No meu trabalho me trazem idéias rabiscadas em papel, ou então sentam ao meu lado e descrevem idéias que tiveram durante o almoço, ou no fim-de-semana, sei lá. Algo que explicará o sentido do Universo (lá deles). Eu tenho que transformar essas “mirabolâncias” –hoje:insights- em algo apresentável.
Às vezes só me dão números em uma tabela que poderia ser apresentada de diversas formas e dizer coisas diferentes (vejam Ascombe).
Em 20 e tantos anos de trabalho aprendí a ver as idéias nas cabeças dos outros. E, como não era eles, aprendí também a conseguir resultados diferentes com os dados que me traziam. A pensar fora da caixa, como se diz popularmente. Misturava o que aprendia com o que “já sabia” sem me importar com limítes ou: ISSO NÃO PODEs técnicos.
Afinal, porquê não?
Nada de mais para quem já participou de uma Guerra de Anjos em ’83 com o Raul M. na FMUSP, que o próprio Deus teve que vir terminar.*
Misturava anjos com desenvolvimento neoplásicos, textos com arquitetura japonesa, jogos com palavras escondidas (tipo Easter Eggs) e desenhava mapas de informação.
Decidí seguir esse caminho de forma hmm... diferente. Pensei: o que aconteceria com as pessoas se ao invés de mudar a forma da sua informação, mudassem elas mesmas? O que aconteceria com seu conhecimento? Que formas este adotaria se fosse mostrado flúido e asumissem seu dinamismo? Afinal nós, as pessoas, somos sistemas abertos, dinâmicos e complexos. Aprendemos e mudamos com o aprendizado. De fora para dentro e de dentro para fora, mudamos nosso meio-ambiente e ele nos muda.
As próprias palavras deixam de ter sentido literal e passam a significar além do significante. A obra aberta e a arte conceitual passam a ser rotinas fractais. Rotinas ligadas à inovação, a curiosidade e ao erro. Resiliência me vem à cabeça. Comecei a propor essas idéias. Algumas foram aceitas e postas em prática, outras nem tanto. Algumas idéias pareciam sem nexo com o aqui e agora. Habemus nefelibata de plantão!
Tirei um sabbatical (estou desempregado) para pensar e aprender.
Aceitar o valor do que já sei para poder criar valores novos com o que aprenderei. Aos trancos e barrancos sou/estou diferente de quando comecei. Assumo que não sou mais a mesma pessoa e nem meu trabalho poderia voltar a ser igual.
Não tem sido fácil e por vezes é muito, muito desagradável. Ainda cometo e cometerei erros, mas agora, sem vergonha alguma (leia-se: menos envergonhado), aprendo com eles. Meus erros são melhores e meus acertos serão maiores.
Espero poder que sim.
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*Deu empate: Querubins 0 x 0 Putonis.(Putoni é um querubim com sexo, como os Puttini italianos. A diferença reside em que eles vêm com atitude, cheios de chutzpa!)
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Nós, como gotas de oceanos
Contos de fadas High-Tech
Às vezes só me dão números em uma tabela que poderia ser apresentada de diversas formas e dizer coisas diferentes (vejam Ascombe).
Em 20 e tantos anos de trabalho aprendí a ver as idéias nas cabeças dos outros. E, como não era eles, aprendí também a conseguir resultados diferentes com os dados que me traziam. A pensar fora da caixa, como se diz popularmente. Misturava o que aprendia com o que “já sabia” sem me importar com limítes ou: ISSO NÃO PODEs técnicos.
Thr last of the Putonis |
Afinal, porquê não?
Nada de mais para quem já participou de uma Guerra de Anjos em ’83 com o Raul M. na FMUSP, que o próprio Deus teve que vir terminar.*
Misturava anjos com desenvolvimento neoplásicos, textos com arquitetura japonesa, jogos com palavras escondidas (tipo Easter Eggs) e desenhava mapas de informação.
Decidí seguir esse caminho de forma hmm... diferente. Pensei: o que aconteceria com as pessoas se ao invés de mudar a forma da sua informação, mudassem elas mesmas? O que aconteceria com seu conhecimento? Que formas este adotaria se fosse mostrado flúido e asumissem seu dinamismo? Afinal nós, as pessoas, somos sistemas abertos, dinâmicos e complexos. Aprendemos e mudamos com o aprendizado. De fora para dentro e de dentro para fora, mudamos nosso meio-ambiente e ele nos muda.
As próprias palavras deixam de ter sentido literal e passam a significar além do significante. A obra aberta e a arte conceitual passam a ser rotinas fractais. Rotinas ligadas à inovação, a curiosidade e ao erro. Resiliência me vem à cabeça. Comecei a propor essas idéias. Algumas foram aceitas e postas em prática, outras nem tanto. Algumas idéias pareciam sem nexo com o aqui e agora. Habemus nefelibata de plantão!
Tirei um sabbatical (estou desempregado) para pensar e aprender.
Aceitar o valor do que já sei para poder criar valores novos com o que aprenderei. Aos trancos e barrancos sou/estou diferente de quando comecei. Assumo que não sou mais a mesma pessoa e nem meu trabalho poderia voltar a ser igual.
Não tem sido fácil e por vezes é muito, muito desagradável. Ainda cometo e cometerei erros, mas agora, sem vergonha alguma (leia-se: menos envergonhado), aprendo com eles. Meus erros são melhores e meus acertos serão maiores.
Espero poder que sim.
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*Deu empate: Querubins 0 x 0 Putonis.(Putoni é um querubim com sexo, como os Puttini italianos. A diferença reside em que eles vêm com atitude, cheios de chutzpa!)
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