Quando aprendia (ou melhor: tentavam me ensinar) aritmética na escola, uma das verdades que repetiam era: "Todos os problemas têm uma, e somente uma, solução/resposta certa! Qualquer outra coisa estará errada."
(Em inglês, que as freiras da Maryknoll não ligavam para outros idiomas.)
Nefelibata que era, entre o cantar dos periquitos e o convite a brincar do vento entre as folhas das plantas lá fora, tentei que -pelo menos- isso ficasse na minha memória. Ia cair na prova e provavelmente, além da data e do meu nome, tinha que ter alguma resposta certa!
Era batata...
Mas hoje, pensando bem (hmm... há controvérsias), defendo que há uma e somente uma resposta errada para qualquer problema. Todas as outras o responderão corretamente dependendo das variáveis e do contexto onde o problema se apresente. Às vezes até mais de uma.
Aceitamos, ou não, as respostas como corretas dependendo muito de nosso próprio "conhecimento" e aceitação das probabilidades. Aceitamos como verdadeiro aquilo em que acreditamos. Mas quem diz que aquilo em que não acreditamos é mentira pelo simples fato de não acreditarmos nele? Nos apropriamos, não somente da verdade, mas também do fato e de qualquer possibilidade além de nós.
Insistimos que o universo está dentro de nós e não o contrário. Não conseguimos entender o sutil equilíbrio do qual participamos. E, que assim como nosso organísmo tem peças, nós mesmos somos peças de um organísmo maior num fluxo ambidestro de energias e vibrações. É melhor começar a aceitar isto como um fato. Não podemos e nem temos condições de nos rebelar contra isso.
Por mais limitados que pareçamos, nós não somos fim... somos meio.
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