Nestes dias atrás li, gostei, compartilhei e comentei no LinkedIn um artigo publicado pela awebic, sobre tradução de original da Just Something inglesa.
Vê onde quero chegar?
Gostei do artigo por ser simples. Faz muitas generalizações para esboçar um perfil do que seja ser criativo. E sim, o que é diferente cria incômodos e constrangimentos, às vêzes para ambas as partes envolvidas. Como se desenvolverá essa interação, coalhada de entretantos e não-me-toques individuais é que vai ser ela. Veja que a maioria do desenvolvimento disruptivo (como em inovação) aconteceu com a participação de um (pelo menos um...) criativo e sua indefectível pergunta: "e se..." ou então, alguem esqueceu a torneira aberta por descuido e foi um dilúvio.
As (22) Coisas que caracterizam as pessoas criativas, é uma lista que enumera as características que identificam os criativos. Vou tentar re-fazer a análise do texto apresentado naquele artigo motrando a lista aqui.
Eis a lista do artigo:
São formas de fazer, somente. Essa organização, como diria Saussare: "Bem longe de dizer que o objeto precede o ponto de vista, diríamos que é o ponto de vista que cria o objeto: aliás, nada nos diz de antemão que uma dessas maneiras de considerar o fato em questão seja anterior ou superior às outras."
Ok, ok... #11 e #12 são, definitivamente a mesma coisa. Eu vi também.
Procrastinar (#15), pode até ser uma outra forma de priorizar, só que vista do lado de fora. Do ponto de vista do outro. A hierarquia do que seja mais ou menos importante é diferente para cada um de nós... todos nós. Alguns chamam de procrastinação ou não levar as coisas a sério, mas quem diz que não foram consideradas e colocadas no lugar certo?
Ia falar que criar-iamos uma nova lista, mas acho melhor deixar pra lá.
A #5, ao meu ver, é a verdadeira provação (como em ordeal), não somente para o criativo. Afinal, estamos vivendo numa sociedade que não tolera muito graciosamente os fracassos.
Por exemplo: acha que o 14bis se chamava assim porque era o primeiro da série ou o Santos Dumont era fã desse número em particular?
Hein?
O tempo é diferente para todos exceto para os relógios. Parece brincadeira mas, se todos estão ocupados com coisas rotineiras (ou dormindo, então) se torna mais fácil ver oportunidades. Não é mesmo? Quando falamos em inovação as coisas se complicam para quem está acostumado com rotinas... ou soluções esperadas.
É o problema das receitas, por exemplo. Os passos (processos) são iguais, o resultado...
A #17 é óbvia demais, nê? Quem gosta de limites? A escola é o típico ambiente em que todos somos "homogeneizados". Situações como a TDAH, os devaneios e as displicências demonstradas por uma fração dos alunos deveriam ser estudadas e classificadas de formas diferentes, e suas responsabilidades repartidas melhor. Usualmente o culpado é sempre a criança, nunca o método de ensino ou a forma de alfabetização.
Será?
Me chamou a atenção o número #21, quando fala do medo de recomeçar. Algumas pessoas confundem estupidez com valentia, e não, de forma alguma, são a mesma coisa. O elemento medo estará sempre lá, é um instinto básico. As vêzes custa mais, muito mais do que os livros de história conseguem descrever.
Como se diz, não tem nada a ver.
Ainda que, pensando bem, agora contamos com uma série de elementos novos a adir a equação; as interfaces tecnológicas, por exemplo. Veja, a curva de aprendizado para lidar com interfaces se restringe a uma série de comandos e combinações econômicas entre eles. Sim, econômicas.
Não se inventam comandos ou combinações novas nem diferentes para fazer a mesma coisa de interface para interface. Os programadores se acostumam e acostumam o usuário a repeti-los. Repetição esta que nos leva, e a cada novo usuário que com esta tecnologia entra em contato, a identificar e reduzir o reconhecimento de comandos e combinações.
As (22) Coisas que caracterizam as pessoas criativas, é uma lista que enumera as características que identificam os criativos. Vou tentar re-fazer a análise do texto apresentado naquele artigo motrando a lista aqui.
Eis a lista do artigo:
- Pessoas criativas se inspiram nas horas mais improváveis
- Eles sonham acordado
- Eles ficam entediados facilmente
- Eles enxergam o mundo com os olhos de uma criança
- Eles vão falhar… assim como vão tentar novamente depois
- Eles escutam que devem arrumar um trabalho de verdade
- Eles seguem seus corações
- Eles se perdem no tempo
- Eles trabalham quando os outros estão dormindo… e dormem quando os outros estão trabalhando
- Eles enxergam oportunidades onde os outros veem dificuldades
- Eles se apaixonam por suas criações em um dia e no outro as odeiam como nunca antes
- Eles odeiam suas criações em um dia e no outro estão completamente apaixonados por elas
- Eles são humildes e orgulhosos ao mesmo tempo
- Eles estão sempre à procura de novas formas de se expressar
- Eles procrastinam
- Eles veem o outro lado da moeda
- Eles não gostam de limites
- Eles não costumam gostar de números
- Eles são grandes observadores
- Eles estão sempre buscando novas experiências
- Eles recomeçam tudo de novo
- Eles amam
São formas de fazer, somente. Essa organização, como diria Saussare: "Bem longe de dizer que o objeto precede o ponto de vista, diríamos que é o ponto de vista que cria o objeto: aliás, nada nos diz de antemão que uma dessas maneiras de considerar o fato em questão seja anterior ou superior às outras."
Ok, ok... #11 e #12 são, definitivamente a mesma coisa. Eu vi também.
Procrastinar (#15), pode até ser uma outra forma de priorizar, só que vista do lado de fora. Do ponto de vista do outro. A hierarquia do que seja mais ou menos importante é diferente para cada um de nós... todos nós. Alguns chamam de procrastinação ou não levar as coisas a sério, mas quem diz que não foram consideradas e colocadas no lugar certo?
Ia falar que criar-iamos uma nova lista, mas acho melhor deixar pra lá.
A #5, ao meu ver, é a verdadeira provação (como em ordeal), não somente para o criativo. Afinal, estamos vivendo numa sociedade que não tolera muito graciosamente os fracassos.
- Eles vão falhar… assim como vão tentar novamente depois
Por exemplo: acha que o 14bis se chamava assim porque era o primeiro da série ou o Santos Dumont era fã desse número em particular?
Hein?
As #8, #9 e #10, então?
- Eles se perdem no tempo;
- Eles trabalham quando os outros estão dormindo… e dormem quando os outros estão trabalhando;
- Eles enxergam oportunidades onde os outros veem dificuldades.
É o problema das receitas, por exemplo. Os passos (processos) são iguais, o resultado...
A #17 é óbvia demais, nê? Quem gosta de limites? A escola é o típico ambiente em que todos somos "homogeneizados". Situações como a TDAH, os devaneios e as displicências demonstradas por uma fração dos alunos deveriam ser estudadas e classificadas de formas diferentes, e suas responsabilidades repartidas melhor. Usualmente o culpado é sempre a criança, nunca o método de ensino ou a forma de alfabetização.
Será?
- Eles recomeçam tudo de novo
- Eles amam
Como se diz, não tem nada a ver.
Ainda que, pensando bem, agora contamos com uma série de elementos novos a adir a equação; as interfaces tecnológicas, por exemplo. Veja, a curva de aprendizado para lidar com interfaces se restringe a uma série de comandos e combinações econômicas entre eles. Sim, econômicas.
Não se inventam comandos ou combinações novas nem diferentes para fazer a mesma coisa de interface para interface. Os programadores se acostumam e acostumam o usuário a repeti-los. Repetição esta que nos leva, e a cada novo usuário que com esta tecnologia entra em contato, a identificar e reduzir o reconhecimento de comandos e combinações.
Repetimos os mesmo erros e descobrimos os mesmos caminhos a cada opção executada. A resposta ou "feedback", se preferir, é imediata. Certo ou errado, positivos ou negativos altamente Booleano sem o "porém", "contudo" nem "todavias" que, usualmente, circunscrevem a periferia dos relacionamentos ou meio ambientes não digitais.
Pior ainda, insistimos e ensinamos que é assim que se faz!
Uma escritora de ficção disse certa vez: "You don't create new worlds to give them all the same limits of the old ones" (Jane Espenson). Isto É imaginação! Ou, na visão de quase todos os sistemas de alfabetização; a Caixa de Pandôra.
E que, como tal é necessário eliminar. Ou (re)pensar urgentemente.
A estas alturas faz-se necessário um aparte, antes que me esqueça: não sou contra a educação formal. Acho-a necessária, básica para a sobrevivência e desenvolvimento social. Mas, como o Freire e alguns casos de andragogia, sou a favor de reduzir a distância entre academia e o mundo real. Não restringir-nos a soluções provadas e repetições mecânicas. Incentivar, atrair e abraçar a inovação e a colaboração entre os estudantes. Vamos aplaudir e explicar, para entender, os resultados certos ou errados. E assim criaremos uma base de onde a criatividade irá florescer sem medos.
Os limites acabarão desaparecendo por si mesmos.
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