1.-
Biologicamente somos construídos -configurados, se preferir- para responder a estímulos externos.
Analogicamente, nos conectamos ao nosso meio-ambiente, mesmo que não prestemos atenção ao fato. Se não sabia; somos parte de todo ao nosso redor, queiramos ou não.
Conformemo-nos.
Assim que nascemos, somos imediatamente incomodados pela luz, não mais filtrada pelos fluidos e o corpo da nossa mãe e, pelo afago das correntes de vento, quando atingem nosso maior órgão, a pele.
A duras penas, nos acostumamos, e com o tempo aprendemos, primeiro por imitação e depois, já inseridos no ensino oficial, que o mundo lá fora de nós, é muito... mas muito, maior.
Oy vey!
Mas, mesmo antes de aprendermos o significado de nosso primeiro sorriso infantil, percebemos que nos movimentamos em um mundo semiótico. Onde objetos e coisas significam dentro do seu contexto imediato e a eles adicionamos a soma que somos nós. Ainda que muitos passemos pela vida sem nem sequer imaginar o que venha a ser semiótica.
Cada um de nós, a sua.
2.-
Azul para mim 'significa' uma coisa, enquanto o mesmo azul, para você ou eles, significa outra.
E vamos criando... repertório, por assim dizer, num caleidoscópio sempre a rodar.
Usamos esse 'repertório' diariamente para comunicar e comunicar-nos, uns com os outros. Coisa simples pois, para comunicar-nos (verbalmente), existem somente 6912 idiomas em todo o mundo, segundo o compêndio Ethnologue. Nem irei falar nos dialetos e outros patois que circulam. 6912 idiomas já dão suficiente dor de cabeça e confusão.
Lembre-se da história de Babel.
Se a cada elemento semiótico adicionamos um valor, como sentido e/ou significado, poderíamos adicionar uns quatro níveis ao caleidoscópio da figura acima, por cada elemento. E assim atravessamos a vida dançando nesse campo minado de formas e significados.
Respondendo, e incluindo, ao Sartre, se "o inferno são os outros", e eu sou 'os outros' dalguém, meus significantes e seus significados, surpreendem, assombram e agridem, se forem ao menos levados em conta e de outra forma são/seriam considerados, na melhor das hipóteses: Arte.
3.-
E a arte é uma representação muito particular de vários níveis de dimensão. Nem sempre comprometidas com entendimento ou cognição. Paradoxalmente, tanto de quem faz, quanto de quem olha. Pois admirar é algo que só faz quem vê o salto gracioso e elegante do tigre, quando este pula, sorrindo silencioso, na nossa direção.
O resto é pura percepção... às vezes.
Oy vey... de novo!
A arte também, nos leva à gênese de novos signos. O que, com a tecnologia, deixou de ser sua propriedade única e exclusiva. Hoje, qualquer id... um com um sistema mixo, consegue socializar seus 'pensamentos' com o apertar acidental de um botão.
Haja visto, este meu exemplo aqui.
Mas não se orgulhe ainda, a maioria de nós, não validamos nada. Muito pelo contrario, somos, quando muito, validados pelo resto. O que está fora de nós. Repetimos semas limitados ao que existe ou acreditamos seja verdade. (sic)
Se fizermos uma comparação em retrospecto, veremos que continuamos repetindo os artistas rupestres de Altamira ou Portugal. Nem percebemos que a memória deixou de ser individual e passou a ser um bem, armazenado e vendido, como qualquer outra mercadoria, pelos seus novos donos. Passamos, vertiginosamente, da pedra e dos livros para o digital. De bibliotecas silenciosas, passamos para Data-Centers, gelados e escuros. Mas, "tout va très bien", como diz a antiga canção dos Collegians.
Um byte é a unidade mínima de informação digital, o mais comum consiste de 8 bits. Um bit é a menor unidade de dados no computador. Bit é o acrônimo em inglês para dígito binário (binary digit = bit). Tem somente um de dois valores: 0 ou 1.
Depois da internet, os níveis linguísticos comentados por Saussure se esvaem na nuvem.
"Somewhere in the muck of frustration and guilt, however, is the secret thrill of starting over." - Christina Xu
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Humanos
Biologicamente somos construídos -configurados, se preferir- para responder a estímulos externos.
Analogicamente, nos conectamos ao nosso meio-ambiente, mesmo que não prestemos atenção ao fato. Se não sabia; somos parte de todo ao nosso redor, queiramos ou não.
Conformemo-nos.
Assim que nascemos, somos imediatamente incomodados pela luz, não mais filtrada pelos fluidos e o corpo da nossa mãe e, pelo afago das correntes de vento, quando atingem nosso maior órgão, a pele.
A duras penas, nos acostumamos, e com o tempo aprendemos, primeiro por imitação e depois, já inseridos no ensino oficial, que o mundo lá fora de nós, é muito... mas muito, maior.
Oy vey!
Mas, mesmo antes de aprendermos o significado de nosso primeiro sorriso infantil, percebemos que nos movimentamos em um mundo semiótico. Onde objetos e coisas significam dentro do seu contexto imediato e a eles adicionamos a soma que somos nós. Ainda que muitos passemos pela vida sem nem sequer imaginar o que venha a ser semiótica.
Cada um de nós, a sua.
2.-
Azul para mim 'significa' uma coisa, enquanto o mesmo azul, para você ou eles, significa outra.
E vamos criando... repertório, por assim dizer, num caleidoscópio sempre a rodar.
Usamos esse 'repertório' diariamente para comunicar e comunicar-nos, uns com os outros. Coisa simples pois, para comunicar-nos (verbalmente), existem somente 6912 idiomas em todo o mundo, segundo o compêndio Ethnologue. Nem irei falar nos dialetos e outros patois que circulam. 6912 idiomas já dão suficiente dor de cabeça e confusão.
Lembre-se da história de Babel.
Se a cada elemento semiótico adicionamos um valor, como sentido e/ou significado, poderíamos adicionar uns quatro níveis ao caleidoscópio da figura acima, por cada elemento. E assim atravessamos a vida dançando nesse campo minado de formas e significados.
Respondendo, e incluindo, ao Sartre, se "o inferno são os outros", e eu sou 'os outros' dalguém, meus significantes e seus significados, surpreendem, assombram e agridem, se forem ao menos levados em conta e de outra forma são/seriam considerados, na melhor das hipóteses: Arte.
3.-
E a arte é uma representação muito particular de vários níveis de dimensão. Nem sempre comprometidas com entendimento ou cognição. Paradoxalmente, tanto de quem faz, quanto de quem olha. Pois admirar é algo que só faz quem vê o salto gracioso e elegante do tigre, quando este pula, sorrindo silencioso, na nossa direção.
O resto é pura percepção... às vezes.
Oy vey... de novo!
A arte também, nos leva à gênese de novos signos. O que, com a tecnologia, deixou de ser sua propriedade única e exclusiva. Hoje, qualquer id... um com um sistema mixo, consegue socializar seus 'pensamentos' com o apertar acidental de um botão.
Haja visto, este meu exemplo aqui.
Mas não se orgulhe ainda, a maioria de nós, não validamos nada. Muito pelo contrario, somos, quando muito, validados pelo resto. O que está fora de nós. Repetimos semas limitados ao que existe ou acreditamos seja verdade. (sic)
Se fizermos uma comparação em retrospecto, veremos que continuamos repetindo os artistas rupestres de Altamira ou Portugal. Nem percebemos que a memória deixou de ser individual e passou a ser um bem, armazenado e vendido, como qualquer outra mercadoria, pelos seus novos donos. Passamos, vertiginosamente, da pedra e dos livros para o digital. De bibliotecas silenciosas, passamos para Data-Centers, gelados e escuros. Mas, "tout va très bien", como diz a antiga canção dos Collegians.
Depois da internet, os níveis linguísticos comentados por Saussure se esvaem na nuvem.
"Somewhere in the muck of frustration and guilt, however, is the secret thrill of starting over." - Christina Xu
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