terça-feira, 23 de junho de 2009

Kadr

Desde pequena ensinei minha filha que ela só tem duas obrigações: aprender e ser feliz.
Acho que, na medida do possível, andamos conseguindo seguir esse norte, às vezes, ela melhor que eu. Tenho problemas para aprender e quanto a ser feliz... digamos que sou um pouco exigente demais. Senão chato, mesmo.

No entanto, há coisas que confesso nunca consegui aprender. Por exemplo; como lidar com a discriminação racial é uma delas.
E, como não posso ensinar o que eu mesmo não sei, minha filha também não sabe.
É difícil entender como Michael Jackson consegue parar um mundo com sua morte extemporânea, enquanto meninos de favela, bem mais ao nosso lado, são tratados como criminosos incorrigíveis. Maniqueísmos, asquerosos e mesquinhos, ainda mais quando considerarmos o "gene pool" do brasileiro.
Ou, não sabe o que é isso?


Não acho, como solução, separar e vivermos em guetos. Isso já foi tentado e sabemos que não funciona. Muito pelo contrario.
Não temos marcado na testa o que somos, mas também não devemos/podemos fazer diferença pelo que parecemos. Ou pela cor da nossa pele, nossos olhos, nossa língua ou solvência.

Abraçamos uma aldeia globalizada e desprezamos o indivíduo que encontramos nela por ser diferente?
Não é, exactamente, essa diferença o motivo do abraço?


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