É assim...
Na França, em Provins, uma cidade medieval no centro do país, esta empresa de supermercados, ou deveria usar o termo logístico, varejistas urbanos, percebeu que havia uma enorme quantidade de produtos, horti-granjeiros principalmente, que iam diretamente do produtor para o lixo. Por ano, por volta de umas 300 mil toneladas.
Independente, e apesar de, estar bons para consumo humano.
O Intermarché Provins (Seine-et-Marne) ofereceu frutas e legumes abaixo dos padrões a preços 30% mais baratos aos seus clientes como opção de compra, bem ao lado de frutas e legumes "normais". A agência de publicidade Marcel, foi a encarregada de acompanhar e apoiar a operação com uma campanha de publicidade na cidade. Criou-se o nome e um universo ao redor da operação chamada simplesmente de: "Frutas e Legumes Feios" (Fruits-et-Légumes-Moches).
O sucesso foi imediato. A revista LSA, especializada em varejo chegou a comentar que o evento tornou-se a história mais lida no seu portal. Com um investimento baixo, somente alguns milhares de Euros para compra do espaço, aproveitou-se aquela produção que seria, de outra forma, descartada ao lixo.
Uma campanha de cunho ecológico... ou, na verdade, até que enfim alguém pensou com a cabeça.
Apesar da empresa Intermarché ter uma série de outros problemas, como muitas outras empresas, ela resolveu replicar a campanha por toda sua rede de supermercados.
Assista a chamada da campanha a seguir:
* L200. Tive que desenhar grades laterais para poder aumentar o volume carregado. Além da economia no custo da ração, os animais adoram, a vaca é viciada em maça.
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Contos de Fadas High-Tech
Nós, como gotas de oceanos
Consumo como afirmação
Na França, em Provins, uma cidade medieval no centro do país, esta empresa de supermercados, ou deveria usar o termo logístico, varejistas urbanos, percebeu que havia uma enorme quantidade de produtos, horti-granjeiros principalmente, que iam diretamente do produtor para o lixo. Por ano, por volta de umas 300 mil toneladas.
Independente, e apesar de, estar bons para consumo humano.
O Intermarché Provins (Seine-et-Marne) ofereceu frutas e legumes abaixo dos padrões a preços 30% mais baratos aos seus clientes como opção de compra, bem ao lado de frutas e legumes "normais". A agência de publicidade Marcel, foi a encarregada de acompanhar e apoiar a operação com uma campanha de publicidade na cidade. Criou-se o nome e um universo ao redor da operação chamada simplesmente de: "Frutas e Legumes Feios" (Fruits-et-Légumes-Moches).
O sucesso foi imediato. A revista LSA, especializada em varejo chegou a comentar que o evento tornou-se a história mais lida no seu portal. Com um investimento baixo, somente alguns milhares de Euros para compra do espaço, aproveitou-se aquela produção que seria, de outra forma, descartada ao lixo.
Uma campanha de cunho ecológico... ou, na verdade, até que enfim alguém pensou com a cabeça.
Apesar da empresa Intermarché ter uma série de outros problemas, como muitas outras empresas, ela resolveu replicar a campanha por toda sua rede de supermercados.
Assista a chamada da campanha a seguir:
Enquanto isso, em Pindorama...
Produzimos 190 mil toneladas de lixo por dia. 13% são jogados nas ruas, 87% é coletado pelos serviços de limpeza urbana. Deste lixo, 51,4% são resíduos orgânicos, 16,7% são outros resíduos e 28,9% são embalagens variadas. Destas embalagens 34,7% vão parar no lixão e 65,3% voltam por reciclagem às fábricas. Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico em 2008, Brasil produziu 58,5 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos recicláveis, por dia!
É lógico que você sabe que o Brasil exporta tecnologia e processos de reciclagem. E somos, em várias instâncias, um dos primeiros países a aplicar a reciclagem com constância e métodos. Recentemente, em 02 de agosto de 2010, o governo lançou uma lei sobre resíduos sólidos urbanos (RSU), a Lei 12.305.
Segundo dados do Datamark/Brasil Food Trends 2020, em 2011 os maiores consumidores de embalagens do mundo (Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França) gastaram US$ 361 bilhões. As projeções para 2016 indicam que esse gasto será de US$ 439,6 bilhões. No Brasil, nessas mesmas datas gastamos, US$25 bilhões e gastaremos US$ 30, 8 bilhões em 2016.
Segundo dados do Datamark/Brasil Food Trends 2020, em 2011 os maiores consumidores de embalagens do mundo (Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França) gastaram US$ 361 bilhões. As projeções para 2016 indicam que esse gasto será de US$ 439,6 bilhões. No Brasil, nessas mesmas datas gastamos, US$25 bilhões e gastaremos US$ 30, 8 bilhões em 2016.
Mas, nem tudo está perdido ainda. O Brasil é considerado referência internacional em logística reversa e recolhimento de embalagens vazias. Ocupamos o posto de país que mais recolhe embalagens de agrotóxicos vazias, com 94% coletados em 2013. No mesmo período a França recolheu 77%, a Alemanha 67%, Japão 50% e os Estados Unidos somente 33%, em média. Mas isso é somente um exemplo, fazemos muito mais.
E ainda é pouco.
Aqui, me atrevo a inserir um aparte, onde recomendo a leitura do artigo de José Mendonça de Barros, escrito ainda em 2012, no Canal do Produtor, para melhor análise da produção agrícola brasileira: Brasil e a Agricultura Mundial.
Por que de tudo este post?
Apesar de parecer disperso e incompleto -nenhum post com este tema estará completo- ele mostra a urgência de atitudes e o simples e barato das soluções possíveis. E sou prova disso. Tenho um pequeno sítio ao pé da Serra da Cantareira, uma pequena criação de galinhas, porcos e uma vaquinha mini-Jersey. Todo sábado vou à feira livre e recolho o descarte de frutas e legumes. Consigo encher com uma parte deste volume a caçamba da caminhonete*. E levar para suplementar a alimentação dos animais. Antes disso passo num supermercado e recolho as caixas de verduras que são descartadas das gôndolas ou na inspeção de entrada.
O que não deixa de me surpreender é a quantidade de alimentos ainda em condições próprias para consumo que é descartado toda semana. A cada dia. E quando cheguei a sugerir que fosse aproveitado (criando assim um novo produto e serviço ofertado aos clientes) de alguma forma, me tornei alvo de zombarias.
Sou visto como um excêntrico, pouco mais que um doido, que tem por hobby coletar frutas e verduras descartadas do supermercado.
Sou visto como um excêntrico, pouco mais que um doido, que tem por hobby coletar frutas e verduras descartadas do supermercado.
* L200. Tive que desenhar grades laterais para poder aumentar o volume carregado. Além da economia no custo da ração, os animais adoram, a vaca é viciada em maça.
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