segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A Intenção do Gesto (parte 4)

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Capitulo 2
Códigos. O que são e como são usados? Código é uma representação da realidade. Ou melhor; um conjunto de signos, sinais e normas de construção para a representação da realidade, seja ela uma idéia, um ambiente, um sujeito, ou uma combinação de qualquer destes elementos. Código apesar de ser fato, não é real. A natureza não precisa representação, nem está interessada. O código é uma criação arbitrária do homem. Como todas as criações do homem é falha e tem limitações. Mas, como todas as tragédias que sairam da Caixa de Pandora (o homem), ele muda e evolui com o tempo e com o homem. Somente o homem, e alguns passarinhos quando no cio, representam a natureza. Ou, sentem a imperiosa necessidade de intervir nela.

Usamos os códigos, pois são vários, para comunicar e comunicar-nos entre nós. No nosso grupo social e, eventualmente com o concurso da tecnologia, entre grupos sociais afastados. Lembremos que na nossa casa, nosso bairro, nosso país usamos um código comum a todos; a mesma linguagem. Os outros grupos sociais não necessáriamente utilizam essa mesma linguagem. Nem são obrigados a usar a mesma lingua. Cada país tem sua própria língua e mesmo entre regiões de um mesmo país, a língua sofre mudanças e adaptações.
(Ufa, tem mais...)

sábado, 24 de janeiro de 2009

Panache*

Nestes dias (leia-se: ontem à noite) assistí à refilmagem de “A Garota do Adeus” de Neil Simon (The Goodbye Girl). Gostei da primeira vez que assistí em setenta-e-antigamente, e gostei desta nova leitura. Não sei se é o normal do Simon manter um jogo de palavras, a la diable, em toda sua obra, mas tenho assistido outras coisas dele e não fiquei tão entusiasmado.


Anywho... porque colocam filmes como este tão tarde na noite? E, durante o dia nos massacram com bobagens tipo Chuck Norris, BBBs ou American Idol. Nós merecemos.

É só desligar a Tv e pegar um livro, certo? Ou, alternativamente, ir pra cozinha fazer um belo chá de menta –aceito um Earl Grey, também se houver- e editar seu blog pessoal, enquanto bebemos sem pressa.
Acho que os programadores de filmes na televisão devem ter assistido pouco cinema, escalam filmes somente dos anos 70 em diante. Gostaria de assistir El Cid, Forbidden Planet ou Bamboo Saucer, por exemplo. Alguem os viu, ultimamente?
Mas, nem em cine-clube! Será que existem cópias ainda?


Ok, esses dois últimos não são lá o melhor da Sétima Arte, mas são ópções viáveis. Há coisas piores, as vemos todos os dias.

Na música ocorre a mesma coisa. Me nego a acreditar que o mais criativo que se tenha feito ultimamente, em termos musicais, seja a Dança do Créu. Podemos fazer melhor. Devemos fazer mais!
Quem se habilita?
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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A Intenção do Gesto (3ª parte)

Já na escultura, de muitos séculos depois, podemos perceber a somatoria de toda a bagagem cultural, e mais a carga nova da revolução industrial em andamento. Sinal dos tempos de então. Ninguem poderia dizer que não foi de forma alguma atingido por ela. Não saímos incólumnes. Ainda hoje estamos sentindo seus efeitos. A vida adquiria um momento mais parecido com o atual. Era uma época de mudanças rápidas, cada vez mais rápidas. O suporte era o moderno daquela época; o metal.

Mas, quem já fez uma escultura sabe; no começo é a idéia, depois a argila, os moldes e o metal. Nunca chegamos tão perto de Deus quanto no momento da criação artística, da criação cultural. Nos despimos de todas as roupagens que nos diferenciam uns dos outros e somos “idéia”. Tão frágeis e ao mesmo tempo muito mais poderosos que qualquer outra força na natureza. Somos, por um átimo, tudo ao mesmo tempo. E o gesto se transforma em verbo, e o verbo cria.

E acontece aqui que aquele “homo-habilis” que grafitou as cavernas não se diferencia do artista que forjou a peça em metal enquanto fontes de criação. Ambos foram gesto ao criar. A mesma essência ou força criadora que não tem forma em si, mas que existe para dar forma. Tendemos a esquecer que esta gelatina opáca, prenhe de relações quemo-elétricas, que chamamos corpo é parte integrante do universo. E estamos nós, e o universo por causa disso, em constante transformação.

É por isso que não havia a diferença entre todos os homo-habilis e todos os Duchamps que houve e haverá. Transformação. Ela existe e continua mesmo agora enquanto escrevo/lê estas “mal traçadas linhas”. Mudamos e mudamos constantemente. Não podiamos esperar que nossa produção não mudasse de acordo.
Entendido isso, partamos para outro assunto.
(calma, que ainda não acabou)