"Respaldada por mais de 54,5 milhões de eleitores a Presidenta Dilma Rousseff..." começava o comentarista televisivo sua curta análise sobre a nova situação que se descortinava após o dia da eleição. Um pleito renhido até as últimas horas do certame, com direito a dedo no olho e xingamentos à progenitores de ambos os lados. Os números da eleição, matematicamente, mostraram uma divisão quase diametral do eleitorado no país. Paradoxo interessante se bem analisarmos as propostas do candidato perdedor. E, mesmo, as propostas dos outros candidatos perdedores, também.
Como explicar o resultado da votação, que quase nos leva a um terceiro turno inesperado?
Ainda na sua primeira entrevista, já como Presidenta (Presidenta pode sim!) reeleita, teve que driblar insistentes perguntas inoportunas da jornalista do plantão sobre nome e perfil de futuros ministros disto e daquilo. O termo "pescotapa" me veio à cabeça e, acredito que, pelo sorriso tigresco dela, também passou por lá.
Você já viu um tigre sorrir? William Blake fez uma descrição em um dos seus poemas, muito ilustrativa. Tivesse antes visto este sorriso, teria sido uma descrição bem melhor. E esta foi a tônica do tratamento dado pela mídia à Presidenta em exercício e reeleita.
Minto, me desculpem, essa entrevista foi "amistosa".
O que vimos anteriormente, durante o desenrolar das campanhas, foi um rosário de acusações e denúncias. Bombásticas edições requentadas e confusas, sem pé nem cabeça que, à analise mais detalhada, mostravam ranço diverticionista e partidarista. Odorico me ajuda na empreitada. Premiações por delações a comprovados, e reincidentes, delinqüentes de terno e gravata eram as provas principais e os recheios dos dossiê apresentados semanalmente pela mídia opositora.
A trama é complicada. Seus objetivos se alastrariam em várias direções ao mesmo tempo. Conseguir mostrar falcatruas e desonestidades executadas por membros do executivo (deste!) em conluio com elementos da iniciativa privada. Benefícios particulares e desvios do erário em detrimento da união como um todo. Enfim, o menu de sempre que se dá rédeas soltas à ganância. Inuendos e conspirações eram mero detalhe das informações publicadas. Verdadeiros "Samba" do Stanislaw, com o fim de confundir incautos e curiosos e, ao mesmo tempo, vender semanários.
Até agora, reduzindo as informações mostradas ao essencial minimo possível, ainda não se comprovou nada.
"Amanecerá y veremos", já dizia minha avó.
Dentre as múltiplas falhas das quais o candidato, ou melhor, a candidata da "posição" ao governo era imputada, a mais grave diz respeito a má gestão da maior, e principal, empresa estatal: a Petrobras.
A empresa foi criada pelo então Presidente, Getúlio Vargas, em 3 de outubro de 1953, tem uma produção de pouco mais de 2 milhões de barris de petróleo por dia. Nasceu depois de disputas contra interesses estrangeiros (leia-se: norte-americanos) lideradas pelo general Horta Barbosa.
Como explicar o resultado da votação, que quase nos leva a um terceiro turno inesperado?
Você já viu um tigre sorrir? William Blake fez uma descrição em um dos seus poemas, muito ilustrativa. Tivesse antes visto este sorriso, teria sido uma descrição bem melhor. E esta foi a tônica do tratamento dado pela mídia à Presidenta em exercício e reeleita.
Minto, me desculpem, essa entrevista foi "amistosa".
O que vimos anteriormente, durante o desenrolar das campanhas, foi um rosário de acusações e denúncias. Bombásticas edições requentadas e confusas, sem pé nem cabeça que, à analise mais detalhada, mostravam ranço diverticionista e partidarista. Odorico me ajuda na empreitada. Premiações por delações a comprovados, e reincidentes, delinqüentes de terno e gravata eram as provas principais e os recheios dos dossiê apresentados semanalmente pela mídia opositora.
A trama é complicada. Seus objetivos se alastrariam em várias direções ao mesmo tempo. Conseguir mostrar falcatruas e desonestidades executadas por membros do executivo (deste!) em conluio com elementos da iniciativa privada. Benefícios particulares e desvios do erário em detrimento da união como um todo. Enfim, o menu de sempre que se dá rédeas soltas à ganância. Inuendos e conspirações eram mero detalhe das informações publicadas. Verdadeiros "Samba" do Stanislaw, com o fim de confundir incautos e curiosos e, ao mesmo tempo, vender semanários.
Até agora, reduzindo as informações mostradas ao essencial minimo possível, ainda não se comprovou nada.
"Amanecerá y veremos", já dizia minha avó.
A empresa foi criada pelo então Presidente, Getúlio Vargas, em 3 de outubro de 1953, tem uma produção de pouco mais de 2 milhões de barris de petróleo por dia. Nasceu depois de disputas contra interesses estrangeiros (leia-se: norte-americanos) lideradas pelo general Horta Barbosa.
A Petrobras estava em 2011 no quinto lugar na classificação das maiores petrolíferas de capital aberto do mundo. Em valor de mercado, é a segunda maior empresa do continente americano e a quarta maior do mundo, no ano de 2010. Em setembro de 2010, passou a ser a segunda maior empresa de energia do mundo, sempre em termos de valor de mercado, segundo dados da Agência Brasil. Desmontar um prêmio deste calibre leva tempo. E preparação. Não é para corações fracos.
Mas, seguindo o brevário neo-liberal e prestando atenção a interesses econômicos e estratégicos, a venda da empresa seria um prêmio muito tentador para deixar passar. Ela é um aglutinador de paixões que somente poderia ser quebrado por uma causa grave. O governo disposto a desfazer-se dela sofreria retaliações de lados anteriormente opostos e antagônicos. Antes de ter que passar arnica para as dores, melhor fazer prosélitos...
E nada como ganhar prosélitos no grito! "Sou fera neném", me vem à cabeça. O resto a gente faz tranquilo. Aló, aló, gatas, gatinhas e cachorrões! Vote em mim pra Presidente!
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