempo vai demorar para desenvolvê-las.
O Pós-humanismo (ou Transhumanismo para usar o termo padrão) é a visão de que devemos tentar desenvolver - de maneiras que sejam seguras e éticas - os meios tecnológicos que nos permitam a exploração do reino pós-humano de possíveis modos de ser. Os Transhumanistas acreditam que todas as pessoas devam ter acesso a essas tecnologias. A escolha de eventualmente utilizá-las, no entanto, normalmente deverá recair sobre cada indivíduo.
O termo "Pós-humanismo" também tem sido usado com outros sentidos, por exemplo, para referir-se a uma crítica do humanismo, enfatizando uma mudança na nossa compreensão da individualidade e de suas relações com o mundo natural, a sociedade, e os artefatos humanos. O Transhumanismo, pelo contrário, defende não tanto uma mudança na forma como pensamos sobre nós mesmos, mas sim uma visão de como podemos usar a tecnologia de forma concreta e outros meios para mudar o que somos - não nos substituir por outra coisa, mas sim para realizar o nosso potencial para tornar-nos algo mais do que somos atualmente. Assim como uma criança cresce e desenvolve as capacidades de um adulto, novas opções tecnológicas poderiam permitir-nos que, já adultos, possamos continuar a desenvolver e amadurecer em seres com capacidades pós-humanas.
A espécie humana ainda é jovem neste planeta, e é possível que ainda tenhamos visto pouco do que seja possível para que nos tornemos. Mas o sucesso nesta empreitada está longe de estar assegurado, porque ainda temos apenas a nossa sabedoria e compaixão humana bastante limitadas para nos guiar através da transição. Desenvolver uma maior compreensão prática e moral parece ser a primeira prioridade. Esta, juntamente com o desenvolvimento de ferramentas de aprimoramento humanos, esforços para reduzir os riscos catastróficos, e trabalharmos para aliviar as fontes mais imediatas do sofrimento humano, serão suficientes para preencher os dias de transhumanistas responsáveis e de outros que se esforcem para melhorar a condição humana.
(tradução livre do texto: Posthumanism - http://www.posthumanism.com/)
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Sistemas
Contos de Fadas High-tech
Nós, como gotas de oceanos
Evolução e mudanças
Tecnologias, conhecimento e... nós
Senescência e conhecimento
Assim como grande parte da riqueza da vida e das relações humanas está oculta para a compreensão mesmo do chimpanzé mais inteligente, também existem possíveis valores que estão além da nossa compreensão - isto é, ou pelo menos parece ser, uma modesta e plausível conjectura. Estes valores estão atualmente irrealizáveis. Se, e quando, aprendermos a desenvolver novas capacidades e ampliarmos as que já temos, poderemos ser capazes de acessar essas regiões mais amplas de modos de ser e, talvez, descobrir algumas que sejam fantasticamente desejáveis.
Para modificar significativamente nossas limitações biológicas, teremos que lançar mão da tecnologia. Muitas das tecnologias necessárias podem ser previstas, mas não sabemos quanto tempo vai demorar para desenvolvê-las.
O termo "Pós-humanismo" também tem sido usado com outros sentidos, por exemplo, para referir-se a uma crítica do humanismo, enfatizando uma mudança na nossa compreensão da individualidade e de suas relações com o mundo natural, a sociedade, e os artefatos humanos. O Transhumanismo, pelo contrário, defende não tanto uma mudança na forma como pensamos sobre nós mesmos, mas sim uma visão de como podemos usar a tecnologia de forma concreta e outros meios para mudar o que somos - não nos substituir por outra coisa, mas sim para realizar o nosso potencial para tornar-nos algo mais do que somos atualmente. Assim como uma criança cresce e desenvolve as capacidades de um adulto, novas opções tecnológicas poderiam permitir-nos que, já adultos, possamos continuar a desenvolver e amadurecer em seres com capacidades pós-humanas.
A espécie humana ainda é jovem neste planeta, e é possível que ainda tenhamos visto pouco do que seja possível para que nos tornemos. Mas o sucesso nesta empreitada está longe de estar assegurado, porque ainda temos apenas a nossa sabedoria e compaixão humana bastante limitadas para nos guiar através da transição. Desenvolver uma maior compreensão prática e moral parece ser a primeira prioridade. Esta, juntamente com o desenvolvimento de ferramentas de aprimoramento humanos, esforços para reduzir os riscos catastróficos, e trabalharmos para aliviar as fontes mais imediatas do sofrimento humano, serão suficientes para preencher os dias de transhumanistas responsáveis e de outros que se esforcem para melhorar a condição humana.
(tradução livre do texto: Posthumanism - http://www.posthumanism.com/)
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