Tropismo é um conceito muito usual em biologia e que se refere ao crescimento, e movimento, que acontece principalmente com as plantas. E, como ele é condicionado, grandemente, pelo ambiente externo. A força menor cede ante a força maior, a resistência menor cede ante a insistência maior mesmo que esta esteja sendo exercida pela força menor, etc., etc.
Conseguem ver o que vejo?
Precisa de explicação e a faço. (Sim Francis, vou parar de ler dicionários! Prometo...)
Estive (re)lendo os comentários deste post hoje de manhã e percebo que todos declararam estarmos frente a uma mudança de atitudes. Uma mudança que (estejamos cientes dela ou não) já nos atinge fisicamente como uma praga. Como qualquer doença, não respeita raça, gênero, idade ou "conta bancária" -já diria o HTorloni. Mas, o que me chamou a atenção desta re-leitura, foi o quadro que se me apresentou: tropismo(s).
Confesso que é uma mistura do que tenho lido e escrito.
Juntamos, leia-se: somamos, gente à tecnologia.
Em pontos focais, ao redor do mundo, criam-se tecnologias cada vez mais avançadas. A produção em escala industrial e seus processos criam mercados e consumo. Vejam que, como acontece com as plantas que desviam seu crescimento ao encontrar um obstáculo intransponível, a sociedade mudou ao ser indiscriminadamente exposta à tecnologia.
Dai tropismos...
Entendem agora porque falei "somamos"? Somamos "smart gadgets" às pessoas.
Lamentavelmente, desta soma não retiramos "smartpeople", continuamos tão gente (como em mensch) quanto dantes. Como já antes tinha comentado neste blog.
Não melhores, apenas despidos de alguns "atavismos", chamemos-lhes assim. Grande parte da nossa memória a passamos, sem pestanejar, para as nuvens sem chegarmos a entender o que signifique nefelibata, por exemplo.
Expomos-nos a estas novas tecnologias, como já o fizemos antes com o rádio e a televisão. Tecnologias que foram ficando cada vez mais interativas e ubiquitas, e que não parecem ter perdido momento durante toda sua evolução, mas muito pelo contrário. Sua evolução fica todo dia mais rápida.
Enquanto isso, no outro braço da equação... mmm...
Nossas crianças aprendem mais rápido!
Nossas crianças respondem a estímulos de cores e sons. Elas escutam melhor que qualquer adolescente que fique ligado a fones ouvindo música e a nada mais. Bach, Beethoven, Shakespeare, não se fizeram ouvir por mais gente, gritando nem aumentando o volume das suas composições. E ainda somos capazes de reconhecer trechos ínfimos delas num assovio passageiro, num comentário sem importância.
As artes evoluíram como nunca antes!
Depois que Gronk descobriu que pintar parede de cavernas dava status, o mundo nunca mais foi o mesmo. Apareceu o primeiro "designer de interiores" do mundo!
Podemos fazer muito mais coisas no mesmo espaço de tempo!
Temos muito mais tecnologia para fazê-lo. Qual a graça? Temos que insistir que "essas coisas" tenham sentido e utilidade não somente para seu criador.
Podemos imaginar quase qualquer coisa que queiramos!
Com toda essa tecnologia a calcular por nós, ainda me surpreendo que consigamos pensar por nós mesmos. E, em alguns casos, confesso, que tenho certeza que não o andamos fazendo lá muito bem. Vejam o seguinte argumento muito popular ultimamente em SP: para protestar contra as deficiências do sistema de transportes urbano, queimamos (e/ou deixamos queimar) os elementos desse mesmo transporte que estão funcionando.
Encontrem a lógica desse discurso!
De modo algum sou contra a tecnologia, sou muito a favor dela. Me diverte e alivia.
Contudo, e insisto neste ponto (a tal tecla que vivemos apertando): precisamos evoluir como raça.
Pensar, amar, respeitar-nos uns aos outros. Ultimamente para cada novo relacionamento precisamos -ANTES- assinar um contrato de adesão! Cheio de letrinhas miúdas em legalês e recomendações confusas.
Não era mais fácil quando eram somente dez?
Em algum lugar esquecemos o metrônomo do coração, como dito por Villa-Lobos.
E ainda tem muito mais
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Contos de Fadas High-Tech
Nós - como Gotas de Oceanos
Tecnologias, Conhecimentos e... nós
Senescência e Conhecimento
Do carvão ao grafeno
Conseguem ver o que vejo?
Precisa de explicação e a faço. (Sim Francis, vou parar de ler dicionários! Prometo...)
Estive (re)lendo os comentários deste post hoje de manhã e percebo que todos declararam estarmos frente a uma mudança de atitudes. Uma mudança que (estejamos cientes dela ou não) já nos atinge fisicamente como uma praga. Como qualquer doença, não respeita raça, gênero, idade ou "conta bancária" -já diria o HTorloni. Mas, o que me chamou a atenção desta re-leitura, foi o quadro que se me apresentou: tropismo(s).
Confesso que é uma mistura do que tenho lido e escrito.
Juntamos, leia-se: somamos, gente à tecnologia.
Em pontos focais, ao redor do mundo, criam-se tecnologias cada vez mais avançadas. A produção em escala industrial e seus processos criam mercados e consumo. Vejam que, como acontece com as plantas que desviam seu crescimento ao encontrar um obstáculo intransponível, a sociedade mudou ao ser indiscriminadamente exposta à tecnologia.
Dai tropismos...
Entendem agora porque falei "somamos"? Somamos "smart gadgets" às pessoas.
Lamentavelmente, desta soma não retiramos "smartpeople", continuamos tão gente (como em mensch) quanto dantes. Como já antes tinha comentado neste blog.
Não melhores, apenas despidos de alguns "atavismos", chamemos-lhes assim. Grande parte da nossa memória a passamos, sem pestanejar, para as nuvens sem chegarmos a entender o que signifique nefelibata, por exemplo.
Expomos-nos a estas novas tecnologias, como já o fizemos antes com o rádio e a televisão. Tecnologias que foram ficando cada vez mais interativas e ubiquitas, e que não parecem ter perdido momento durante toda sua evolução, mas muito pelo contrário. Sua evolução fica todo dia mais rápida.
Enquanto isso, no outro braço da equação... mmm...
Nossas crianças aprendem mais rápido!
Nossas crianças respondem a estímulos de cores e sons. Elas escutam melhor que qualquer adolescente que fique ligado a fones ouvindo música e a nada mais. Bach, Beethoven, Shakespeare, não se fizeram ouvir por mais gente, gritando nem aumentando o volume das suas composições. E ainda somos capazes de reconhecer trechos ínfimos delas num assovio passageiro, num comentário sem importância.
As artes evoluíram como nunca antes!
Depois que Gronk descobriu que pintar parede de cavernas dava status, o mundo nunca mais foi o mesmo. Apareceu o primeiro "designer de interiores" do mundo!
Podemos fazer muito mais coisas no mesmo espaço de tempo!
Temos muito mais tecnologia para fazê-lo. Qual a graça? Temos que insistir que "essas coisas" tenham sentido e utilidade não somente para seu criador.
Podemos imaginar quase qualquer coisa que queiramos!
Com toda essa tecnologia a calcular por nós, ainda me surpreendo que consigamos pensar por nós mesmos. E, em alguns casos, confesso, que tenho certeza que não o andamos fazendo lá muito bem. Vejam o seguinte argumento muito popular ultimamente em SP: para protestar contra as deficiências do sistema de transportes urbano, queimamos (e/ou deixamos queimar) os elementos desse mesmo transporte que estão funcionando.
Encontrem a lógica desse discurso!
De modo algum sou contra a tecnologia, sou muito a favor dela. Me diverte e alivia.
Contudo, e insisto neste ponto (a tal tecla que vivemos apertando): precisamos evoluir como raça.
Pensar, amar, respeitar-nos uns aos outros. Ultimamente para cada novo relacionamento precisamos -ANTES- assinar um contrato de adesão! Cheio de letrinhas miúdas em legalês e recomendações confusas.
Não era mais fácil quando eram somente dez?
Em algum lugar esquecemos o metrônomo do coração, como dito por Villa-Lobos.
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