sábado, 24 de outubro de 2009

portrait

Para escrever bem, escreva antes de algo que saiba.
Sei, um pouco, de mim. Por isso, lá vai:
Quiz ser astronauta... por motivos óbvios desistí;
quiz ser joquey... muito alto (o cavalo);
quiz ser piloto de avião... sou mais cego que um morcego;
Engenheiro em eletrónica... terrível em física, eletricidade então;
Médico... minhas provas de biologia eram o próprio samba do criolo dóido;
Palhaço... meu humor não é lá aquelas coisas;
Cantor, músico... sssshhhhh;
Ator... morro de vergonha;
Ficava sem opções!
Era um desenho inacabado!
De fora me vinham tantas limitações de dentro!
Podia imaginar o que fosse, sempre encontraria impedimento.
Podia imaginar... (silêncio);
Podia [vi]ver mil forma em caos... ;
Podia cometer erros que outros nem imaginariam que existissem... ;
Posso me movimentar por essa massa sem ferir e ainda encontrar sentido... ;
Posso sonhar acordado, nefelibatar adoidado!
Não ligo mais para o riso nervoso de quem não entendeu, ou os: "lá vai ele de novo...";
Passar para papel e alguem ainda pensar: "Por qué não ví isso primeiro?"
Tantas opções certas!!
Caleidoscópios são cores que se movem e nunca dizem sempre a mesma coisa.
(K=nN+1 imagens diferentes formadas pela mesma informação)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Imagens

Tive que explicar a "dança" das redes sociais. Não é propriamente uma dança, mas o movimento flúido de enxame que percebo nas redes sociais. Explicar a Teoria do Enxame (Swarm Theory) visualmente. Foi um exercício de 100m rasos. Muito rápido.
Princípio, meio e fim.
Mas, como em todo 100m, o fim é decepcionante para os corredores, pois a corrida acaba.
A energia estocada, sua liberação em conexões neurais e relações lógicas (ou não) para a construção de imagens verbais que descrevam um cenário dinámico tridimensional onde o receptor pudesse se situar ao meu lado, ou criar sua própria leitura da descrição, e ver. Trocamos informações e não somos mais os mesmos.
Defendo a tese de que TUDO está ligado.
E uso as redes para explicar essa conexão. Começamos falando sobre educação, teses, apreciações e desenvolvimentos, passando por matemática, Luiz Gonzaga, Paulo Freire, realidades e meio-ambiente.
Terminamos com: "vamos tomar um chop e chamar mais gente."
Isto, se fosse um mundo ideal, deveria ter acontecido uns trinta e poucos anos atrás. Aconteceu ontem.

domingo, 18 de outubro de 2009

Narizinho

Criação de comportamentos é um pouco complicado.
Explico; temos uma vaca (mini-jersey) que não pode ver nosso carro entrar no sítio que vem atrás de comida. Se estaciono fora do lugar usual, ela fica esperando o "final da manobra", onde costumo estacionar.
Toda uma "flanelinha bovina".
Descarregar é como passar pela inspeção no aeroporto de Dulles. Vacas não sabem ser delicadas, ela quer verdura!!
Ok, que ela está engordando e que a verdura seja parte da sua ração, mas não podia esperar no curral, não?
Como foi criado esse comportamento zoo-patológico? Foi um descuído, creio. Ela, sendo pequena, consegue ficar solta pelo terreno da casa e pasta tranquilamente. Um belo dia, calhou que cheguei com um carregamento de verduras para suplementar a forragem e ela estava por perto. Como quem não quer nada foi chegando perto. Foi unir a fome com a vontade de comer, literalmente.
Avançou nos sacos de verdura como Pantagruel bovino.
Repolhos!!!
Ahn, desenvolveu uma predileção insana por repolhos. E também por escarola, alface, tomate, cenouras e abobrinhas, maças. Beterrabas não gosta muito porque, apesar de doces, são mais duras e não dá para engolir inteiras. Mas já a ví enfrentando, brava e determinadamente, uma beterraba tamanho salada-família.
O único que essa vaca tem de mini é o tamanho. Gulodice tem por um rebanho.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Lembranças

Não é só no Brasil que a educação levou um tombo. Dei uma olhada nesta charge francesa e lembrei dos tempos de escola.

domingo, 11 de outubro de 2009

Não sei

Quanto tempo leva para uma idéia viajar do cérebro até o coração?
Para uma imagem tornar-se paixão?
Hoje tenho prova, e uma certeza; fiz bem em não cursar direito.
Não há paixão.

domingo, 4 de outubro de 2009

Xadres

Meu irmão diria: "insegurança", eu digo: "gestão de risco".
Explico; toda esta milimétricamente calculada dança de avanços e retrocessos qua alguns chamam de acaso e outros chamam e só dá ocupado, genericamente conhecida como: vida.
Um jogo de xadres, onde os extremos não têm a menor importância; o que importa mesmo é o miolo. O entretanto mais que os finalmente. Os extremos são farto conhecidos: nascimento e morte. Todos passamos por lá, pelo menos uma vez em cada.
É como checkpoints.
A energia se transforma nesta gelatina opaca que nos compõe, é identificada e entramos -debutamos- no mundo e depois de certo tempo a gelatina opaca se decompõe em energia e seguimos nosso caminho. Agora re-unidos ao vasto TUDO de onde antes saímos.

O xadres de que falava é uma representação das múltiplas alternativas que se nos apresentam em qualquer determinado momento de esse entretanto. Frente, atrás acima, abaixo, ontem e amanhã. E a (pré-)visão dos resutados e interferências das nossas respostas às próximas alternativas a serem presentadas. Cenários complementares gerados por operadores incompatíveis, e todas essa conversa.

Imgine uma resposta agora que possa influenciar uma ação que você fez, faz mais de cinco anos.
Sim, leu direito. Volte a ler. Faz sentido.
Ou você acha que a luz se espalha somente num sentido?

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Pintinhos


Dois dias de nascidos e já são capazes de armar o maior escandalo.
Estes três pintinhos são a última fornada da chocadeira que temos em casa. Tem mais perú e ganso para nascer, mas esses levam muito mais tempo.
Estes serão os "mestres"; ensinarão os pequenos a comer e beber.
Isto, claro, se o gato não os pegar até lá.
Depois levaremos todos para o sítio e os soltaremos junto com os outros que lá estão.