(19/03/2020)
Hoje acordei, e como faço quase sempre, fiquei sentado um momento na beira da cama. "Pensando".
Soltei a minha imaginação para brincar ao sol do novo dia.
Imaginei 1: depois de uma semana de quarentena consegui me distrair fazendo algo que sabia. Fiz um calendário na parede. Ficou muito bonito. Lamentavelmente minha esposa não gostou da minha interpretação rupestre do Calendário Azteca indo além de dezembro de 2012.
Ela quer que eu apague, eu quero adicionar os feriados e aniversários da turma.
Críticos de artes há em cada lugar!
Imaginei 2: enquanto preparava o pequeno-almoço escutei o seguinte diálogo entre duas drosófilas:
- "Pó de café me deixa muito dooooida!"
- "Sim" - disse a outra, "também me dá o maior barato!"
Do fundo da lata de lixo veio uma vozinha aguda que disse:
- "Tô aqui!"
Imaginei 3: vendo na TV a cidade vazia, de repente mostram uma fila cumprida de carros com gente para vacinar. Drive-thru de vacina.
Meu cérebro disparou Rita Lee, quarentona, cantando: "cá estamos nós. Turistas de guerra. Estranhos casais. Restos mortais do Ibirapuera". Lembra? 1985.
E fez todo o sentido.
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