quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Aproveitemos as desgraças

Às vezes uma desgraça, um contratempo, um revês enfim nos deixa sem ação. Mas, quanto mais penso no assunto todas essas desgraças, esses contratempos e reveses trazem condições para mudanças e suas soluções. Algumas inesperadas e inovadoras, até.
Senão vejamos alguns exemplos;

No Haití, o último terremoto acabou com quase todo. Seja lá o tipo de organização que tinham, não existe mais. As construções ruiram como castelos de areia, e não ficaria surpreso se as que ainda não cairam, irão fazê-lo num futuro relativamente curto. As imagens que nos têm chegado é a de um caos de gente sem destino ou função esperando "maná cair dos céus". E muitos países, esquecendo seus próprios problemas, ajudando essas pessoas. Reforçando muitas vezes esta espera de chuva de maná.

Ok, acredito que num primeiro momento seria útil essa ajuda. Mas com o tempo ela deveria mudar e adaptar-se às necessidades do local. Recriar a sociedade ou melhor aproveitar o momento para criar uma sociedade melhor, uma organização social melhor para o Haití. Se seus líderes viram a necessidade de fugir do local, melhor! Não eram bons líderes, outros surgirão. Mas, num novo contexto. Um onde o bemestar de todos seja a razão primordial. Onde o desenvolvimento pessoal crie condições para o social e vice-versa. E onde as pessoas se adaptem ao meio-ambiente e não mais forçar o contrario.

Nossa própria história recente nos mostra que saímos melhores das desgraças. Basta lembrar uns 20, 30 anos atrás a situação em que estavamos. Foram necessárias todas essas "passagens" para melhorar. Digo "melhorar" pois acredito piamente que estamos melhor hoje do que naquela época. Pode discordar a vontade.

Não virar as costas e ficar pensando como eramos, mas encarar o presente e trabalhar com afinco para atingir o futuro que queremos. Cuidar do processo para atingí-lo, lembrando que todos estamos ligados por ação ou reação.
E cada um tem seu tempo certo de aprender e reagir.
(continua)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Hein 2

"A ciência é antes um modo de pensar do que propriamente um conjunto de conhecimentos.

Quanto pode o cérebro saber? Nele existem, talvez, 10(x11), ou seja, 10 bilhões de neurônios, que são os elementos de circuito, os interruptores e comutadores responsáveis pela atividade químico-elétrica que faz funcionar nossas mentes. Um neurônio cerebral típico talvez tenha uns mil pequenos filamentos chamados dendritos, os quais o ligam a seus pares. Se, como parece provável, cada informação no cérebro corresponde a uma dessas conexões, o número de coisas conhecíveis pelo cérebro é menor do que 10(x14), isto é 100 trilhões. Mas isso é apenas um por cento do número de átomos contidos em nosso grão de sal.

Assim, nesse sentido, o universo é incognoscível, absolutamente imune a qualquer tentativa de pleno conhecimento por parte do homem. Nesse nivel, se não podemos compreender um grão de sal, muito menos o universo."

Este escrito de Carl Sagan, me faz lembrar um argumento muito usado pela minha esposa, no qual mistura, escatologicamente, conhecimento, cabras e esferas.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Hein? Ou meio-qui-dá

Dizer: "suis perdu", seria um pleonasmo, afetado ainda por cima.
Mas, a cada dia que passa, sinto que até meu Português lentamente se esvai. Fico cada vez mais na periferia do entendimento das coisas mais triviais. Se me perguntam: "E tu, o que fazes?", fico surpreso ao descobrir que não sei fazer porra nenhuma, nem mesmo montar uma resposta valida à pergunta.

Não acredito que o consumo desregrado de oxigênio seja qualificativo para qualquer coisa. No entanto, continuo consumindo oxigênio como se não houvesse futuras conseqüências. Fico assustado e envergonhado olho de soslaio e vejo um mundo inteiro de gente igual a mim. Porém, sem o menor sombra de constrangimento.
Somos Legião!!

Aqui e alí, um ou outro se destaca por cinco minutos, como peixes pulando fora d'água por ar ou atrás de um inseto que veio matar a sede.
Mas, é só isso.
Muito raros, muito poucos.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Mr. Skull


It starts like this:

"
In a long, long time, yet to come
when your children's grandsons own children
will be nothing more than specks of dust
drifting in the wings of light,
there will be [Skull].

Now, [Skull] will be much like you and me.
He'll live his life and toil from day-to-day,
much as we do.
The difference between us is that
[Skull] has no body.


No... no, no body as in not having someone to be with him,
like your mother or father do with you.
Those, he had more than he could wish for.
For [Skull] had many of both.
I mean no body as in just a head.
A skull; hence his name.

...

And when market-day was over and done with,
he would return home.
And by the way he would give hat and dress,
hair and limbs, eyes and tongue,
teeth and toes back to their rightful owners.
And everything was right again.
And everyone was happy again.
And [Skull] went about his business.


(aprés Tutuola)
"