domingo, 17 de julho de 2011

Runner-Ups

Dependendo da ocasião ou do que consigo aprender prestando atenção, escrevo começos de post que, às vezes, não termino como gostaria. Ninguem entenderia e seriam perdidos como murmúrios sem sentido, ou ruído-branco subliminar. Editando alguns posts descubro que tenho muitos desses "runner-ups" espalhados pelas minhas anotações. Me remetem a locais no tempo, mas não consigo explicitar para fazer partilha. Locais escorregadios e mal sinalizados, na minha cabeça.
Depois de ler uma frase do Edison sobre a inutilidade (referindo-se ao Tesla, lógico), decidí juntar alguns e mostrá-los, assumí-los sem vergonha, como peças sobressalentes de um quebra-cabeças há muito esquecido.
Sem ordem cronológica, lá vão somente os primeiros parágrafos:

(Zeróis)
Meus heróis de infância eram: David, Salomão, B. Franklin, A. Lincoln, Da Vinci, N. Bonaparte, Rodrigo Dias de Vivar, Vasco Nuñes de Balboa, Victoriano Lorenzo, Edison, T. Roosevelt e H. Ford. Era fácil, pois de todos sempre havia alguem que falava bem. Meu avó, principalmente. Suas vidas estavam nos livros de contos e história. Havia documentação (mesmo que, na época, nem imaginasse o que era documentação). Com o tempo fui coletando mais "documentação" -informações- sobre esses "heróis".

(Silogismos)
Um silogismo (do grego antigo συλλογισμός, "conexão de idéias", "raciocínio"; composto pelos termos σύν "com" e λογισμός "cálculo") é um termo filosófico com o qual Aristóteles designou a argumentação lógica perfeita, constituída de três proposições declarativas que se conectam de tal modo que a partir das duas primeiras, chamadas premissas, é possível deduzir uma conclusão.
Convenhamos os silogismos são as piadas dos filósofos, certo?

(Gerações)
Sou um baby-boomer(1), nascí bem no meio dos anos '50, em 1954 para ser exato. E percebo, agora em mim, algumas das características que nos "definem como geração". Certo ou errado, elas moldam muito do que sou e faço. Acho que esta vaga sensação de falta ou ausência, além de um desvio pessoal de caráter, seja um desses traços inculcados numa geração inteira. Que não a vejamos ou reconheçamos não invalida sua existência.

(Winston Churchill)
"This is just the sort of nonsense up with which I will not put."

(Emergências)
"Emergência diz respeito a um padrão organizacional não planejado que emerge", segundo Borgatti Neto.
Mas, se considerarmos o padrão organizacional como sendo parte de um sistema complexo e dinâmico, emergência deveria ser consderada o normal e não o extraordinário. Seria tão não planejado como o nascer do sol a cada novo dia! Mesmo levando em conta a possibilidade de tratar-se de um sistema -o organizacional- que está situado dentro de um sistema muito maior no qual por autossimilaridade poderiamos esperar que (ele mesmo) mudasse e evoluisse naturalmente, normalmente. Isto seria emergência. Seus fatores em escala maior: o meio-ambiente, e menor: os colaboradores, teriam os mesmos padrões (por autossimilaridade).

(Charges)
Gosto de desenhar. É uma das minhas funções. Vejo muitas coisas como desenho. Vejo muitos desenhos e desenhistas bons. Tem, entre os chargistas brasileiros que admiro, vários que se destacam. Desde o elegante J. Caulos, passando pelo Ziraldo, o Negreiros e, ultimamente o Laerte, eles têm simplificado seu traço e aumentado seu significado. Suas charges são histórias que se encaixam em qualquer linha. Qualquer tempo.

(Web 2.0)
Por mais que insistam, e repitam ad nauseam, você (igual a todos nós) continua sendo um mero espectador deste circo chamado internet 2.0, ou web 2.0 como quizerem. Ainda recebemos informação filtrada e fracionada. O suficiente para "fazer a compra" e sair do portal. São poucas as empresas que realmente se importam e estão dispostas a tentar entrar em contato com o seu cliente. Quanto mais, criar e manter um relacionamento, identificando pelo nome o seu mercado.
A maioria das empresas ainda não está pronta para compartilhar com ele. Se nem conseguem compartilhar com seus próprios colaboradores, quanto mais com seus mercados. Não se consegue colaborar dentro, quem dirá fora!
Ainda são regidas por padrões postulados no início da revolução industrial.
Um pulso firme na produção e outro no mercado e na concorrência.
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Há assim, alguns outros, mais crípticos ou pessoais demais para ventilar. Acredito que este post me lembre de finalmente desenvolver os assuntos mostrados. Mas, isso somente o tempo dirá.

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