Convivência é uma façanha para poucos!
Fico surpreso em quão poucos de nós aparecemos mortos, toda manhã, por sermos como somos. O número ainda está abaixo do real! Alguém esconde os cadáveres para evitar o caos. Cada um de nós achamos que "meu(seu)" mundo é o perfeito e o que ele(a) não entende está totalmente errado. Logo de cara!
Não há explicação ou razonamento(?) que consiga parar a discussão em que se transformam os mais diversos pontos de vista quando entram em atrito, digo contato. O que devia ser algo prazeiroso se transforma em um dos círculos do inferno! Daqueles evitados por Dante!!
Como guardamos mágoa e somos capazes de magoar uns aos outros por tão pouco. Coisas simples; não preciso ser o primeiro, o maior, o melhor. Ou, ter mais poder, mais dinheiro, mais objetos!
Podemos desfrutar do aqui e agora sem nos matar para isso? Não podemos?
Onde está escrito que para ser feliz, ou pelo menos estar contente, satisfeito, estar zen, sei lá, preciso ter qualquer coisa fora de mim? Fora de nós?
Alguém ficou com meu manual de instruções... meu manual do proprietário, eu nunca o ví. E, por falar nisso nunca ví o de ninguem.
Se é isso o que se aprende em qualquer doutrina, eu estou fora! Não acredito em divindades com formulário de adesão nem caderneta de assiduidade!
Vai ver é por isso que estamos destruindo nosso mundo e não paramos para ver como ele é bonito. Como ele seria perfeito, não fosse a raça humana ser como é.
...
Que as mudanças comecem por mim, então!
Mas fica cada vez mais difícil dar a outra face... Não fazer nada acaba parecendo que estou a concordar com o que discordo. O silêncio nem sempre é concordância. E, ao tentar argumentar, sou acolhido por gritos e sandices. Um teste de paciência.
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Concedo, acredito que eu seja 48,5% responsável... hmm... culpado, insiste em aparecer. Precisa de 2 para esta dança. Mas, não me ocorreu toda esta racionalização nem antes, nem durante. Só agora.
Paciência.
Tenho ojeriza a ser rotulado de existencialista, ainda mais se acompanhado do adjetivo sartriano, mas, lá vai outra do mestre francês, através do personagem Garcin em Huis Clos, "[...] o inferno são os outros". Isso porque talvez seja só através do olhar do outro que a gente se reconheça. Ou melhor, é através do outro que me encontro enquanto ser. Daí o incômodo com o rótulo de existencialista. Quanto a querela, acho que o que vale é o processo, pois o resto é só vaidade.
ResponderExcluirGrande abraço.
Thiago.
mestre...
ResponderExcluirTu já viu alguém ganhar discussão por pontos? Discussão se ganha por K.O. simples ou composto. Composto por inchaços variados, ossos quebrados ou óbito extremo. Sou mais adepto à boa e velha doutrina americana do "Big Stick"!! [brincadeirinha]
ResponderExcluirSim, sim, concordo: o inferno são os outros! Mesmo que não me reconheça nessa pintura cubista.
Maestro, a doutrina do "big stick" figura, juntamente com a coca-cola, o boxe e o revolver, entre as maiores e melhores invenções do legado norte americano, não acha?
ResponderExcluirAh, eles não inventaram o cinema, mas o elevaram aos píncaros da glória... não é mesmo?
Abraço.