Tecnologia é ferramenta.
A evolução tecnológica acaba, rápida e sem nenhum constrangimento, com o pragmatismo estático herdado do princípio da Revolução Industrial.
Onde antes viamos processos estratificados e isolados de produção de bens e criação de valor e conhecimento, hoje temos, cada vez mais e mais rápido, interações e iterações focais. O indivíduo isolado como foco de dados. E paradoxalmente, por ser elemento ligado em rede, disseminação e compartilhamento de informação, fantasiada de conhecimento em opiniões.
Entramos de sola, como dizem Sayad e Dimenstein (2002), na "Idade Mídia", abusando enormemente do conceito descrito por ambos. Na reinvenção da comunicação que é só significante, carregada de pouco ou nenhum, significado. Quase sem crítica nenhuma.
Preciso, antes de continuar e acabar esquecendo, fazer uma diferenciação entre significado e valor.
Valor é definido por muitos como tudo aquilo que podemos avaliar, pôr preço. As mais das vezes é tangível, pode ser tocado e visto. Significado, por outro lado, nem sempre é tangível, muitas vezes é altamente subjetivo, mas pode ser sentido, algumas raras vezes visto. Mas, dificilmente podemos avaliar.
Me atrevo a adir que, se podemos comprar, seu valor é pouco.
Feito isso, continuemos...
Como disse antes, a evolução tecnológica nos avassala com software livre, cloud computing, mobilidade, VoIP, portabilidade, Bitcoin, 3D printing, veículos elétricos e energias alternativas. Jason Pearlow, do Tech Boiler, diz que, "cada um deles com forças ideológicas e sociais únicas e ainda uma essência comum a todos: a acessibilidade."
E ainda desenvolve a ideia de que esta acessibilidade não é de forma alguma um movimento social ligado ao melhoramento da sociedade como um todo. Por definição seria o desejo pessoal e auto-centrado de não gastar mais. Ou, em termos técnicos, os avanços rápidos da tecnologia têm feito com que nossa percepção do valor das coisas diminua de tal forma que muitos bens e serviços desvalorizaram bem abaixo do que as pessoas estão dispostas a pagar por eles. E que esta situação nunca antes tinha acontecido na história da humanidade.
Nunca antes a tecnologia havia patrocinado a parcimônia.
Se ele não sabe, muito menos eu, diletante extra-oficioso, quando tudo isto começou. Mas, suspeita que tenha sido no final do anos 90, quando do aparecimento do movimento do software livre. Da minha parte, acredito que tenha sido imbuído em nós bem, bem antes, quando ainda tínhamos que nos virar sozinhos como unidades familiares únicas. Mas, isso se perde diluído no tempo e, se alguém escuta, nem presta atenção. Doutra vez, divago nefelibatamente sobre esses assuntos, parece que rezo em latím frente ao Gorrochategui s.j..
E então vieram as crises e as recessões, das quais muitas empresas ainda não acabaram de sair, algumas nem ao menos entenderam o que foi que aconteceu, e criaram uma relutância ao gasto e uma desvalorização de bens e serviços numa escala mundial.
Mesmo que a adoção do software livre não tenha sido aquela panaceia que todos esperavam, ainda é o melhor incentivo para sua adoção e uso. É gráti$!
Por que gastar com servidores caros e complicados quando podemos simplesmente implementar a nuvem (cloud computing)? Com o benefício adicional de não mais precisar de colaboradores especializados e todos os custos embutidos na sua contratação. Reduzir os custos de telefonia e comunicação aproveitando as características do VoIP. Remanejar processos e logísticas aproveitando as redes sociais e automação oferecida em portais do governo.
Mas, e ao mesmo tempo em que as empresas mostram relutância em gastar, há uma substituição de gente (que é considerada barata) por softwares que são, ultimadamente: baratos.
Paradoxalmente, todos estes processos são desenvolvidos por gente, para ser operado por gente, para influenciar gente a fazer coisas que só gente pode fazer: consumir produtos... de gente.
Pode parecer ingênuo ou infantil mas, não está faltando senso nisto tudo? Podemos reduzir todos os custos de produção a sua face mais simples, mas continuaremos na ágora antiga. Onde a tecnologia continua sendo desenvolvida, como antigamente, para ser ferramenta. Um meio, nunca um fim em si mesma.
Nós, gente, continuamos sendo uns o limite dos outros. Como estes limites são transpostos, ultrapassados, e veremos ferramentas em ação.
Tecnologia é ferramenta... já lhes disse isso antes?
_______________
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Nós, como gotas de oceanos
Tecnologia, Conhecimento e... nós
Senescência e Conhecimento
Do carvão ao Grafeno
Pós-Facebook
A evolução tecnológica acaba, rápida e sem nenhum constrangimento, com o pragmatismo estático herdado do princípio da Revolução Industrial.
Onde antes viamos processos estratificados e isolados de produção de bens e criação de valor e conhecimento, hoje temos, cada vez mais e mais rápido, interações e iterações focais. O indivíduo isolado como foco de dados. E paradoxalmente, por ser elemento ligado em rede, disseminação e compartilhamento de informação, fantasiada de conhecimento em opiniões.
Entramos de sola, como dizem Sayad e Dimenstein (2002), na "Idade Mídia", abusando enormemente do conceito descrito por ambos. Na reinvenção da comunicação que é só significante, carregada de pouco ou nenhum, significado. Quase sem crítica nenhuma.
Preciso, antes de continuar e acabar esquecendo, fazer uma diferenciação entre significado e valor.
Valor é definido por muitos como tudo aquilo que podemos avaliar, pôr preço. As mais das vezes é tangível, pode ser tocado e visto. Significado, por outro lado, nem sempre é tangível, muitas vezes é altamente subjetivo, mas pode ser sentido, algumas raras vezes visto. Mas, dificilmente podemos avaliar.
Me atrevo a adir que, se podemos comprar, seu valor é pouco.
Feito isso, continuemos...
Como disse antes, a evolução tecnológica nos avassala com software livre, cloud computing, mobilidade, VoIP, portabilidade, Bitcoin, 3D printing, veículos elétricos e energias alternativas. Jason Pearlow, do Tech Boiler, diz que, "cada um deles com forças ideológicas e sociais únicas e ainda uma essência comum a todos: a acessibilidade."
E ainda desenvolve a ideia de que esta acessibilidade não é de forma alguma um movimento social ligado ao melhoramento da sociedade como um todo. Por definição seria o desejo pessoal e auto-centrado de não gastar mais. Ou, em termos técnicos, os avanços rápidos da tecnologia têm feito com que nossa percepção do valor das coisas diminua de tal forma que muitos bens e serviços desvalorizaram bem abaixo do que as pessoas estão dispostas a pagar por eles. E que esta situação nunca antes tinha acontecido na história da humanidade.
Nunca antes a tecnologia havia patrocinado a parcimônia.
Se ele não sabe, muito menos eu, diletante extra-oficioso, quando tudo isto começou. Mas, suspeita que tenha sido no final do anos 90, quando do aparecimento do movimento do software livre. Da minha parte, acredito que tenha sido imbuído em nós bem, bem antes, quando ainda tínhamos que nos virar sozinhos como unidades familiares únicas. Mas, isso se perde diluído no tempo e, se alguém escuta, nem presta atenção. Doutra vez, divago nefelibatamente sobre esses assuntos, parece que rezo em latím frente ao Gorrochategui s.j..
E então vieram as crises e as recessões, das quais muitas empresas ainda não acabaram de sair, algumas nem ao menos entenderam o que foi que aconteceu, e criaram uma relutância ao gasto e uma desvalorização de bens e serviços numa escala mundial.
Mesmo que a adoção do software livre não tenha sido aquela panaceia que todos esperavam, ainda é o melhor incentivo para sua adoção e uso. É gráti$!
Por que gastar com servidores caros e complicados quando podemos simplesmente implementar a nuvem (cloud computing)? Com o benefício adicional de não mais precisar de colaboradores especializados e todos os custos embutidos na sua contratação. Reduzir os custos de telefonia e comunicação aproveitando as características do VoIP. Remanejar processos e logísticas aproveitando as redes sociais e automação oferecida em portais do governo.
Mas, e ao mesmo tempo em que as empresas mostram relutância em gastar, há uma substituição de gente (que é considerada barata) por softwares que são, ultimadamente: baratos.
Paradoxalmente, todos estes processos são desenvolvidos por gente, para ser operado por gente, para influenciar gente a fazer coisas que só gente pode fazer: consumir produtos... de gente.
Pode parecer ingênuo ou infantil mas, não está faltando senso nisto tudo? Podemos reduzir todos os custos de produção a sua face mais simples, mas continuaremos na ágora antiga. Onde a tecnologia continua sendo desenvolvida, como antigamente, para ser ferramenta. Um meio, nunca um fim em si mesma.
Nós, gente, continuamos sendo uns o limite dos outros. Como estes limites são transpostos, ultrapassados, e veremos ferramentas em ação.
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