Lembro de uma história, acho que do Malba Tahan, exímio contador de histórias do tempo de Getúlio.
O Livro do Destino.
Era mais ou menos assim:
- "diz-se que o Livro do Destino aparece a cada 1.000 anos em um lugar diferente. Ninguém sabe qual lugar. E aparece por uma hora. Eis que uma vez, alguém calhou de estar no lugar certo, na hora certa, quando o livro apareceu.
Percebendo o portento que estava a presenciar, e a imensa sorte que o acaso lhe brindava, procurou uma página em branco e começou a escrever. Escreveu detalhado as tristezas que o seu vizinho teria na vida. Tão entretido ficou, imaginando a cara do vizinho, que esqueceu de escrever as alegrias que ele próprio teria.
O tempo se esgotou e ele se viu fora e longe do alcance do livro.
Muitos de nós passamos a vida, tão ocupados, escrevendo a tristeza do nosso vizinhos, que esquecemos de escrever nossas alegrias.
Às vezes aprendemos isto muito tarde.
Às vezes aprendemos isto muito tarde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário