Benvindos à Era do Conhecimento!
No decurso do diagnóstico nos deparamos com uma situação que se repete muitas vezes nas organizações modernas: a perda do conhecimento estratégico. É uma situação que vemos todos os dias, e de tanto ver, assumimos como muito natural. Como podemos perder algo que não podemos medir, tocar, algo intangível, enfim?
Devemos antes definir o que entendemos por conhecimento. Conhecimento é, resumidamente, a capacidade de agir. Mas, no indivíduo, esta capacidade é modulada pela soma de sua bagagem hereditária (do que ele é), dos acontecimentos da sua história e do meio ambiente em que ele vive. E, por ser ele, um sistema aberto, isto é; capaz de mudar, este conhecimento muda com ele. Interage com o contexto. A este conhecimento chamamos de: conhecimento tácito. É o que está dentro das mentes das pessoas. É intangível, não podemos medir, contar ou tocar nem retirar.
De outro lado, temos o conhecimento explícito, que nada mais é do que todo conhecimento que possa ser -ou já esteja- escrito, gravado, documentado enfim. Mas, todo conhecimento explícito é informação. Estático na escrita, no gravado, na documentação. Não interage com seu contexto, não muda a não ser que seja re-escrito, re-gravado, novamente documentado. A ponta de um iceberg.
Então, como aquele conhecimento tácito que está dentro das mentes das pessoas, que muda junto com elas a cada nova vivência pode ser perdido pelas empresas?
A resposta é espantosamente simples: perdendo as pessoas.
Mais do que nunca as organizações estão conscientes de que sua sobrevivência e sua evolução dependem de sua capacidade de dar sentido ao ambiente e de renovar constantemente seu significado e seu propósito à luz das novas condições, como apontado por Choo (2003). Esse dar sentido e essa renovação constante são atingidas, não por processos escritos nem por máquinas de última geração, mas por pessoas que mudam continuamente.
À luz da Gestão do Conhecimento, esta deveria ser uma das situações mais importantes junto com a criação do conhecimento. Uma das primeiras a ser descritas e estudadas. A Gestão do Conhecimento é gestão de mudanças. Drucker (1997) diz: “O conhecimento é o principal ativo das organizações.” E como tal deve ser tratado. Logo, as pessoas, os colaboradores das empresas, como repositórios desses conhecimentos, deveriam ser tratados como ativos também. ?
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