Um destes dias enquanto esperava minha esposa no carro fiquei escutando no rádio uma entrevista de um "headhunter" que falava sobre motivação. A entrevista interessante, o "headhunter" parecia empolgado e o entrevistador não se perdia em assuntos tangenciais.
Tudo pronto para dar certo, certo?
Até que lá pelas tantas, nem me lembro qual a pergunta exatamente, o entrevistado saiu com esta pérola:
"Ninguem paga para você gostar do serviço."
(ou coisa que o valha).
TODOS meus alarmes começaram a tocar, apitar, buzinar, tremer, acender!
Quem era o tal entrevistado?
Goebels, por acaso?!
Ele passou os primeiros dez minutos falando sobre o desenvolvimento do funcionário e seu crescimento na empresa. Do seu conhecimento de metas e valores, processos e estratégias, e me sai com uma coisa dessas?
Acho que o cansaço e a empolgação conseguiram mostrar o verdadeiro Eu (dele) por trás desse melado todo.
Conseguiu, com 2 frases menores, mandar às favas o que teria sido, salvo esse faux-pas, uma ótima entrevista. Percebí que o tom de entusiasmo do entrevistador passou para: atenção.
A imagem que me veio à cabeça foi algo muito parecido com: "Perigo Will Robinson!".
Porque do susto?
A situação de interesse no serviço é conseguida muito mais facilmente se você gostar dele.
Certo?
Ou então, vendo o mesmo cenário de um ponto de vista diametralmente oposto; podemos colocar autómatos e máquinas para executar os processos, mas não podemos exigir nem esperar inovação ou desenvolvimento. Pelo simples fato de serem autómatos e máquinas.
Certo?
Mais uma vez, estamos falando de gente, pessoas!
Nenhum cargo ou posto temporário faz menos delas! Será que é tão difícil assim de entender?
Ou isso explicaria muitas coisas?
Quem sabe sou eu que estou ridiculamente enganado.
Certo?
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